domingo, 6 de julho de 2014

Inglaterra - Hamilton vence, Rosberg quebra, Kimi bate forte e tira Massa

Hamilton venceu em casa e encostou em Rosberg
na luta pelo mundial de pilotos. Foto: Sutton Images
(Da sucursal no Gama-DF) - Antes de falar da corrida em Silverstone, na Inglaterra, é bom gastar algumas linhas sobre as posições de largada de Felipe Massa hoje e na última etapa, na Áustria.

Hoje, Massa saiu da 15ª posição, na Áustria, foi pole position. Estas duas colocações são pontos fora da linha.

Quinze dias atrás, na Áustria, a Williams tinha o melhor carro da pista para voltas mais rápidas. Eram muito bons na classificação, mas não conseguiam manter o ritmo na prova toda. Ontem, na Inglaterra, a Williams demorou demais a soltar os pilotos para o Q1.

No fim da sessão a chuva apertou, a pista piorou demais e matou as possibilidades de Massa e de Valtteri Bottas de conseguirem largar entre os 10 primeiros. O mesmo erro foi cometido pela Ferrari, que soltou Fernando Alonso e Kimi Räikkönen tão tarde quanto fez a Williams.

E a má posição de largada de Felipe foi seguida de um péssimo começo de corrida, em mais um momento de muito azar do brasileiro. Massa não conseguiu largar. O carro não tracionou e, parado no grid, o brasileiro assistiu a todos os pilotos ultrapassando-o.

Acidentado, Massa conseguiu arrastar a Williams até
os boxes.  Foto: AP Photo/Jon Super
Na tentativa de recuperar-se, Felipe já vinha ganhando algumas posições quando deparou-se com a Ferrari de Kimi Räikkönen atravessada na pista. Kimi, afobado por largar atrás demais e tentando também recuperar colocações o mais rápido possível, errou a tangência na Aintree e, ao tentar voltar para a pista, perdeu o controle da Ferrari e acertou com muita violência o muro. Com o impacto, o carro de Kimi foi arremessado de volta a pista, exatamente na frente de Massa. Massa, em uma manobra de reflexo muito rápido, afundou o pé no freio e puxou o volante para a direita, evitando um impacto em T com o carro de Kimi.

Este tipo de acidente, quando o bico de um carro atinge a lateral de outro, é o tipo de batida mais temida pelos pilotos. O tanque de combustível fica exatamente sob a carenagem lateral do carro, aumentando muito os riscos de incêndio. Além, impactos laterais podem causar mais danos aos pilotos, com riscos de danos cervicais pelo ângulo do toque.

A cacetada de Kimi foi tão forte para caraleo. O finlandês saiu do carro grogue, mas precisa muito agradecer a Massa pela manobra que evitou algo de muito pior. Se Felipe não tivesse desviado o carro, não consigo nem imaginar como estaria Kimi agora. Pela gravidade do acidente, a direção da prova interrompeu a corrida com bandeira vermelha. Mesmo com a parada, a Williams não conseguiu recuperar o carro de Massa para que ele pudesse voltar à prova.

Mais um abandono de Massa, exatamente hoje, na corrida em que ele completava 200 grandes prêmios na Formula 1. Aqui embaixo, o vídeo da confusão.



Um ano, até agora, para ser esquecido por Felipe. A prova ficou parada por uma hora para a limpeza da pista e a manutenção do guard-rail. Na relargada, Rosberg manteve-se na ponta, seguido por Button e Magnussen, que no fim da volta foi superado por Hamilton. Para a tristeza de Massa, Bottas vinha muito bem na outra Williams, e já aparecia na 6ª posição.

Um pouco mais atrás, Alonso fez uma linda ultrapassagem sobre a Red Bull de Daniel Ricciardo, assumindo a 8ª posição na volta sete. Na volta oito o espanhol engoliu a Force India de Hulkenberg e pulou para 7º. 

Maldonado sendo catapultado por Gutierrez.
Foto: XPB
Na décima volta, a dupla Maldonado e Gutierrez exibiu mais um show de horror. Volta e meia esses dois se esbarram, e hoje, foi culpa de Gutierrez. Maldonado vinha superando o mexicano por fora, que decidiu abrir mais a curva. Com a manobra, Gutierrez deu um peteleco na roda traseira esquerda do colombiano. Pastor Maldonado deu um belo salto, tirando as rodas do chão em uma cena que relembrou o velho e bom Mario Kart.

Na volta 13, Alonso tomou uma punição por estar fora da posição correta no grid. Sei lá porque diabos, Alonso estava meio carro à frente da posição correta no grid. Como punição, no momento da primeira parada nos boxes, Alonso foi obrigado a ficar parado por 5 segundos antes que a equipe começasse a fazer a troca de pneus. Voltou em 8º na volta 27.

