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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Porque as cores da McLaren MP4-30 me deixaram frustrado

(Da sucursal em Brasília-DF) - Quando a Honda anunciou o retorno como fornecedora de motores para a McLaren, em maio de 2013, os apaixonados por F1 foram atingidos por sentimentos nostálgicos.

McLaren e Honda formaram uma dupla sensacional entre 1988 e 1992. Nestas cinco temporadas de parcerias, os lendários carros de pintura branca e vermelha foram campeões do mundial de pilotos em quatro: 1988, 1990 e 1991 com Ayrton Senna e em 1989, com Alain Prost.

Em 1992, já lutando contra os imbatíveis Williams FW14, de suspensão inteligente, levaram o vice campeonato com Senna ao volante. 

Enquanto a Honda desenvolvia os motores durante o ano passado, a expectativa pelo novo carro da McLaren crescia. Na internet, vários designers publicavam ensaios de como imaginavam o novo carro, revivendo a velha parceria.

Na maioria dos desenhos, o saudoso branco e vermelho dominava. E todos eram lindos, fantásticos.

Mas, talvez por não querer trazer para a equipe a pressão de uma pintura tão vencedora, a McLaren optou por cores que seguem o padrão prata e preto de 2014. 

Frustrante, ainda mais quando vemos as projeções postadas por fãs. Tentei encontrar os créditos dos artistas, mas apenas um assina a peça.

Como queríamos:


 



E como ficou:




quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A cara da F1 em 2015

(Da sucursal em Brasília-DF) - Aos poucos as equipes vão apresentando os carros da temporada da Formula 1 que começa em 15 de março, na Austrália.

Hoje a McLaren mostrou o MP4-30, que será pilotado por Fernando Alonso e por Jenson Button. 
McLaren MP4-30, lançada hoje.

Os fãs nostálgicos da F1 frustaram-se com o esquema de cores do novo carro da equipe inglesa. A volta da Honda como fornecedora de motores criou nos gearheads a expectativa por uma McLaren branca e vermelha, como nos saudosos tempos de Ayrton Senna.

Infelizmente a paleta de cores agregou o vermelho ao prata, com um esquema muito parecido ao usado no carro de 2014.

Uma pena.

No mais, até agora, Williams, Force India e Lotus já lançaram seus carros.

O calendário de apresentações segue até 1º de fevereiro, dia em que começam os testes de pré-temporada, na pista de Jerez, na Espanha.

A lista de lançamentos segue assim:

30 de janeiro: Ferrari e Sauber
31 de janeiro: Toro Rosso
1º de fevereiro: Red Bull e Mercedes

A Williams FW27, lançada em no dia 21, que será pilotada
por Felipe Massa e Valtteri Bottas.

Force India VMJ-08, lançada no dia 21. Os pilotos
da equipe indiana serão Sergio Perez e Nico Hulkenberg.

A Lotus E23 Hybrid, mantendo a bela combinação
de preto e dourado. Será pilotada por Romain Grosjean e Pastor Maldonado.

domingo, 24 de agosto de 2014

Bélgica - Já era o clima na Mercedes. Ricciardo vence, Massa foi 13º

O toque de Rosberg em Hamilton que tirou do inglês
chances de pontuar. Foto: EFE
(Da sucursal em Brasília-DF) - Já era o clima na Mercedes.

Na segunda volta do GP da Bélgica, no mítico circuito de Spa-Francorchamps, Nico Rosberg não poupou o companheiro de equipe, Lewis Hamilton, e tocou o bico de sua Mercedes na roda traseira direita do carro de Hamilton, que aproveitou-se de uma boa largada e ultrapassou Rosberg, o pole-position.

Como resultado, o pneu do carro de Hamilton rasgou-se e o inglês foi obrigado a arrastar-se pelos sete quilômetros de Spa sem um dos pneus. Naquele momento, já era a corrida de Hamilton.

Sortudo, Rosberg consegui manter-se na prova sem precisar parar para a troca do bico danificado. Não quero nem imaginar o bate-boca no motorhome da Mercedes depois da corrida. Com certeza Hamilton está muito puto e provavelmente as declarações do piloto serão fortes. Vamos esperar que provavelmente até o fim do dia ele já terá dito alguma coisa sobre o toque.

Massa, que largou em 9º, foi perdendo posições, rapidamente caindo para o 11º lugar.

Tudo isso eu escutei pelo rádio. Aliás, acho F1 narrada no rádio muito bacana.

Quando cheguei em casa, Hamilton já estava lá atrás no grid depois da parada para trocar o pneu furado. Rosberg, que parou na volta oito para trocar pneus e o bico quebrado já lutava para recuperar as posições perdidas e Massa ainda estava em um péssimo começo de prova.

E aí a TV cortou para um daqueles momentos bizarros que as vezes dão as caras: um treco com um fio ficou preso em uma das antenas na carenagem do bico da Mercedes de Rosberg. Ficou aquilo balançando, esfregando na viseira do alemão que até tentou arrancar o fio, mas não conseguiu e desistiu. A TV não mostrou como aquilo saiu dali, mas estava visivelmente atrapalhando a tocada de Rosberg.

Na volta 10, Felipe Massa parou nos boxes. Voltou tão lento quanto entrou e na volta 16 era o 13º. Enquanto isso, Bottas era o 5º, acompanhando de perto a briga entre Vettel e Rosberg.

Tão de perto que na volta 17 Bottas aproveitou uma tentativa frustrada de ultrapassagem de Rosberg sobre Vettel e ultrapassou Rosberg.

Na volta 17, Ricciardo era o líder com quase 6 segundos de vantagem para Raikkonen, seguido por Vettel, Bottas, Rosberg, Magnussen, Alonso, Button, Pérez, Kvyat, Hulkenberg e, em 12º, Felipe Massa.

Tentando recuperar-se do prejuízo do toque com Rosberg no começo da corrida, Hamilton mofava em 18º, 74 segundos atrás do líder.

