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Rosberg: vitória reconquista da liderança do
mundial de pilotos. (Foto:AP) |
(Da sucursal em Samambaia - DF) - Rosberg, Hamilton e Mercedes. Não fogem daí os títulos mundiais de 2014.
E, apesar de todo o movimento acontecer dentro da mesma equipe, o campeonato pega fogo, com mais combustível e chamas do que no do ano passado, quando Sebastian Vettel dominou a temporada.
A rivalidade entre os titulares da Mercedes cresce prova a prova. Rosberg e Hamilton são dois pilotos rápidos, jovens e sagazes pelo título. Estes ingredientes estão tomando corpo na receita, que na classificação de sábado apresentou um dos pratos.
No Q3, última fase do treino classificatório, Rosberg marcou o tempo da pole position e, na volta seguinte, "errou" na Mirabeau, deixando o carro em posição perigosa. A parada do alemão obrigou a direção de prova a aplicar o aviso de bandeira amarela, fazendo Hamilton que estava em volta rápida tirar o pé.
O "erro" de Nico foi comparado a manobras suspeitas como a de Schumacher em 2006, também em
Mônaco, que parou o carro no meio da pista, forçando uma bandeira vermelha e tirando as chances de Fernando Alonso de superá-lo na disputa pela pole.
O clima na Mercedes está pesado ao ponto de comparações aos tempos de Senna e Prost na McLaren, quando os pilotos não se olhavam, não se falavam, e se matavam em pista.
Na batalha de hoje, Nico Rosberg se deu bem. Largar em primeiro em Mônaco quer dizer 90% de uma vitória. Rosberg largou bem, administrou com a posição e foi ajudado por um problema de Hamilton, que no final da prova estava com algo o incomodando em um dos olhos.
A Mercedes mantém-se absoluta em 2014. Os alemães venceram todas as corridas do ano.
Rosberg, com o resultado, retoma a liderança do campeonato com 122 pontos, apenas quatro a frente do colega de equipe, Hamilton.
No resto do grid, a Red Bull realmente evoluiu, apesar da quebra de motor de Vettel que o tirou da prova. Ricciardo pressionou Hamilton nas últimas voltas e tinha chances de superar o piloto da Mercedes se a corrida tivesse mais umas cinco voltas.
A Marussia, com Jules Bianchi, conseguiu marcar pontos pela primeira vez desde a estréia do time na F1 em 2010. É legal ver um time pequeno conseguindo colocar um carro entre os dez melhores.
E Massa?
O treino de ontem foi desanimador para Felipe. No Q2, foi vítima da barbeiragem de Marcus Ericsson, da Caterham. O sueco vinha em volta rápida e acertou o carro de Massa, que tomou a linha de fora do traçado abrindo espaço para os carros em volta rápida. Mesmo assim o jovem Marcus bateu em Massa.
Ericsson pediu desculpas e assumiu o erro da batida, mas o prejuízo já estava consumado para Massa, que não pode participar do Q3 e foi obrigado a largar em 16º. Partir de tão atrás em Mônaco é péssimo e normalmente significa mal resultado na corrida, uma vez que é mais fácil uma obra da Copa do Mundo respeitar orçamento do que um piloto fazer uma ultrapassagem em Mônaco.
Pelo menos desta vez Valtteri Bottas também largou mal, em 13º, tornando as coisas menos constrangedoras para Massa.
O quadro da corrida era ruim para Felipe, mas parece que hoje a sorte estava um pouco menos distante do brasileiro, finalmente.
Bandeiras amarelas, safety-car na pista, acidentes e alguns carros quebrando, incluindo o de Bottas, que ficou sem motor a 23 voltas do final. O resultado de Felipe só não foi melhor porque a estratégia de paradas nos boxes não o ajudou.
Com o sétimo lugar de Massa e o abandono de Bottas, o brasileiro conseguiu aproximar-se do companheiro de equipe. Agora, a distância entre os dois na tabela do mundial é de sete pontos, com 24 pontos para Massa e 31 para Bottas.
A próxima corrida é no Canadá, em oito de junho.
E, para fechar, os dois pilotos da Sauber se ferraram
com capacetes pintados por Romero Brito. Ambos abandonaram.
Vou ali para a segunda etapa do dia, a Indy 500 que a Band transmite ao vivo a partir das 12h.