Lá na frente, Rosberg rodava tranquilo, administrando a vantagem de 3,7 s sobre Hamilton na volta 16. Na volta 17, Valtteri Bottas fez uma bela manobra sobre Jenson Button na curva Stowe e, por fora, assumiu a terceira colocação.

Na volta 20, depois da primeira parada nos boxes, Rosberg chamou a equipe no rádio avisando que estava com problemas na redução de marchas, mas o carro mantinha o bom comportamento. Na volta 29, os problemas de Rosberg se evidenciaram. As marchas não entravam e Hamilton ultrapassou o companheiro de equipe. Nas arquibancadas, os torcedores ingleses celebravam o conterrâneo assumindo o primeiro lugar.

Dentro do carro parado, Nico Rosberg tentava desesperado resetar o sistema eletrônico na intenção de fazer o câmbio voltar a funcionar. Apesar de vários Ctrl+Alt+Del, Rosberg foi obrigado a abandonar. Naquele momento, Hamilton era o líder, com Valtteri Bottas em 2º e Vettel em terceiro.

Na volta 32, Bottas foi aos boxes e caiu para 3º, com Vettel em segundo. Na volta 34, Bottas engoliu o tetracampeão Sabastian Vettel e voltou para a segunda posição.

Alonso e Vettel se encontraram na pista na volta 38. Em uma manobra de se assistir de pé, Alonso superou Vettel, que pelo rádio reclamou com a direção de prova pela espremida que tomou do espanhol na ultrapassagem.

Mimimi de Vettel e linda manobra de Alonso, que ali assumiu a 6ª posição, mas não teve paz. Vettel manteve a pressão e não saiu da nuca do espanhol. Na volta 43, Vettel partiu para cima de Alonso e quase retomou o 6º lugar.

Pelo rádio, o alemão continuava a esbravejar pelo rádio reclamando do posicionamento do espanhol na pista. A briga entre Vettel e Alonso era tão intensa que a TV esqueceu-se dos líderes e manteve as imagens na luta pelo 5º lugar. Roda com roda, os dois quase se mataram por metade da volta 48. Vettel e Alonso chegaram a tocar-se, mas com a faca entre os dentes, Vettel posicionou-se com firmeza e devolveu a dureza ao volante, ultrapassando Alonso na saída da Abbey.

No rádio, agora era vez de Alonso berrar com a equipe. Segundo o espanhol, Vettel usou a asa móvel em um ponto não permitido da pista. Só essa briga entre Alonso e Vettel valeu a corrida toda. Lindo de se ver.

Tudo isso faltando 3 voltas para o fim da prova, que tinha Hamilton líder, Bottas em 2º e Ricciardo em 3º, ameaçado de perto por Button.

Maldonado abandonou na volta 51, com problemas no motor da Lotus.

Na bandeirada, Lewis Hamilton chegou em primeiro em casa. A torcida inglesa de pé, aclamou o vencedor. Em segundo, Valtteri Bottas foi ao pódio pela segunda vez consecutiva. Pobre Massa, que vê dos boxes o companheiro de equipe fazer mais uma ótima e competente corrida. Em terceiro, o australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull.

Apesar do abandono, o campeonato ainda tem Nico Rosberg como líder do mundial de pilotos, com 165 pontos. O companheiro de Nico na Mercedes, Lewis Hamilton vem colado atrás somando 161 pontos.

Com mais um abandono, Felipe Massa vê seu companheiro de equipe distanciar-se na tabela do mundial de pilotos. Bottas já soma 73 pontos e pulou para a 5ª colocação. Lá no meio da classificação, Massa agoniza um ruim 10º lugar, com pífios 30 pontos.

Massa precisa de oração, de um descarrego, de um banho de sal, de sei lá o que. Nunca vi ninguém tão sem sorte quanto ele.

A próxima etapa da F1 será na Alemanha, em Hockenhein no dia 20 de julho.

40 anos em 40 minutos

Os velhos guard-rails do autódromo Nelson Piquet.
Foto: Nilson Carvalho/meiaum
(Da sucursal no Gama-DF) - Faz exatamente uma hora que o GP de Silverstone, na Inglaterra, está parado por um grave acidente que envolveu Kimi Raikkonen e Felipe Massa. A pancada danificou os guard-rails.

E, em 40 minutos, o pessoal de pista de Silverstone trocou os guard rails amassados, manutenção que o governo local não conseguiu fazer em 40 anos no autódromo Nelson Piquet.

A corrida recomeçou agora. Kimi e Massa estão bem, mas fora da prova.

Já já posto o resumo do GP.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

3.0 V6 1984

Hoje é dia de ficar mais velho, porém com algo de diferente no calendário. Deixo para trás a casa dos 20 e assumo uma nova dezena na vida.