Com 20 voltas, Rosberg foi aos boxes para a segunda parada para troca de pneus. Voltou em 10º. Lá atrás, Hamilton já sugeria ao engenheiro abandonar a corrida. Recolher o carro naquele momento significava poupar motor para a próxima prova.

“Box, box, box”. Na 22, o engenheiro de Vettel chamou o piloto para sua segunda parada. Voltou bem, em 8º. Naquele momento, Ricciardo ainda liderava, com Bottas em 2º, seguido de Magnussen, Alonso e Button, todos estes com apenas uma parada.

Com duas paradas e pneus novos, Rosberg recuperava as posições perdidas na parada da volta 20 e, na 25, já era o 4º. Na Kemmel, com asa aberta, o alemão superou Alonso e já foi para o 3º posto.

À frente de Rosberg, Bottas e Ricciardo com apenas uma parada. Na volta 28 Ricciardo parou e voltou com 5 segundos de vantagem para Rosberg.

Na volta 28, Bottas era foi o líder. Massa era o 14º.

Nos bastidores da Williams, noticiou-se que um pedaço de kevlar estava preso sob o carro de Massa. O repórter da TV Globo deixou no ar que aquele era o motivo do desempenho muito ruim de Massa. O brasileiro realmente começou a rodar um pouco melhor depois da segunda parada, mas nada de excepcional.

Faltando 14 voltas para o fim, Rosberg era o segundo e Hamilton o 16º. Pelo rádio, o engenheiro do alemão lembrou a ele que o segundo lugar poderia ser uma posição bacana de chegada.

Com Hamilton em 16º, Rosberg abriria 29 pontos de vantagem para Hamilton. Grande negócio.
Para o orgulho dos mecânicos da Williams, na 31 Bottas superou Sebastian Vettel em uma bela manobra.

Naquele momento em 4º, Bottas fazia grande corrida.

É um pilotasso o companheiro de Massa.

Movimento nos boxes na volta 35. Grosjean, que vinha fazendo uma prova pífia, abandonou. Rosberg e Vettel foram aos boxes e colocaram pneus macios para um tudo ou nada, em uma tentativa de vitória.

Saiu próximo de Bottas, que não perdoou e superou Rosberg, obrigando o alemão a ultrapassar o piloto da Williams antes do fim da volta.

Com a faca nos dentes, Rosberg subiu a Eau Rouge grudado em Kimi Raikkonen e engoliu a Ferrari no começo da reta Kemmel.

Naquele momento, Rosberg tinha oito voltas para tirar 19 segundos de Ricciardo. Na primeira volta de pneus novos, já foi três segundos mas rápido que a Red Bull.

Lá atrás, Massa em 13º tentava atingir ao menos a zona de pontuação. Tarefa difícil.

Hamilton, de saco cheio de guiar no fim d o grid, mais uma vez implorou no rádio para abandonar. Não fazia sentido algum continuar gastando motor para nenhum resultado.

Lá na frente, a distância de Ricciardo para Rosberg já era de 16,7s, faltando 5 voltas para o final.

Bottas, tocando forte, pressionava Räikkönen pelo 3º lugar. A briga dos finlandeses durou mais duas voltas, quando o novato conseguiu superar o campeão mundial da Ferrari.

Finalmente, na volta 39, a Mercedes autorizou Hamilton a abandonar a prova e recolheu o carro do chateado inglês aos boxes.

O preço da batida entre ele e Rosberg recaiu só sobre o bolso de Hamilton.

Reafirmando a ótima temporada de Bottas, o piloto da Williams superou Raikkonen na Kammel. Naquele momento era o 3º, pronto para subir mais uma vez ao pódio neste ano.

Massa, lá atrás, ainda era 13º.

Entre os 5º e o 8º lugares, o pau comia,

Magussen, Alonso, Button e Vettel engalfinhavam-se na expectativa de um melhor resultado de chegada. No final da Kammel, os dois carros da McLaren + Alonso tentavam encontrar espaço para caberem na pista. Estavam os três um ao lado do outro, com Vettel logo atrás esperando para dar um bote.

Linda disputa com muita coragem de Magnussen, que botou Alonso na grama.

Lá na frente, Rosberg já estava a apenas 5 segundos de Ricciardo. Duas voltas para o fim.

De tirar o fôlego, Magnussen x Alonso x Vettel fez a torcida ficar de pé. Linda briga, com toques, fechadas e manobras de tirar o fôlego. Dava para sentir a emoção dos pilotos em uma tocada extremamente agressiva.

A briga era tão deliciosa de se ver que a TV esqueceu-se de Ricciardo!

Quase perderem a bandeirada para o australiano, que venceu pela terceira vez no ano.

Acabou assim, a bagaça: Ricciardo, Rosberg, Bottas, Raikkonen, Vettel, Magnussen, Button, Alonso, Pérez, Kvyat, Hulkenberg, Vergne, Massa, Sutil, Gutiérrez, Ericsson, Hamilton, Grosjean, Maldonado e, em último, o estreante da Marussia, Lotterer.

Terceira vitória da ano para Ricciardo. Foto: Getty Images

Ricciardo comemorou muito a vitória que caiu no colo depois do acidente entre os favoritos Rosberg e Hamilton. É terceiro isolado no mundial de pilotos, 37 pontos à frente de Fernando Alonso, o quarto.

Na briga entre os líderes, Rosberg se deu bem demais, em segundo com Hamilton sem pontuar. O alemão abriu 29 pontos para o inglês, com um cenário agora deflagrado de briga entre os dois.

Massa, azarado: 13º
Massa, ao final, em uma entrevista, disse que um “pedaço gigante” do carro de Hamilton ficou preso no assoalho na Williams. Segundo Felipe, foi esse o motivo pelo ritmo quase 2 segundos mais lento que o esperado.

