Pular para o conteúdo principal

Até que pagam bem

Ricciardo ganha salário quase 30 vezes menor
que o de Vettel na Red Bull
(Da sucursal em Brasília-DF) - Fernando Alonso, Kimi Räikkönen e Sebastian Vettel recebem cada um 22 milhões de Euros por ano pelo emprego mais legal do mundo.

Sim, € 22 milhões, CADA UM!

Estes números foram publicados no livro Bussiness/ book GP2014, que faz um apanhado de estatísticas da Formula 1, com números que abrangem até dados econômicos.

Ao observar a lista, é engraçado perceber como os maiores investimentos vão para os bolsos dos pilotos que até a última corrida deste ano renderam menos pontos para as equipes em comparação aos companheiros de time.

A Ferrari paga o mesmo valor para seus dois pilotos, então não há como acusá-la de errar no investimento. Porém, no caso da Red Bull, por exemplo, o retorno dos pilotos da casa indica que a equipe dos vai precisar repensar o holerite de Daniel Ricciardo.

Sebastian Vettel, tetracampeão mundial de F1, recebe os mesmos € 22 milhões de Alonso e Kimi. Daniel Ricciardo, companheiro de Vettel, coloca na carteira minguados € 750 mil por ano.

Considerando até os resultados da última corrida, Ricciardo somou até agora 131 pontos na temporada, contra 88 de Vettel. Fazendo uma conta rápida, cada ponto conquistado por Ricciardo neste ano custou para a Red Bull  € 5.725 contra insanos € 250.000 por ponto marcado por Vettel na temporada.

Outro piloto que tem cartas na manga para pedir um aumento de salário é Valtteri Bottas, companheiro de Felipe Massa na Williams. Bottas vai ganhar em 2014 € 1 milhão, contra € 4 milhões embolsados por Felipe Massa.

Cada ponto de Bottas custou para os cofres da Williams € 10.526. Para marcar 40 pontos até agora na temporada, Felipe Massa recebeu € 100.000 por tento. Neste cálculo simplório, mas divertido, Massa custa 10 vezes mais que Bottas na equipe.

No pé da lista de salário, os dois pilotos da Caterham. Marcus Ericsson e Kamui Kobayashi ganham, por ano, € 150.000.

Abaixo a lista, com o cálculo de custo por ponto conquistado.

1. Fernando Alonso - Ferrari - €22m / € 191.304 por ponto marcado
= Kimi Raikkonen - Ferrari - €22m / € 814.814 por ponto marcado
= Sebastian Vettel - Red Bull Racing - €22m / € 250.000 por ponto marcado
4. Lewis Hamilton - Mercedes - €20m / € 104.712
5. Jenson Button - McLaren-Mercedes - €16m / € 266.666 por ponto marcado
6. Nico Rosberg - Mercedes - €12m / € 59.405
7. Felipe Massa - Williams - €4m / € 100.000 por ponto marcado
= Nico Hulkenberg - Force India F1 - €4m / € 57.971 por ponto marcado
9. Romain Grosjean - Lotus F1 Team - €3m / € 375.000
= Pastor Maldonado - Lotus F1 Team - €3m - não marcou pontos ainda
= Sergio Perez - Force India F1 - €3m / € 103.448 por ponto marcado
12. Adrian Sutil  - Sauber - €2m - não marcou pontos ainda
13. Kevin Magnuseen - McLaren-Mercedes - €1m / € 27.027 por ponto marcado
= Valtteri Bottas - Williams - €1m / € 10.526 por ponto marcado
15. Daniel Ricciardo - Red Bull Racing - €750,000 / € 5.725 por ponto marcado
= Jean-Eric Vergne - Scuderia Toro Rosso - €750,000 / € 68.181 por ponto marcado
17. Jules Bianchi - Marussia - €500,000 / € 250.000 por ponto marcado
18. Esteban Gutierrez - Sauber - €400,000 - não marcou pontos ainda
19. Daniil Kvyat - Scuderia Toro Rosso - €250,000 / € 41.666 por ponto marcado
20. Max Chilton - Marussia - €200,000 - não marcou pontos ainda
21. Marcus Ericsson - Caterham F1 - €150,000 - não marcou pontos ainda
= Kamui Kobayshi - Caterham F1 - €150,000 - não marcou pontos ainda

Antes de qualquer mimimi, é óbvio que o salário de um piloto não pode ser mensurado somente pelo número de pontos marcados em um ano.

