(Da sucursal em Brasília-DF) - Quando comprei meu carro, três anos atrás, comprei também uma briga enorme na Brasal, aqui no SIA, para não ser assaltado em R$ 793 pelo despachante credenciado da concessionária.
Foi uma luta ferrenha, já que só fui informado da facada depois de fecharmos o contrato. E, na época, o vendedor não recuava ao afirmar que o carro só poderia sair da loja já emplacado e que, para isso acontecer, a única maneira era contratar os serviços de preços abusivos do despachante.
Despachante este que na época ficava em uma sala dentro da própria concessionária.
Sei que depois de muita discussão, acabei pagando R$ 350. O valor não ficou tão alto, uma vez que incluía a transferência de meu carro usado de Minas Gerais para o DF e o emplacamento do novo. Mas, mesmo tendo derrubado o valor pela metade, ainda teria saído mais barato se eu tivesse feito tudo por conta própria, levando a nota fiscal ao Detran e realizando o emplacamento e a transferência sozinho.
Hoje finalmente, depois de muitos consumidores serem forçados a desembolsar estes abusivos R$ 793, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) divulgou nota informando que instaurou inquérito público para investigar as lojas de automóveis.
A primeira motivação do inquérito é a cobrança abusiva, já que o serviço de emplacamento custa no Detran R$ 194, quatro vezes menos o cobrado pelas concessionárias.
O segundo motivo, que causa grande revolta nos consumidores, é a obrigatoriedade imposta pelas concessionárias de que o serviço de emplacamento seja feito nos despachantes indicados, não permitindo que o consumidor emplaque o carro por conta própria ou que escolha um outro despachante qualquer para contratar o serviço.
O MPDFT convocou a diretoria do Detran-DF para uma reunião e cobrou do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Distrito Federal (Sincodiv-DF) mais informações sobre a situação.
A dica que fica é: antes de começar a conversar sobre a cor, os opcionais, a forma de pagamento, pergunte sobre como é o processo de emplacamento na concessionária.
Se o vendedor vier com a conversa furada de que só o despachante da loja pode emplacar o carro, fuja da de lá desesperadamente.
Escrito por um mineiro, pai de um moleque sensacional, jornalista, repórter fotográfico, apaixonado por carros e por automobilismo.
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