Mais um capítulo do ano recheado de azar para Massa. Na garagem ao lado, Bottas foi ao pódio mais uma

vez e marcou mais 15 pontos, contra nenhum do brasileiro. Agora Bottas tem 110 pontos no mundial de pilotos, 70 mais que os 40 somados por Felipe.

Situação muito chata para o brasileiro. Cuidado, Massa, Felipe Nasr venceu pela GP2 e pode estar cada vez mais perto do assento de Felipe na Williams.

A F1 volta no dia 7 de setembro, para a etapa de Monza, na Itália.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Até que pagam bem

Ricciardo ganha salário quase 30 vezes menor
que o de Vettel na Red Bull
(Da sucursal em Brasília-DF) - Fernando Alonso, Kimi Räikkönen e Sebastian Vettel recebem cada um 22 milhões de Euros por ano pelo emprego mais legal do mundo.

Sim, € 22 milhões, CADA UM!

Estes números foram publicados no livro Bussiness/ book GP2014, que faz um apanhado de estatísticas da Formula 1, com números que abrangem até dados econômicos.

Ao observar a lista, é engraçado perceber como os maiores investimentos vão para os bolsos dos pilotos que até a última corrida deste ano renderam menos pontos para as equipes em comparação aos companheiros de time.

A Ferrari paga o mesmo valor para seus dois pilotos, então não há como acusá-la de errar no investimento. Porém, no caso da Red Bull, por exemplo, o retorno dos pilotos da casa indica que a equipe dos vai precisar repensar o holerite de Daniel Ricciardo.

Sebastian Vettel, tetracampeão mundial de F1, recebe os mesmos € 22 milhões de Alonso e Kimi. Daniel Ricciardo, companheiro de Vettel, coloca na carteira minguados € 750 mil por ano.

Considerando até os resultados da última corrida, Ricciardo somou até agora 131 pontos na temporada, contra 88 de Vettel. Fazendo uma conta rápida, cada ponto conquistado por Ricciardo neste ano custou para a Red Bull  € 5.725 contra insanos € 250.000 por ponto marcado por Vettel na temporada.

Outro piloto que tem cartas na manga para pedir um aumento de salário é Valtteri Bottas, companheiro de Felipe Massa na Williams. Bottas vai ganhar em 2014 € 1 milhão, contra € 4 milhões embolsados por Felipe Massa.

Cada ponto de Bottas custou para os cofres da Williams € 10.526. Para marcar 40 pontos até agora na temporada, Felipe Massa recebeu € 100.000 por tento. Neste cálculo simplório, mas divertido, Massa custa 10 vezes mais que Bottas na equipe.

No pé da lista de salário, os dois pilotos da Caterham. Marcus Ericsson e Kamui Kobayashi ganham, por ano, € 150.000.

Abaixo a lista, com o cálculo de custo por ponto conquistado.

1. Fernando Alonso - Ferrari - €22m / € 191.304 por ponto marcado
= Kimi Raikkonen - Ferrari - €22m / € 814.814 por ponto marcado
= Sebastian Vettel - Red Bull Racing - €22m / € 250.000 por ponto marcado
4. Lewis Hamilton - Mercedes - €20m / € 104.712
5. Jenson Button - McLaren-Mercedes - €16m / € 266.666 por ponto marcado
6. Nico Rosberg - Mercedes - €12m / € 59.405
7. Felipe Massa - Williams - €4m / € 100.000 por ponto marcado
= Nico Hulkenberg - Force India F1 - €4m / € 57.971 por ponto marcado
9. Romain Grosjean - Lotus F1 Team - €3m / € 375.000
= Pastor Maldonado - Lotus F1 Team - €3m - não marcou pontos ainda
= Sergio Perez - Force India F1 - €3m / € 103.448 por ponto marcado
12. Adrian Sutil  - Sauber - €2m - não marcou pontos ainda
13. Kevin Magnuseen - McLaren-Mercedes - €1m / € 27.027 por ponto marcado
= Valtteri Bottas - Williams - €1m / € 10.526 por ponto marcado
15. Daniel Ricciardo - Red Bull Racing - €750,000 / € 5.725 por ponto marcado
= Jean-Eric Vergne - Scuderia Toro Rosso - €750,000 / € 68.181 por ponto marcado
17. Jules Bianchi - Marussia - €500,000 / € 250.000 por ponto marcado
18. Esteban Gutierrez - Sauber - €400,000 - não marcou pontos ainda
19. Daniil Kvyat - Scuderia Toro Rosso - €250,000 / € 41.666 por ponto marcado
20. Max Chilton - Marussia - €200,000 - não marcou pontos ainda
21. Marcus Ericsson - Caterham F1 - €150,000 - não marcou pontos ainda
= Kamui Kobayshi - Caterham F1 - €150,000 - não marcou pontos ainda

Antes de qualquer mimimi, é óbvio que o salário de um piloto não pode ser mensurado somente pelo número de pontos marcados em um ano.

Vettel, apesar da temporada aquém do esperado, tem um saldo de quatro campeonatos mundiais com a Red Bull. Alonso e Kimi tem experiência de sobra e são fundamentais para o desenvolvimento dos carros da Ferrari e Massa tem bagagem suficiente para ser considerado um dos responsáveis pela forte evolução da Williams.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Globo, Formula 1 e angu de caroço

Bernie Ecclestone desmentiu a notícia de que
a Globo pularia fora da F1 em 2015
(Da sucursal em Brasília-DF) – A Rede Globo convocou o chefão da Formula 1, Bernie Ecclestone, para desmentir notícia publicada pela revista Quatro Rodas na última terça-feira que afirmava que a emissora não transmitiria a F1 em 2015. Segundo as informações, o canal SporTV seria  responsável pelas transmissões a partir do ano que vem, encerrando uma era de 44 anos de Formula 1 na Globo.

Aqui no blog, publiquei este post aqui sobre essa história toda.

