quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Massa, Williams e o que pode fazer algum sentido.

Massa: últimos dias de Ferrari. Foto: Ferrari.com
(Da sucursal em Brasília - DF) - Massa pilotando para a Williams em 2014. A notícia foi dada na noite de ontem, pelo jornalista Américo Teixeira Jr, do Diário Motorsport. Para algumas “bombas exclusivas” não dou trela, mas quando vem de sujeitos como o Américo, entrego atenção. Ele não é de propagar balelas.

O que não significa que o que ele escreveu é absoluto.

Vou direto a dois pontos, naquilo que acho não fazer muito sentido nesta história.

1 - O contrato de cinco anos:

Felipe Massa tem 32 anos. Vettel tem 26. Hamilton, 28. A idade de Massa não é impeditiva para que ele tenha sucesso na Williams, mas um contrato de cinco anos encerra-se com o brasileiro aos 37. Não sei se valeria para a equipe inglesa, muito menos para Felipe, estender por tanto tempo esta parceria. Um contrato deste tamanho pode significar o último da carreira de Massa na F1, em uma equipe que não anda muito bem das pernas faz tempo.

2 - Massa entra sem levar patrocínios, na vaga de Pastor Maldonado:

Documento vazado pelo grandprix247.com:
 PDVSA pagou £26 milhões em patrocínios
para a Williams em 2012
Maldonado é hoje o grande financiador da Williams. O piloto tem como madrinha na F1 a estatal Petroleos de Venezuela SA, a PDVSA. Em um documento vazado em 2011, foi revelado que a petroleira da terra de Hugo Chávez depositou na conta da Williams valores em torno de R$ 100 milhões na compra de cotas de patrocínio para a temporada 2012 da F1.

É sabido que estes valores sustentam Maldonado no time. Não tiro o mérito dele como piloto, mas na F1 dinheiro faz diferença ao se buscar assento em um carro, especialmente nas equipes pequenas e médias.

Com a saída de Maldonado e a chegada de Massa, não vejo motivos para a PDVSA manter esse dinheiroduto abastecendo a Williams. E a equipe, na condição atual, não está em posição de jogar tanta grana fora.

O que vem em minha mente? A volta da Petrobras.

Entre 1998 e 2008 a empresa brasileira forneceu óleo e combustível para a Williams. Em um momento de questionamentos sobre a condição da Petrobras e as polêmicas do pré-sal, nada melhor que o retorno da marca ao circo da F1, apoiando um piloto brasileiro.

De concreto até agora o boato só gerou negativas dos empresários envolvidos nas negociações de Massa. Nicolas Todt, que gere a carreira do brasileiro, disse ao Estadão que a notícia é “uma fantasia”, e que Felipe está conversando com a Williams, mas também com a Lotus, a Sauber e a Force India.

Nesse salseiro todo, não duvido da notícia de Américo. A Lotus já deixou claro que quer o alemão Nico Hulkenberg na equipe, colocando Massa no banco de reservas. As outras duas equipes na jogada, Force India e Sauber, não se manifestaram sobre Massa.

Talvez a Williams veja em Felipe um salvador da pátria, um piloto que já foi rápido e que tem bagagem técnica extensa. Esta experiência poderá fazer diferença nos carros de 2014, que vão mudar bastante com os novos motores turbo. 

A alteração dos propulsores vai obrigar mudanças técnicas drásticas, dando oportunidade para respirar a uma equipe vencedora no passado e que tornou-se pequena em menos de uma década .

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Cores eternas

(Da sucursal em Brasília-DF) - O pessoal do site Jalopnik postou estas imagens no site e eu não aguentei, precisei replicar.

Uma ideia genial, que gerou ilustrações fodásticas. São projeções com pinturas históricas de grandes equipes da Formula 1 aplicadas ao desenho atual  dos carros. 

Ficou um negócio de doido.

O site dos donos da ideia é o http://escapeartistdesign.net e o artista é Matt Hillman.


Williams FW14


O Williams FW14 é até hoje citado como o carro mais rápido da história da F1. Carregava a revolucionária suspensão ativa e foi impressionante na temporada de 1991. Em 1992, foi imbatível e levou Nigel Mansell a conquistar o mundial de pilotos.










McLaren MP4/4

Pilotaram este ícone Alain Prost e Ayrton Senna, na temporada de 1998 da F1. Das 16 corridas disputadas naquele ano, largou na pole position e venceu 15, sendo 7 vitórias de Prost e 8 de Senna, que foi campeão mundial com apenas 3 pontos de vantagem para o francês.


Tyrrell 007



Nas cores de quando era pilotada por sujeitos como Jackie Stewart, e François Cévert, piloto francês que morreu ao voltante de um carro da equipe, em 1973, nos Estados Unidos. Infelizmente a Tyrrel teve fim melancólico, em 1998, quando foi vendida para a British American Racing - BAR.