Vettel, apesar da temporada aquém do esperado, tem um saldo de quatro campeonatos mundiais com a Red Bull. Alonso e Kimi tem experiência de sobra e são fundamentais para o desenvolvimento dos carros da Ferrari e Massa tem bagagem suficiente para ser considerado um dos responsáveis pela forte evolução da Williams.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

De volta à Europa

(Da sucursal em Brasília-DF) – No domingo começa a temporada europeia da Formula 1, depois de uma sessão de quatro provas no oriente. A volta das corridas ao continente europeu trará duas grandes mudanças, com efeito já no GP da Espanha de domingo: -  melhoria da minha qualidade de vida. As largadas voltam a ser às 9h da manhã e eu deixo de ser obrigado a acordar no meio da madrugada de domingo para não ter de ver a corrida no compacto do Esporte Espetacular; - a logística da F1 se acerta. Como as equipes não precisam mais se deslocar para o outro lado do planeta, engenheiros e designers passam a ter mais tempo para desenvolver os carros. É no começo das provas na Europa que o campeonato acirra a disputa, com equipes aperfeiçoando os carros com mais eficiência e em menos tempo. Especula-se, por exemplo, que o novo chassi que a Red Bull usará na Espanha é fantástico, sensacional e fodástico. Porém, de tudo o que pode mudar a partir de domingo,

Um Belcar em Samambaia

Esse eu vi ontem pela manhã, perto de casa, em Samambaia. O lindo DKW-Vemag Belcar estava estacionado na porta de um comércio, com a escrita "vendo" chamando atenção no vidro. Não tive dúvidas: peguei o primeiro retorno e fui ver de perto um dos carros mais bonitos já fabricados no Brasil. Ele estava estacionado de costas para a rua, então só quando desci do carro pude ver que tratava-se de um modelo 1967, o único a trazer quatro faróis, diferente dos anteriores que tinham dois faróis. O 1967 além do design diferente dos anteriores, é especial por ser do último ano de produção do Belcar no Brasil. Perguntei para as pessoas por ali pelo dono do carro que me indicaram ser o proprietário da lanchonete quase em frente à vaga onde estava parado o Belcar. Lá não encontrei o dono do carro, mas o irmão dele, o Márcio. Segundo ele, o carro está com o motor original, funcionando bem, e com documentos em ordem. O Márcio ainda me disse que querem R$ 16 mil por ele.

Bela Williams

Como a negociação das cotas dos maiores patrocínios na Williams foram fechadas definitivamente no final de fevereiro, só agora a equipe inglesa apresentou as cores do FW36, que será pilotado por Valtteri Bottas e pelo brasileiro Felipe Massa. A Williams FW36, pilotada por Felipe Massa A grande novidade na pintura é a Martini, fabricante de bebidas. Como principal patrocinadora do time, ela dita as cores do carro que é predominantemente branco, com grafismos em azul e vermelho. O nome da equipe também mudou. Agora os ingleses assinam Williams Martini Racing.   E o carro ficou especialmente bonito. A cor branca conseguiu aliviar o desenho esquisito do bico e os traços em cor deixaram o conjunto muito elegante. É o mais belo do grid. Seguindo o layout do bólido, os macacões dos pilotos também são muito bacanas e relembram velhos tempos de um automobilismo romântico, dos anos 1970, 1980, quando a Martini estampava carros e vestimentas em diversas categorias mundo afora