Na edição de hoje do Globo Esporte, Ecclestone afirmou que a categoria continuará ao vivo pela Rede Globo e desmentiu a matéria do jornalista de Quatro Rodas, derrubando a credibilidade da fonte do texto, afirmando que Carlos Miguel Aidar não tem relações com a Formula One Management (FOM), empresa que detêm os direitos da F1.

 A própria fonte da matéria, que pelo que percebi parece ter falado demais, voltou atrás no que já havia dito. Carlos Miguel Aidar que é presidente do São Paulo Futebol Clube e que, segundo o texto de Quatro Rodas, seria advogado da FOM no Brasil, colocou em cheque a credibilidade do confiável jornalista de Quatro Rodas, Marcos Sérgio Silva.

 “Não sou advogado desta empresa (FOM). Não sei nem que empresa é essa. Se a matéria saiu assim, está completamente equivocada”, rebateu um defensivo Aldair.

Marcos Sérgio Silva atualizou faz menos de uma hora a matéria no site da Quatro Rodas, com o seguinte texto:

“As informações foram dadas por Carlos Miguel Aidar na segunda-feira, dia 4 de agosto, em almoço realizado no Edifício da Editora Abril, entre as 13h e 15h. Participaram um jornalista da PLACAR, Marcos Sergio Silva, que assina a notícia, e outros dois da revista VEJA. Em nenhum momento Aidar disse que tratava-se de um comentário ou que fossem informações que não poderiam ser divulgadas. O erro foi afirmar que Aidar é advogado da FOM; na verdade, ele é membro do conselho consultivo do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, do qual a Globo faz parte. O jornalista mantém as informações publicadas.”  (atualizado em 7/8, às 13:35)

Nesta atualização, Silva expõe o momento quando Aldair disse que a F1 não seria mais transmitida pela Globo e ainda deixou claro que tem duas testemunhas das afirmações de Aldair e não recua no texto publicado no dia 5, afirmando que mantém as informações publicadas como estavam, sem nenhuma retificação.

A Globo tem contrato com a FOM para transmissão da F1 até 2020, mas que neste angu tem caroço, tem sim.

Vamos aguardar.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

F1 em 2015 só no SporTV


(Da sucursal em Brasília-DF) -
Conversas de bastidores indicam que depois de 44 anos transmitindo a Formula 1 ao vivo, a TV Globo não mais o fará em 2015.

Essa informação explodiu ontem em matéria do Marcos Sérgio Silva, da Quatro Rodas.

Infelizmente essa história vinha desenhando-se já fazia algum tempo. Desde a morte de Ayrton Senna, os brasileiros desesperados por heróis ficaram sem referências do tipo na F1. Estes órfãos tentaram depositar sua idolatria em Barrichello e em Massa, mas sem o retorno esperado, migraram para outros esportes.

E foram seguindo o padrão Globo de construção de ídolos temporários: passaram pelo vôlei, choraram por Guga no tênis, vestiram o uniforme da CBF nas Copas do Mundo, voltaram para F1 quando Massa quase foi campeão em 2008 e, de uns tempos para cá, abraçaram a pancadaria do MMA como o novo esporte do coração do brasileiro.

Nesse vai e vem de amores esportivos, a F1 acabou tornando-se progama para um nicho que, como eu, acorda de madrugada para assistir as corridas e está cagando e andando para se tem ou não um brasileiro correndo entre os primeiros. 

Acontece que pessoas que gostam com essa intensidade de automobilismo talvez não rendam audiência suficiente para sustentar uma hora e meia de transmissão em um domingo de manhã e imagino que por isso a Globo vá ceder o contrato de transmissão que tem para o canal esportivo do grupo na TV paga, o SporTV.

O primeiro passo para essa movimentação já foi dado no GP da Alemanha, em julho, quando a TV Globo decidiu-se por não transmitir toda a classificação de sábado, preferindo deixar no ar durante os Q1 e Q2 a TV Globinho.

Sim, é isso mesmo. Colocaram um programinha infantil de desenhos animados no lugar do treino da F1.

Desde então, quem quiser assistir ao treino completo, só o SporTV transmite.

Se essa história confirmar-se, o SporTV terá a oportunidade de cobrir a F1 com a competência que a Rede Globo abandonou faz tempo.

Espero ver, por exemplo, as entrevistas pós-corrida que a Globo sempre corta. E, quem sabe, um programa com especialistas em automobilismo discutindo a corrida, como acontece depois das rodadas do Brasileirão nas tvs pagas.

Será uma pena, uma facada a mais no automobilismo brasileiro que vem sangrando faz tempo por culpa da má gestão da Confederação Brasileira de Automobilismo, a CBA.

E talvez com uma nova safra de pilotos que possa surgir por aí, encabeçados por Felipe Nasr, Pietro Fittipaldi e mais alguns jovens talentos, a Formula 1 volte a ser paixão nacional e ocupe novamente as manhãs de domingo da vida dos brasileiros.

domingo, 27 de julho de 2014

Hungria - Ricciardo vence, Hamilton sai de último para 3º e Massa acaba em 5º

Ricciardo venceu pela 2ª vez na carreira.
Foto: Laszlo Balogh
(Da sucursal em Samambaia-DF) - Na largada de hoje, no GP da Hungria, Massa sentiu os efeitos
negativos da pressão depois de abandonar duas corridas na primeira volta.

O brasileiro largou em 6º, teve oportunidade de lutar pelo 4º lugar, mas recuou e terminou a primeira volta em 8º. Más recordações povoaram a mente de Felipe, com certeza.

E, para deixar tudo mais tenso para Massa, a largada foi com pista molhada em Hungaroring.

Apesar do cenário negativo, a primeira volta foi tranquila. Aliás, teve uma exceção: Hamilton, que largou dos boxes por culpa do incêndio no carro na classificação, ontem, exagerou na vontade e rodou forte, quase batendo.