Agora tenho 30 anos, muito bem vividos.

Por ser um gearhead inveterado, o mundo dos motores começou a me homenagear desde ontem. Caiu no meu colo uma Alfa 164 1994 3.0, para dar uma voltinha. Um tesão de carro, muito forte, arisco e com um grande defeito: não era meu.

O Troller não me deixou esquecer
que agora sou um 3.0.
Hoje, preso no trânsito, um Troller T4 estampava na minha cara o 3.0 do motor diesel que empurra o  jipinho cearense.

Sim, desde ontem o mundo dos motores me parabeniza pelos meus 30 anos.

Aproveitando esses 3.0, deixo aqui uma listinha de motores de 3 litros que fariam meus dias muito mais felizes. Se vocês se animarem, escolham um dessa lista, e, naqueles esquemas de crowdfunding, me deem um deles!

Garanto que vão acertar em cheio no presente!

Chevrolet Omega CD 3.0 1993

Um dos melhores carros já produzidos no Brasil, o Omega ganhou da Chevrolet um presentão em 1993: o 3.0 de seis cilindros produzido pela Opel na Europa. Mais moderno e leve que o antigo 4.1 herdado do Opala, o 3.0 levava o Omega aos 100 km/h em 9,5 s e a 210 km/h de velocidade máxima.







Mitsubishi 3000 GT VR4 1994
Um 3.0 biturbo, seis cilindros, com 320 cavalos de potência. Este monstro japonês superava a marca dos 250 km/h e chegava aos 100 km/h em 5,5 segundos. É muita coisa, mesmo hoje, 20 anos depois do lançamento. No Brasil é possível encontrar alguns para comprar, com preços que batem os R$ 70 mil.








Volkswagen Golf 3.0 VR6 1995
Vou dar uma roubada aqui. Este motor originalmente é um 2.9, mas aumentar a capacidade cúbica dele para 3.0 é uma modificação simples e comum. Os VR6 da VW são admirados mundo afora pela elasticidade e pelo som característico. Com quase 200 cavalos, esse Golf acelerava de 0 a 100 km/h em 7,5 s e chegava a mais de 220 km/h.







Porsche 911 Carrera 3.0 1977
Este 3.0 é especial. Derivado do projeto original do motor a ar do VW Fusca, este motor tinha os cilindros dispostos horizontalmente, com três cilindros para cada lado. Batia os 200 cavalos de potência, com os giros batendo 6000 rotações por minuto. São carros relativamente raros, foram produzidos pouco mais de 3600 unidades.








Toyota Supra 3.0 Turbo 1993
A ignorância desse japonês dá gosto. Concorrente direto do 3000 GT, o V6 biturbo do Supra jogava para as rodas 324 cavalos e mais de 43 m.kgf a 4000 rpm. 0 a 100 km/h em 5,5 s e máxima em 250 km/h.







Ferrari F1 412 T2
Nem precisam procurar esta para me presentear porque vocês não vão encontrá-la no mercado. A 412 T2 foi a última Ferrari 12 cilindros que correu na Formula 1, pilotada por Jean Alesi e Gerhard Berger, em 1995. Produzia 700 cavalos e batia as 17000 rotações por minuto. O motor 3.0 deste carro tinha um som lindo, formidável, que este vídeo aqui embaixo não me deixa mentir.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Garagem do Carvalho

Não perco a oportunidade de dirigir carro algum. Se você me oferecer seu carro para eu dar uma voltinha, saiba que irei fazê-lo.

Por culpa desse meu vício de experimentar, já consegui dirigir uma quantidade enorme de carros.

Neste post, fiz uma lista de tudo o que já guiei. Na frente do nome de cada carro, uma tentativa defini-lo.

Quando for dirigindo outros, farei as atualizações. Até hoje, quando tive a oportunidade de guiar a Alfa 164 que abre a lista, dirigi 60 carros de 15 montadoras.
Alfa Romeu 164 3.0 V6 1994

Alfa Romeu

164 3.0 V6 - 1994 - Um mel em 1994, um ogro em 2014. Pesado de guiar, forte e arisco.

BMW

325i - 1995 - Gostosa de guiar, mas o câmbio automático é lento e dá uma esfriada no seis cilindros em linha.

Cadillac Brougham 5.0 1987
Cadillac

Brougham 5.0 - 1987 - 80`s american way of life.

Chevrolet
Astra 2.0 - 1995 - (Belga) - Muito carro para a época. Construção esmerada.
Astra 2.0 - 200x -  Faz curvas como poucos.
Classic 1.0 - 20xx - Honesto com porta-malas.
Corsa 1.0 - 1998 - Honesto até demais.
Corsa 1.8 - 200x - Engana legal pelo motor.
D20-S 4.0 Diesel - 1995 - Bruta, mas menos forte do que parece.
Opala 4.1 - 1992 - Tesão. A traseira é indócil.
Tigra 1.6 16v - 1996 - Uma DELÍCIA de carrinho. O 1.6 16v alemão é bacana demais.
Vectra 2.0 - 200x - Última geração do sedan no Brasil, que na verdade era o Opel Astra na Europa. Carro legalzinho.