Jordan EJ11

O carro era ruim, mas a pintura era muito legal. Foi pilotado em  2001 por Frentzen, Trulli, o brasileiro Ricardo Zonta e por um Jean Alesi em final de carreira. 

                                                                                                
Lotus 49
Antes deste carro, a Lotus era verde. Então, Colin Chapman descobriu no final da década de 1960 que se vendesse as cores e espaços publicitários nos carros, ganharia um bucado de dinheiro. E ficou bonito demais o carro.





















(Como é difícil postar mais de uma foto neste blog! Ficou meio tosco aí em cima, mas acho que consegui passar a mensagem.)

Sinal da vida. Tenta aí.

Pobres Paul e Ringo na Abbey Road brasiliense.
(Da sucursal em Brasília - DF) - Atravessar ruas em Brasília já não é mais a mesma coisa. Na semana passada, voltando a pé do almoço, ficou claro como as faixas de pedestres já não têm o mesmo apelo de quando me mudei para cá, em 2002.

Naquela época me impressionei com a facilidade em se cruzar a pé vias que, pelo trânsito intenso, seriam impossíveis de serem atravessadas sem a compreensão de motoristas que respeitavam a faixa de pedestres. Em Belo Horizonte, por exemplo, se eu ameaçasse usar uma faixa de pedestres da mesma forma como fazia aqui, viraria patê no asfalto da Guajajaras.

Respeitavam. Não posso mais confiar.

Estiquei a mão e esperei. Passaram um, dois, três carros e várias motos, ignorando o gesto. Aliás, os pilotos das motos, especialmente os motoboys (identificados pelo colete), são os que menos fazem questão de dar passagem aos pedestres.

Antes que a mão estendida gangrenasse, invadi a faixa. Aí sim pararam, mas freando bruscamente, bem próximos a mim e exibindo caras de bunda.  

O que fica disso? Faltam campanhas de educação ao motorista. Se o Detran-DF, que tem um setor inteiro responsável por educar o condutor, não voltar com urgência a veicular campanhas de educação para quem dirige, cada vez teremos menos gente sensibilizada atrás dos volantes, dos guidons.

Verba não deve faltar. Volta e meia anunciam equipamentos novos para rastrear veículos com débitos. Agora rebocam até carros estacionados! Nada contra punir quem não paga os impostos e multas, acho corretíssimo, mas vejo muitos gastos em fiscalização e não enxergo, em lugar algum, campanhas educativas.



P.S: Por favor, Detran-DF, se este post acender uma luz aí dentro e alguém resolver fazer alguma campanha, não pequem em repetir o mal gosto deste clássico, cheio de preconceitos e clichês contra mulheres ao volante.





segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Foto do dia

Antônio Pizzonia com problemas na curva da vitória.
Autódromo Internacional Nelson Piquet, 
Brasília, 23 de setembro de 2007
Canon EOS 30D - ISO 100, 1/500s, f/8

O mantra da estabilidade


Velhos posts clearwater revival


Nesta seção busco coisas antigas que já escrevi e as jogo aqui novamente. O texto abaixo publiquei em meu perfil no Facebook, em 30 de janeiro de 2013.

E, antes de que as discussões que na época aconteceram ressuscitem aqui, leia atentamente antes de se rebelar. O post não é contra a estabilidade, mas contra os que usam a estabilidade para se "aposentar" ao tomar posse.

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Vi essa matéria e fiquei puto. É um absurdo.


Estabilidade, estabilidade, estabilidade. Parece um mantra.

E nenhum dos entrevistados na matéria diz que quer ser servidor público. O serviço ao cidadão é deixado de lado, o que vale é a porcaria da estabilidade. É uma metralhadora, qualquer concurso vale, desde que o salário valha a pena. Não existe afinidade ou prazer no trabalho, apenas a estabilidade. E essa falta de prazer no que faz só ajuda o Brasil a estar no atraso que vivemos. Serviço público lotado de estáveis. 

Diálogo repórter - entrevistada:
Repórter: - Fulana quer passar num concurso público até o meio do ano.

Entrevistada: - Daqui a cinco anos eu quero estar estável, eu quero estar bem, eu quero ter a minha casa, meu carro, quero comprar as coisas que eu desejar, quero viajar, quero estar tranquila.

E sobre o trabalho, o que você quer? Sabe o que é ser servidor público? Sabe de onde vem este dinheiro que vai pagar seu salário todos os meses?

Isso é insano. Adolescentes com 16, 17 anos em cursinhos, pensando em uma vaga em emprego público. Não sabem nem a carreira que querem seguir e já têm a estabilidade na cabeça. E, coitados, não têm culpa. Isso é cultural, é visceral, é natural. E enquanto não mudarem algumas regras para a admissão de servidores, essa cultura será sustentada.