Mas, algumas voltas depois, no 8º giro, o inglês já estava ultrapassando Kimi Räikkönen, assumindo a 13ª posição.

Como é que esse cara faz isso?

É o tal do espírito de campeão.

Ericsson destruiu a Caterham em um forte acidente.
Foto: BBC/AP
Na volta 9, Matias Ericsson perdeu o controle da Caterham lutando para fugir da última posição e bateu muito forte, entrando de frente na barreira de pneus.

Uma cacetada assustadora. Ericsson demorou muito para sair do carro, denunciando a força da pancada.

O safety-car entrou na pista e, imediatamente, todos os carros foram para os pits.

Com a confusão nos boxes, Ricciardo, Button e Massa se deram bem, passando a ocupar as três primeiras posições.

Rosberg, que liderava até aquele momento, caiu para quarto e, para piorar a situação, a TV mostrava fumaça saindo da roda traseira esquerda da Mercedes.

Quando o safety-car voltaria aos boxes, Romain Grosjean cometeu um bela barbeirada e bateu tentando aquecer os pneus. Nessa, o carro de segurança ficou na pista até a volta 14.

Na relargada, Button que estava de pneus intermediários, pulou na frente de Ricciardo e Massa sustentou-se em 3º.

A alegria de Button durou só duas voltas. Na 15, Button foi obrigado a trocar os pneus para os de pista seca.

Massa, agora em segundo, fazia a melhor volta da corrida.

Na confusão, da 4º a 10º posições, os pilotos que antes eram líderes se engalfinhavam na tentativa de recuperarem-se. No meio dessa confusão, em 7º, Hamilton lutava com Vettel pelo 6º lugar.

Sim, meu broder, pelo 6º! O cara estava com sangue nos olhos. Rosberg, que havia largado na pole, era o 5º naquele momento, na volta 19.

Os líderes eram, na 19, Ricciardo, Massa e Alonso.

Pérez bateu forte na reta dos boxes. Foto: BBC/Getty Images
Por várias voltas, Vettel e Hamilton brigaram forte pelo 6º lugar. Briga linda, digna de campeões mundiais.

E, na volta 23, Pérez evoca o retorno do safety-car. Entrou forte na reta dos boxes, destracionou e bateu na reta. Dizem informantes no circuito que tem mecânico correndo até agora para fugir dos pedaços da Force India, que acertou em cheio o muro onde ficam as equipe.

A porrada foi feia, mas o mexicano saiu sozinho do carro. Péssimo presente de renovação de contrato para o Checo, como os mexicanos chamam o garoto.

Aproveitando a entrada do carro de segurança, alguns carros fizeram mais uma parada nos boxes. Ricciardo, Massa e Bottas foram alguns dos que pararam.

Ricciardo voltou de pneus macios. Bottas e Massa, de duros. Mudança de estratégia da Williams, que tentaria ali, ir até levar seus carros até o final com uma parada a menos nos boxes.

No giro 25, a classificação era Alonso, Roseberg, Vettel, Hamilton, Ricciardo, Massa...
...paradinha para dar uma olhada no Theo. Das voltas 25 até a 33, só deu Theo.

Quando voltei, já vi Vettel rodando na reta, no mesmo ponto que onde Pérez bateu forte. Sorte maior para o piloto da Red Bull, que só esbarrou no muro e conseguiu voltar para a corrida.

E Hamilton? Na volta 34 ele já era o segundo.

SIM, SEGUNDO! Fez uma corajosa ultrapassagem sobre Ricciardo e começou ali uma forte perseguição ao líder, Alonso.

Ele, que estava muito puto com a Mercedes, chegando a insinuar que a equipe estava, de alguma forma, favorecendo Rosberg, estava fazendo a parte dele com extrema competência. Se a Mercedes tem intenção de favorecer a Rosberg, Hamilton deixa claro que é tão rápido quanto o colega de time.

Com as paradas, Massa era 4º na volta 37.

Na 38, o engenheiro de Hamilton bradava no rádio:

“One more lap, one more lap!”

Hamilton, sentindo-se num bom momento, pediu para ficar mais duas voltas na pista.

Quem parou na volta 39 foi Alonso, que deixou a liderança e voltou em 5º.

Naquele momento o líder era Hamilton. De último, largando dos boxes, a líder em 40 voltas.
Theo dormiu na 55.

Na volta 40 o inglês parou nos boxes. Perdeu algum tempo com um erro na equipe e voltou em 5º.

Colocando o grid em ordem, Ricciardo liderava, seguido por Massa, Räikkönen (daonde ele veio?), Alonso, Hamilton, Rosberg, Bottas, Maldonado, Vettel e Vergne, fechando os 10 primeiros na volta 41.

Mais uma pausa minha. Theo resistia bravamente contra o sono, que tentava derrubá-lo já tinha mais de uma hora. Na volta 55, Theo dormiu.

Entre a 41 e a 55, fiquei ouvindo de longe a corrida. Massa parou, voltou na 6ª posição, logo atrás de Bottas.

Na 51, Rosberg começou a reclamar de Hamilton no rádio, pedindo que o inglês o deixasse passar. Hamilton não deixou e o clima dentro da Mercedes está cada vez mais tenso.

Vamos lá, volta 59. Uma fila, com Bottas em 4º, seguido de muito perto por Massa, Räikkönen e Rosberg, que fez mais uma parada e vinha voando baixo, estava colado na nuca de Räikkönen.

Na volta 60, Rosberg superou Räikkonen, na 61, Massa.

O alvo de Rosberg era Ricciardo, o 3º, que estava somente a 0s6 de distância do líder, Alonso. No meio desse sanduíche, Hamilton.

Faltando sete voltas para o fim, na 63, Alonso deixou claro que não tinha mais pneus. Perdeu o carro na curva 6, com jeito de quem não tem mais aderência.

