quarta-feira, 9 de abril de 2014

Etapear e não tapear

A Infraero soltou ontem uma nota oficial que afirma que a intenção do presidente do órgão na verdade era dizer "etapear" e não "tapear".

Segue a nota, na íntegra:

 NOTA DE ESCLARECIMENTO

      O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, lamenta que um erro de expressão cometido por ele em entrevista coletiva concedida ontem (07/04), após a assinatura do contrato de concessão do Aeroporto de Confins, utilizando o verbo “tapear”, quando queria dizer “etapear” (um neologismo usual no ambiente de acompanhamento de obras), para explicar as diversas etapas da reforma daquele aeródromo, tenha sido entendido por algumas pessoas como enganar e iludir.

      Os próprios jornalistas que participavam da entrevista, ao notarem a completa desconexão entre o objeto da resposta e o verbo utilizado, corrigiram a fala do presidente, alguns até mesmo em tom de brincadeira. Ficou claro que o termo utilizado estava incorreto, foi corrigido, razão pela qual manifestamos surpresa pelo destaque dado por alguns veículos da imprensa ao termo mal utilizado.

    Assessoria de Imprensa - Infraero
   imprensa@infraero.gov.br
   www.twitter.com/InfraeroBrasil


Acho que a reação que tanto espantou a Infraero vem da perplexidade de todos diante da proximidade da Copa do Mundo, associada à condição atual de obras de infraestrutura, incluindo aeroportuárias, espalhadas por todo o Brasil. 

Infraestrutura é o grande problema do Brasil atualmente. Diversos setores da economia nacional não crescem exatamente por estarem presos a amarras de infraestrutura.

A Copa do Mundo era a esperança de muitos como o grande motivo para um forte investimento em infraestrutura que nos trouxesse um legado que mudaria o Brasil.

Julho está chegando e muita coisa ainda não mudou.

Assim, como não sou nem orgulhoso nem arrogante, peço desculpas ao presidente da Infraero quando titulei o post como "Gestão de Merda". Eu ouvi este áudio alguma vezes e "tapear" era evidente, gerando em mim e em muita gente um sentimento de revolta absurdo.

Mas se ele não disse, não disse. E em uma democracia, o direito de se justificar vem grudado ao direito de protestar e de discordar.

E sobre a gestão pública brasileira, sim, ela precisa evoluir. E muito. 

Vai com calma, novinho!

Em minha coluna no Drive Brazil nesta semana, separei algumas histórias de jovens pilotos que colocaram na berlinda, dentro da mesma equipe, profissionais que já tinham muito mais tempo ao volante de um Formula 1.

Algo como está sentindo hoje na pele Felipe Massa, que tem dentro da equipe seu grande rival até agora, o estreante Valtteri Bottas.

"Martin Brundle x Michael Schumacher

Benetton, 1992

Schumacher fazia sua segunda temporada na Formula 1. Brundle, muito mais experiente, partia para o sétimo ano na categoria.

Era a chance de ouro de Martin Brundle. Entrou na Benetton na vaga de Nelson Piquet, que fizera sua última temporada em 1991. O carro era bom, Piquet tinha conseguido vencer e subir a alguns pódios no ano anterior e aquela era a grande chance de Brundle.

Mas, a garagem da Benetton tinha Schumacher no carro ao lado. O alemão, que era apenas um novato que tinha marcado pífios quatro pontos em 1991, dominou Brundle desde o começo da temporada.

Schumacher marcou 53 pontos e ficou em 3º lugar na temporada daquele ano. Brundle, sem muito o que fazer contra o futuro heptacampeão mundial, fechou a temporada em 6º, com 38 pontos marcados."

As outras quatro histórias de novinhos que afundaram os colegas veteranos você lê lá no Drive Brazil, clicando aqui.

O novo Mané Garrincha e o velho Opala

Das inúmeras compartilhadas que pingam no meu Facebook a cada milionésimo de segundo, de vez em quando algumas coisas interessantes aparecem.

Hoje vi esta imagem e não me aguentei, precisei compartilhar aqui.

