Começo hoje uma miniauditoria. Nada de metodologia fantástica, apenas papel, caneta e observação, a serviço do PuntaData, o instituto de pesquisa do Punta Tacco no S.
Me instigou dar início a esta observação a ausência dos responsáveis pela fiscalização de trânsito na rotina dos engarrafamentos. Sempre que estou dirigindo, fico à procura das viaturas e dos agentes de trânsito, que deveriam organizar a zona que é a hora do rush.
Porém, vejo poucos, em dias esporádicos.
Em minha concepção leiga de trânsito com cidadania, três pontos são fundamentais para que o convívio nas ruas seja decente: legislação, educação e fiscalização.
Lei, nós temos. O Código de Trânsito Brasileiro, de 1997, apesar das adaptações que precisam acontecer, tem muito de positivo. Tem falhas em alguns pontos, e um deles é a educação de trânsito, o segundo tópico dos três. Querer que alguém que nunca tocou em um volante saia em condições de dirigir depois de passar pela escola de trânsito, com o método aplicado atualmente, é hipocrisia demais. Sem contar a falta de boas campanhas de conscientização.
O terceiro, fiscalização, motivo da miniauditoria que começo hoje.
No Distrito Federal temos vários órgãos de fiscalização de trânsito. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) e o Batalhão de Policiamento de Trânsito da Polícia Militar (BPTran). Cada um destes dispõem de estrutura e servidores exclusivos para organizar o tráfego de veículos.
Quando releio o parágrafo acima e dirijo nas horas de trânsito mais complicado, me pergunto onde está toda esta estrutura que deveria cumprir seu papel nas ruas, organizando e fiscalizando o inferno do rush brasiliense. Sei que existem câmeras que dão suporte aos fiscais, mas o agente na rua é figura que inibe infrações e facilita o fluxo nas vias. E eles fazem falta.
Assim, vou jogando aqui, diariamente, uma tabela. Nela, as vias pelas quais passei, horários, quantos carros contei pelo acostamento (isso me mata de raiva) e, especialmente, quantas viaturas de fiscalização de trânsito vi pelo percurso.
É uma pesquisa boba, sem base técnica, mas parte da percepção do motorista que dirige diariamente e que sente falta dos fiscais de trânsito para melhorar a má condição de fluxo que temos hoje em nossa cidade.
13/1 – Saída às 17h53
do SIA com destino a Samambaia
17 km de percurso
Via e
condição
do
trânsito
|
Número
de
viaturas
|
Carros
trafegando pelo acostamento
|
EPTG - DF-085 – moderado
|
0
|
8
|
Pistão Sul - DF-001 – lento
|
0
|
1
|
Boca da
Mata -DF-460 – parado
|
0
|
14
|
Total no
percurso
|
0
|
23
|
14/1 – Saída às 8h01
de Samambaia com destino ao SIA
23 km de percurso
Via e
condição
do
trânsito
|
Número
de
viaturas
|
Carros
trafegando pelo acostamento
|
Av. Leste
(Samambaia) – leve
|
0
|
0
|
Ligação
Samambaia – QNL – leve
|
0
|
0
|
Avenida
Elmo Serejo – leve
|
1* -
Detran-DF
|
0
|
EPTG - DF-085 – moderado
|
0
|
3
|
Trechos do
SIA – leve
|
0
|
0
|
Total no
percurso
|
1*
|
3
|
*Viatura do Detran-DF
em suporte à obra de reparo da erosão no sentido Taguatinga.
Somatório geral até 14/1:
- 2 percursos;
- 40 km rodados;
- 26 carros trafegando pelo acostamento;
- 1 viatura de fiscalização.
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