Faltando 3 voltas para o fim, os 3 primeiros cabiam
na mesma fotografia. Foto: Lars Baron/Getty Images
Em 4º, Nico Rosberg tentava fazer um milagre. Na volta 65, tirou 2s7 de Ricciardo. Tinha cinco voltas para alcançar o pelotão do pódio.

Na 67, em uma manobra linda, Ricciardo botou por fora na curva 1, manteve-se lado a lado na 2 e, na 3, levou o segundo lugar de Hamilton. Começava ali a perseguir Alonso, o líder, que tinha que se sustentar ali por apenas três voltas para vencer.

Mas, na passagem seguinte pela reta dos boxes, Ricciardo ENGOLIU Alonso e tomou a ponta. Deixou para trás Alonso e Hamilton, para matarem-se pelo segundo posto.

Rosberg, que vinha em 4º, já apareceu na penúltima volta na mesma imagem na tela. Os dois pilotos da Mercedes se encontrariam na última volta, lutando pelo pódio.

Última volta, Alonso, Hamilton e Rosberg separados por 0s7. Na curva 3, Rosberg já tomou um chega pra lá de Hamilton, mas apesar da pressão, não conseguiu subir ao pódio.

Ricciardo levou, com Alonso em 2º, Hamilton em 3º, Rosberg em 4º, Massa em 5º, Räikkönen em 6º, Vettel em 7º com Bottas grudado em 8º.

Foi a segunda vitória de Ricciardo no ano, o único piloto que conseguiu impor-se diante aos resultados absolutos da Mercedes, revezando Rosberg e Hamilton no pódio.

Na luta pelo título de pilotos, Hamilton tirou três pontos da vantagem que Rosberg tinha. O alemão ainda é líder, com 202 pontos, contra 191 do colega inglês de Mercedes.

Massa marcou preciosos 10 pontos e foi a 40. Bottas ainda tem uma vantagem consistente sobre Felipe, com 95 pontos marcados, mas ainda há tempo para Massa recuperar-se nas próximas 8 etapas.

A Formula 1 tira férias de um mês e volta em 24 de agosto, em Spa-Francorchamps, na Bélgica.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

63 anos depois

(Da sucursal em Brasília-DF) - É assustadora a diferença.

No mesmo vídeo, um pitstop nas 500 Milhas de Indianápolis de 1950, no outro uma parada nos boxes da Ferrari, em 2013.

A evolução da tecnologia e a profissionalização dos times é gritante. Em 1950, a troca de duas rodas e pneus e o reabastecimento demoraram 1m16s.

Na parada da Ferrari, em exatos 3 segundos a equipe trocou os quatro pneus do carro de Fernando Alonso no GP da Austrália, em Melbourne.



Para deixar a disputa um pouco mais justa, procurei um vídeo de uma parada da F1 moderna, de quando o reabastecimento nas paradas acontecia. Kimi Räikkönen precisou de 8 segundos para parar, trocar os quatro pneus e reabastecer a Ferrari, na Malásia em 2008.




Para fechar, uma compilação muito bacana de paradas nos boxes de 1950 até 2014. Vale a pena assistir!



A dica foi do meu amigo jornalista e também blogueiro, Jorge Eduardo.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Alemanha - Massa fora na primeira volta e Rosberg ainda mais líder

(Da sucursal em Brasília-DF) - A manhã de domingo foi movimentada e acabei não assistindo toda a corrida em Hockenheim, na Alemanha . Vi flashes, mas pelo que deu para pegar, foi uma corridassa.

A largada eu vi, e puta merda, que diabos foi aquilo!? Muitos disseram que Felipe Massa não teve culpa, mas eu acho o contrário: Felipe fez a tangência da curva como se a McLaren de Magnussen não estivesse ali.

Massa culpou Magnussen pelo acidente, dizendo que o dinamarquês deveria ter freado, uma vez que estava atrás dele na tomada da curva.

Como não enxerguei essa vantagem de Massa, separei um quadro a quadro do choque.

No primeiro frame, fica fácil perceber que na tomada da curva Magnussen e Massa estavam lado a lado. Massa vinha da extrema esquerda da pista e tentou posicionar-se à frente da McLaren, que naquele momento tinha clara preferência em contornar a curva por dentro.


Na sequência, Massa manteve o trajeto e pressionou Magnussen contra a tangência da curva. Felipe não deixou espaço para a McLaren contornar, apesar de ter tido ainda naquele momento bastante pista à esquerda para evitar o toque.


Neste ponto, o óbvio aconteceu. Espremido na parte de dentro do traçado, Magnussen foi tocado por Massa. Para azar do brasileiro, o toque aconteceu roda com roda, na banda de rodagem. Massa foi catapultado e viu o mundo de cabeça para baixo.


Não me restam dúvidas de que Massa precipitou-se e de que não deixou espaço para Magnussen. Esperar que o piloto da McLaren freasse foi inocente por parte de Felipe. Magnussen vinha melhor posicionado e tinha clara preferência na tomada por dentro.

Senna fazia como Magnussen fez. Nunca abria a porta para ninguém e era conhecido por todos os pilotos do grid por ser tinhoso assim.

E nós, brasileiros, adorávamos essa postura de Senna na pista. Magnussen ontem foi tão sagaz quanto Senna era e Massa talvez não tenha acreditado que o jovem da McLaren fosse manter-se ali. 

O resultado do toque entre os dois carros foi a capotagem de Massa. A foto do acidente circulou mundo afora, com Massa assistindo as faíscas saindo de seu carro raspando a carenagem no asfalto.

Massa de cabeça para baixo. Foto: Euronews
A FIA optou por não indicar culpados pelo acidente e não puniu a nenhum dos dois pilotos. Ok, podem ter considerado como toque normal de corrida, mas ainda acredito que se Massa quisesse, teria evitado o choque. Abaixo, o vídeo da cacetada.



Para Felipe é a quarta prova sem chegar ao final, sendo que nas últimas duas a corrida acabou na primeira volta.