Citröen

C3 XTR 1.4 - 2009 - Leve, macio, fácil de dirigir. Carro sensacional para quem roda muito na cidade.

Fiat

Linea 1.9 Dualogic - 20xx - Legalzinho.
Marea 2.0 20v - 200x - O som do 5 cilindros é foda.
Palio 1.0 - 199x - Honesto.
Punto 1.4 - 200x - Bonito e legal para a cidade.
Siena 1.0 - 200x - Honesto, mas beberrão.
Stilo 1.8 - 200x - Sem graça.
Uno 1.0 - 20xx - Não há barulho de freio de mão mais feio no mundo. 
Mille 1.0 - 200x - Honesto redondinho.
Palio Weekend Adventure - 200x - Trambolhão.

Ranger CS 4.0 6cc
Ford

Ecosport 2.0 - 200x - No, thanks.
Fiesta 1.0 - 2013 - Pelado, lerdo, chato. Cadê o Fiesta Rocam que era legal?
Fiesta Sedan 1.6 - 200x - Era bacana para uma família em 2006.
Focus Sedan 2.0 - 199x - O Duratec 2.0 e a suspensão justíssima faziam dele um sonho de consumo.
Ka 1.0 - 200x - Tive dois. Quero um terceiro, só para me divertir.
Ranger CD 2.8 Diesel - 200x - Pau pra toda obra.
Ranger CS 4.0 6cc - 199x - Delícia de picape. Traseira mais respondona que a do Opala.

Honda

Civic Wagon 2.2 - 1995 - Banheira japonesa.
Civic 1.6 LX - 200x - Honesto completo.
Civic 1.8 - 200x - Bom carro.
Fit 1.4 - 200x - Interessante para cidade + família.

Hyundai

HB20 1.0 - 20xx - Legalzinho. E só.

Kia

Soul 1.6 - 20xx - Beeeem mais bacana que uma Doblò

Mahindra
Jeep Full 4x4 Diesel - 2006 - SUV indiano estranho que só. Acho que foi o carro mais feio que já dirigi.

Mitsubishi

ASX 2.0 16v 4x4 - 20xx - Gostei do comportamento. Queria ter rodado na estrada.

Peugeot

206 1.6 - 200x - Esperto.
306 1.8 SW - 200x - Banheira francesa.
306 1.6 - 200x - Sem gracinha.
306 2.0 Automático - 20xx - Carro bacana, motor forte e cheio de gracinhas.
307 2.0 - 20xx - Bacana, esperto e cheio de gadgets.

Renault
Clio 1.0 - 20xx - Honesté.
Logan 1.0 - 20xx - Chato.
Mégane Sedan 2.0 - 20xx - Confortável e de guiada legal.
Sandero 1.0/1.6 - 20xx - Chato hatch.

Volkswagen
Parati GL 1.8 1991
Amarok 2.0 TDi - 2013 - Achei que faltou força. O painel se parece com o do Gol G4.
Fusca 1.3/1.6 - 197x - Great times.
Fox 1.0 - 2011 - Falta motor, mas o espaço interno é bacana.
Gol 1.0/1.0 Turbo/1.6 - 20xx - O turbo é um tesão. Os outros são legaizinhos.
Golf 1.6 - 200x - Tocada muito bacana e estilo acertado.
Kombi 1.4 - 20xx - Clássico a água.
Parati GL 1.8 - 1991 - Primeiro carro zero quilômetro do meu pai. Linda.
Polo Classic 1.8 Mi - 200x - Só os Carvalhos entendem.
Saveiro 1.6 200x - Sou fã das Saveirinhos. E essa era uma tetéia, prata. Vendeu pq mesmo, Bruno???
Saveiro 2.0 - 200x - Lindinha demais. E rápida.
Voyage 1.0 - 2011 - Honesto com bunda.

Simples assim (1)

Para os que dão apoio ao discurso mesquinho do "rouba mas faz":

Conheço uma ótima faxineira, faz limpeza como ninguém. O problema é que ela sempre rouba alguma coisa da casa onde trabalha. Leva um microondas, uma televisão, umas jóias...

Ela rouba, mas faz.

Contrate a ela pra tua casa, mas não eleja ela para administrar a minha cidade, o meu estado, o meu país.

Foda-se sozinho.

Um Belcar em Samambaia

Esse eu vi ontem pela manhã, perto de casa, em Samambaia. O lindo DKW-Vemag Belcar estava estacionado na porta de um comércio, com a escr...