Nela, o criativo Gustavo Sá Teles matou a charada da inspiração para o desenho do novo Mané Garrincha: o filtro de ar do Opala!





terça-feira, 8 de abril de 2014

A fodástica V8 Supercars

(Da sucursal em Brasília-DF) - Na última agenda do fim de semana, eu citei lá no pé a V8 Supercars. Desconhecida por muitos no Brasil, esta categoria é a stock car australiana e corre desde o começo dos anos 1990.

O grande charme da V8 Supercars está nos carros. Todos são baseados em modelos em produção, com tração traseira e motores de 5.0 litros, com potência entre 630 e 660 cavalos. É o contrário do que acontece na Stock Car Brasil, que usa carros de estrutura e motores idênticos, cobertos por uma carenagem falsa.

Holden Commodore
Volvo S60
Ford Falcon

Mercedes-Benz E63 AMG

Sim, é frustante. Não existe disputa entre montadoras na stock brasileira. O que você vê com quando um Peugeot 408 ou um Chevrolet Sonic cruza a reta é só uma casquinha, uma cobertura de fibra de vidro cheia de propaganda. Dali pra dentro, é tudo igual.

Na temporada atual, correm na V8 Supercars: Volvo S60, Holden Commodore (nosso Chevrolet Omega), Ford Falcon, Nissan Altima, Mercedes E-63 AMG.

Nissan Altima
Os carros são lindos, as corridas são uma delícia de assistir e o pau quebra. No vídeo abaixo, a chegada na segunda corrida da etapa de Melbourne, que aconteceu em 1º de março. E aproveito para me corrigir: ao contrário do que eu escrevi lá na agenda, o canal BandSports transmite a reprise das provas.

Na última volta, Scott McLaughlin (Volvo azul) e Jamie Whincup (Holden Commodore) brigam pela segunda colocação como se estivessem lutando pela própria vida. 



Gestão de merda

Gustavo do Vale, o gestor tapeador
 da Infraero. Foto José Cruz/ABr
A síntese do lixo que é a gestão pública brasileira, na  frase de Gustavo do Vale, presidente da Infraero, sobre as obras no aeroporto de Confins, em Minas Gerais:

"Reconheço que as obras não ficarão com aquilo que prevíamos para a Copa. Podemos tapear as obras de modo que melhore a operacionalidade sem terminar ela como um todo. Em determinada área que está em obra, você isola aquela área mas libera outras áreas onde as obras já terminaram".                                                                                                                    
Tapear. SIM, TAPEAR!

Essa tapeada sempre funcionou muito bem para nós, brasileiros, e agora será usada para enganar aos gringos que usarão a estrutura aeroportuária durante a Copa do Mundo.

A sorte dos gringos é que eles vão embora. Nós é que nos ferramos, sendo obrigados a usar essa infraestrutura tapeada para sempre.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

A comemoração de Fernando Alonso


(Da sucursal em Brasília-DF) - Procurei em tudo o que era canto a imagem da comemoração irônica de Fernando Alonso enquanto cruzava a linha de chegada vibrando com a nona colocação no GP do Bahrein de ontem.

Só consegui encontrar o vídeo e fiz um print-screen da tela.

Não é do feitio de Alonso comemorar uma posição tão ruim, então só me resta concluir que a celebração empolgada foi uma cutucada na Ferrari. Já começaram até a surgir conversas de que a McLaren está sondando Alonso para voltar a guiar para os ingleses em 2015.

Vamos esperar os próximos capítulos.

Neste link da TV Globo dá para ver a comemoração de Alonso. É só adiantar para  15m30s. 

Amar é...


Amar é passar a noite agoniado, com minha linda cruzando o lagão.

Ô AirFrance, leva com jeito aí a Lud! Balance pouco o Boeing e sirva um café da manhã bacana para ela.

P.S.: Para entender como funciona o sistema que eu uso para acompanhar os voos, clique aqui.

Um Belcar em Samambaia

Esse eu vi ontem pela manhã, perto de casa, em Samambaia. O lindo DKW-Vemag Belcar estava estacionado na porta de um comércio, com a escr...