Acho que Massa está nervoso, tenso com a força que Valtteri Bottas, seu companheiro na Williams, está demonstrando. Bottas veio ganhando espaço aos poucos e, agora, é claramente o cara da equipe. Já é responsável por 91 dos 121 pontos somados pela Williams no Mundial de Construtores e subiu ao pódio nas últimas três provas, com um show de pilotagem na Inglaterra, quando partiu de 14º e chegou em 2º. 

O bom desempenho de Bottas fez ontem a Williams subir para o 3º lugar no Mundial de Construtores, deixando a Ferrari para trás. Sim, isso significa muita coisa, especialmente para uma equipe tradicional na F1, que viveu anos no ostracismo e que finalmente consegue voltar ao hall das grandes.

Ontem, no perfil de Massa no Instagram, o piloto publicou a foto acima recortada e soltou a frase:

"Não desejo isso que passei hoje à ninguém , mas não vou deixar a peteca cair nunca !! Vou levantar a cabeça e continuar fazendo o meu melhor , tudo vai voltar ao normal e os resultados irão aparecer, Deus sabe e quer isso !! Obrigado meu Deus por toda proteção sempre!"

Felipe agora precisa se acalmar, colocar a cabeça no lugar e tentar recuperar-se. Massa precisa de um bom fim de semana, um pódio, uma vitória, quem sabe, para reencontrar-se como o bom piloto que é, como aquele sujeito que brigou até a última volta em 2008 pelo título mundial contra Lewis Hamilton e contra até a própria equipe.

No mais, pelo que consegui ver da corrida, Nico Rosberg dominou com tranquilidade e venceu sem muitos problemas. Aumentou a distância de pontos no mundial de pilotos para 14, mas viu um Lewis Hamilton sagaz pelo título.

Hamilton largou em 15º, culpa de um disco de freio quebrado no começo da qualificação no sábado, mas recuperou-se e passou na bandeirada final em 3º, no pódio. Rosberg não pode vacilar, porque Hamilton está deixando muito claro que quer muito este título de 2014.

A próxima etapa da F1 acontece no domingo (27/7) que vem, na Hungria.

Com os resultados de ontem, o Mundial de Pilotos fica assim:

Posição
Piloto
Equipe
Pontos
1
Nico Rosberg
Mercedes
190
2
Lewis Hamilton
Mercedes
176
3
Daniel Ricciardo
Red Bull Racing-Renault
106
4
Fernando Alonso
Ferrari
97
5
Valtteri Bottas
Williams-Mercedes
91
6
Sebastian Vettel
Red Bull Racing-Renault
82
7
Nico Hulkenberg
Force India-Mercedes
69
8
Jenson Button
McLaren-Mercedes
59
9
Kevin Magnussen
McLaren-Mercedes
37
10
Felipe Massa
Williams-Mercedes
30
11
Sergio Perez
Force India-Mercedes
29
12
Kimi Räikkönen
Ferrari
19
13
Jean-Eric Vergne
STR-Renault
9
14
Romain Grosjean
Lotus-Renault
8
15
Daniil Kvyat
STR-Renault
6
16
Jules Bianchi
Marussia-Ferrari
2
17
Adrian Sutil
Sauber-Ferrari
0
18
Marcus Ericsson
Caterham-Renault
0
19
Pastor Maldonado
Lotus-Renault
0
20
Esteban Gutierrez
Sauber-Ferrari
0
21
Max Chilton
Marussia-Ferrari
0
22
Kamui Kobayashi
Caterham-Renault
0

E o Mundial de Construtores:

Posição
Equipe
Pontos
1
Mercedes
366
2
Red Bull Racing-Renault
188
3
Williams-Mercedes
121
4
Ferrari
116
5
Force India-Mercedes
98
6
McLaren-Mercedes
96
7
STR-Renault
15
8
Lotus-Renault
8
9
Marussia-Ferrari
2
10
Sauber-Ferrari
0
11
Caterham-Renault
0

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Massa, o campeão moral de 2008

Massa emocionado no pódio
do GP do Brasil de 2008. Foto: AP
(Da sucursal em Brasília-DF) - Minha mulher me mostrou um excelente vídeo, montado pela ESPN americana, com um resumão da Copa do Mundo.

Sou fã dessas edições e me lembrei do vídeo oficial produzido pela F1 depois da última etapa do mundial de 2008, em Interlagos.

Naquele 2 de novembro, Felipe Massa disputou bravamente o título de campeão contra Lewis Hamilton.

Com toda a torcida de pé, Massa venceu a prova e por alguns segundos comemorou como campeão mundial. Hamilton, na penúltima curva da prova, passou Timo Glock, da Toyota, e chegou em quarto, desbancando Felipe como campeão por apenas um ponto.

O vídeo é emocionante, com a comemoração da Ferrari seguida da frustração pela derrota. É fantástico ver a postura de Felipe Massa no alto do pódio, comemorando a vitória e a perda honrada de um mundial que seria dele caso a Ferrari não tivesse errado tanto naquele ano.

Aperte o play e tente não se emocionar, especialmente aos 2m30s, quando o mecânico da Ferrari, puto pela derrota de Massa nos últimos metros e destrói uma das placas da equipe, dando um puta susto no pai de Felipe, Titônio Massa.

Esses vídeos são uma aula de edição.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Canadá - Mercedes não venceu e Massa bateu forte

Na foto, Vettel dá um banho em Ricciardo. No mundial
de pilotos, é Ricciardo quem dá um banho em Vettel.
Foto: Stan Honda/AFP 
(Da sucursal em Brasília-DF) - Devido ao alto teor de adrenalina das últimas cinco voltas do GP do Canadá, faço este post em ordem inversa.

Começo pelo pódio.