Conheço servidores públicos que trabalham de verdade. São pessoas que amam o que fazem e trabalham direito. Mas, infelizmente, nas últimas vezes que precisei do serviço público, me deparei com estáveis, que não fazem a mínima questão de atender o cidadão. Apenas cumprem horário. 

E se você reclamar, pode ser acusado de desacato ao estável e ser preso.

Chega dessa mania de estabilidade. É com trabalho que se faz um País, não com estabilidade. Se quer fazer um concurso público, procure uma área que o atraia e trabalhe com vontade. Enfie na cabeça que o concurso te dá a benesse da estabilidade, mas cobra de você o SERVIÇO AO CIDADÃO. E sirva, como a palavra define. Trate o cidadão como seu CLIENTE, e não como um empecilho, um fardo a ser arrastado até o final da carreira. 

Sei que os bons servidores, que fazem o que gostam e entregam ao cidadão bom serviço, não vão se incomodar com o que escrevi aqui. 

1003 visualizações

Este blog já tem mais em visualizações que o motor do
Bugatti Veyron tem em cavalos: 1003 x 1001
Sei lá como, mas desde terça até a 0h de hoje, o Punta Tacco no S atraiu 1003 visualizações!

Descontando os meus cliques (241), os da minha mulher (127), os do meu irmao, (221) e os da minha mãe (399), exatamente 12 pessoas entraram aqui só para ler!

Obrigado!

domingo, 20 de outubro de 2013

Hélio Castroneves, quase campeão na Indy. Dixon, campeão

Hélio: derrota no fim do campeonato.

(Da sucursal em Samambaia-DF) - Aos 38 anos e 276 largadas depois de sua estréia na Indy, Helio Castroneves por muito pouco não conquistou agora há pouco* seu primeiro título na Indy, no oval de Fontana.

Chamo só de Indy porque nunca tive paciência com essa história de Cart, IRL, Izod. Nunca entendi e não estou muito afim de entender, já já mudam o nome de novo mesmo.

Hélio liderou o campeonato até a etapa anterior a de hoje. Uma maré de azar tomou conta do Penske de Hélio, que apresentou problemas de câmbio na rodada dupla de Houston. A vantagem que o brasileiro tinha sobre o único rival na disputa pelo título, o neozelandês Scott Dixon, foi para o espaço e Hélio chegou a Fontana, palco da decisão, 25 pontos atrás do algoz no campeonato. 

Para a corrida final ambos não conseguiram boas posições de largada, mas o 12º de Hélio deu a ele esperança pelo distante 17º lugar de Dixon.

O brasileiro fez uma corrida consistente, começando a noite com uma largada agressiva. Livrou-se dos vários acidentes, ocupando o primeiro lugar em diversos momentos da corrida.

Depois da volta 200, a prova tomou um rumo inesperado, com Hélio sendo obrigado a parar para trocar o bico do carro, danificado em um toque que a TV não pegou. Esta parada fez ele perder uma volta em relação ao líder, tirando de vez as chances de ser campeão das mãos de Castroneves.
  
Scott Dixon, campeão da Indy 2013.
Foto: Chris Jones
Daí para frente, Dixon administrou o carro nas últimas voltas e recebeu a bandeira rosa (no lugar da verde, parte da campanha do outubro rosa) na quinta posição, mais do que suficiente para ser campeão. Com o de hoje, Dixon acumula três troféus de campeão da categoria.

Talvez Hélio tenha visto sua maior chance de ser campeão se perder em 2013. Na categoria desde 1998, Castroneves já ganhou três vezes as 500 Milhas de Indianápolis, que divide com o GP de Mônaco de Formula 1, o posto de corrida mais tradicional do automobilismo mundial e venceu a 28 provas na Indy.

Seria o 5º título brasileiro na Indy. Emerson Fittipaldi, Gil de Ferran (duas vezes), Cristiano da Matta (que atropelou um cervo em um treino em 2006 e quase morreu) e, por último, com Tony Kanaan, em 2004 já ganharam o campeonato.

Para o ano que vem a Indy promete. Hélio continuará na Penske e terá como companheiro Juan Pablo Montoya (se ele conseguir emagrecer para caber no carro). Tony Kanaan sairá da mediana KV e assumirá cockpit na Chip Ganassi. São dois brasileiros muito competentes campeões e em carros de ponta.

Indy agora só no ano que vem, no dia 30 de março, no circuito de rua de São Petesburgo.

(Quase entrando na época do recesso de corridas. Essa abstinência até março é uma merda.)


*Começou o horário de verão. Eu gosto e adiantei meu relógio assim que ele apontou 0h.

Um Belcar em Samambaia

Esse eu vi ontem pela manhã, perto de casa, em Samambaia. O lindo DKW-Vemag Belcar estava estacionado na porta de um comércio, com a escr...