Daniel Ricciardo, da Red Bull, ultrapassou Nico Rosberg na penúltima volta da corrida e venceu o GP. Foi a primeira vitória de Ricciardo na categoria e aconteceu em um momento muito especial. A Mercedes, com Nico e Lewis, tinha ganhado todas as corridas até ontem e a vitória do sorridente australiano pode mexer na luta pelo mundial.

Ficou clara ontem a evolução dos carros da Red Bull e foi para o chão o mito de invencibilidade que a Mercedes já estava conseguindo emplacar depois de vencerem as seis primeiras provas do campeonato.

Com a vitória, Ricciardo consolidou-se no terceiro lugar do campeonato de pilotos, abrindo dez pontos de vantagem para Fernando Alonso e 19 para o tetracampeão e companheiro de Ricciardo na Red Bull, Sebastian Vettel.

Vettel que passou por um belo cagaço e quase foi vítima do acidente na última volta, que tirou Felipe Massa e Sergio Pérez da corrida.

Dez voltas antes do fim da prova Massa vinha rápido, com pneus novos. Lá na frente, a Mercedes de Rosberg estava com problemas no sistema de recuperação de energia, o MGU-K, que tirava do alemão 160 cavalos por volta. O ritmo mais lento de Rosberg fez o pelotão dos líderes embolar bastante e facilitou a chegada de Massa em Vettel, que estava em 4º.

A distância entre Rosberg que era o líder e Massa, em 5º, chegou a espremidos 1,6s.

O problema foi que Massa ficou cozinhando pamonha atrás de Vettel. Demonstrava vontade de atacar, porém não partia para cima com ímpeto para definir a situação. Enquanto isso Ricciardo ultrapassou Pérez, foi a segundo e deixou o mexicano em terceiro.

Vettel, que não é besta, pulou no pescoço de Pérez e tomou o terceiro lugar no começo da penúltima volta. Massa, que tinha chances de vencer há dez voltas do final, percebeu que a oportunidade da vitória tinha ido para o saco. Sobrou a ele ultrapassar o mexicano e somar mais alguns pontos na luta interna na Williams contra Valteri Bottas.

E aí veio a última volta.
Massa tinha espaço à esquerda. Vettel não
foi atropelado por Felipe por alguns centímetros.

Massa, cheio de vontade e com prazo curto para superar Pérez, cacetou a traseira do mexicano na tomada da curva um, no momento em que abriu para fazer a ultrapassagem.

Foi uma porrada servida.

A telemetria indicou 27g de desaceleração no impacto dos carros. Foi uma pancada considerável e os dois foram parar no centro médico para avaliações.

Antes de acertar o muro, Pérez passou por trás e Massa pela frente de Vettel, que deve ter se borrado todo quando viu a cena da pancada pelo retrovisor.

O que eu achei do acidente?

Pérez abriu um pouco além do necessário na tomada da curva e Massa confiou que Pérez não se movimentaria nem um milimetro além do traçado normal. Massa poderia ter corrido menos riscos e feito a tomada da curva mais aberta, mais distante do carro de Pérez. Poderia ter sido menos afobado e ter tido um pouquinho mais de cuidado, já que estava bem mais rápido.

O carro de Massa ficou destruído e a violência do
impacto assustou. Foto: AP
A FIA entendeu que o erro foi do mexicano. Se for para encontrar um culpado, de fato Pérez errou. O comunicado da direção de prova informou que "o carro 11 (Pérez) mudou sua linha de direção, o que causou o impacto com o carro 19 (Massa) na curva 1."

Pérez foi punido com a perda de cinco posições no grid de largada do próximo GP, na Áustria, daqui duas semanas.

No mais, a corrida de Felipe foi muito boa. Não fosse o erro da Williams na parada para troca de pneus, o brasileiro poderia ter de fato lutado pelo pódio. Ou pela vitória.

Para compensar o mau resultado, Massa pode vangloriar-se de ter conseguido a proeza de ser o primeiro piloto além da dupla da Mercedes a liderar um GP neste campeonato. Aconteceu na volta 46, quando Hamilton parou nos boxes.

Hamilton assistiu dos boxes a boa
corrida de Nico Rosberg. Foto: Max Rossi/Reuters
Hamilton que abandonou pela segunda vez nesta temporada, na volta 47, por problemas nos freios. Da garagem, assistiu a Nico Rosberg chegar em 2º e marcar preciosos 18 pontos.

Com este resultado, Rosberg se isolou na liderança do mundial com 140 pontos, abrindo 22 de vantagem frente a Hamilton. É muita coisa em um campeonato tão disputado.

No mais, ficou o destaque para a largada de Nico Rosberg, que se impôs sobre Hamilton e obrigou o
colega de Mercedes a passear na grama. A manobra de Hamilton evitou o choque com Nico, porém permitiu a Vettel, que não perde oportunidades, a superar o inglês e assumir o segundo lugar.

Lá no fundo do grid, na confusão da primeira volta, Max Chilton entrou forte demais na curva três, escorregou e acertou Jules Bianchi, companheiro de equipe dele na Marussia. A cacetada foi tão forte que o carro de Bianchi voou no muro e perdeu o eixo traseiro.

Chilton jogou fora com esse acidente a chance de quebrar o recorde de Nick Heildfeld, que completou 41 corridas consecutivas. Chilton abandonou a disputa pelo recorde com o número de 25 provas completadas em sequência. De qualquer forma, o inglês detêm o recorde de novato que mais completou provas em sequência em uma mesma temporada (19), e de estreante que terminou mais corridas consecutivas (25).

A F1 volta em 22 de junho, em Spielberg, na Áustria.

No frigir dos ovos, tenho só uma observação: a Mercedes, mesmo com o tal do MGU-K quebrado, ainda era competitiva e colocou Nico no pódio. O carro dos alemães está realmente foda.

Um Belcar em Samambaia

Esse eu vi ontem pela manhã, perto de casa, em Samambaia. O lindo DKW-Vemag Belcar estava estacionado na porta de um comércio, com a escr...