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Bélgica - Já era o clima na Mercedes. Ricciardo vence, Massa foi 13º

O toque de Rosberg em Hamilton que tirou do inglês
chances de pontuar. Foto: EFE
(Da sucursal em Brasília-DF) - Já era o clima na Mercedes.

Na segunda volta do GP da Bélgica, no mítico circuito de Spa-Francorchamps, Nico Rosberg não poupou o companheiro de equipe, Lewis Hamilton, e tocou o bico de sua Mercedes na roda traseira direita do carro de Hamilton, que aproveitou-se de uma boa largada e ultrapassou Rosberg, o pole-position.

Como resultado, o pneu do carro de Hamilton rasgou-se e o inglês foi obrigado a arrastar-se pelos sete quilômetros de Spa sem um dos pneus. Naquele momento, já era a corrida de Hamilton.

Sortudo, Rosberg consegui manter-se na prova sem precisar parar para a troca do bico danificado. Não quero nem imaginar o bate-boca no motorhome da Mercedes depois da corrida. Com certeza Hamilton está muito puto e provavelmente as declarações do piloto serão fortes. Vamos esperar que provavelmente até o fim do dia ele já terá dito alguma coisa sobre o toque.

Massa, que largou em 9º, foi perdendo posições, rapidamente caindo para o 11º lugar.

Tudo isso eu escutei pelo rádio. Aliás, acho F1 narrada no rádio muito bacana.

Quando cheguei em casa, Hamilton já estava lá atrás no grid depois da parada para trocar o pneu furado. Rosberg, que parou na volta oito para trocar pneus e o bico quebrado já lutava para recuperar as posições perdidas e Massa ainda estava em um péssimo começo de prova.

E aí a TV cortou para um daqueles momentos bizarros que as vezes dão as caras: um treco com um fio ficou preso em uma das antenas na carenagem do bico da Mercedes de Rosberg. Ficou aquilo balançando, esfregando na viseira do alemão que até tentou arrancar o fio, mas não conseguiu e desistiu. A TV não mostrou como aquilo saiu dali, mas estava visivelmente atrapalhando a tocada de Rosberg.

Na volta 10, Felipe Massa parou nos boxes. Voltou tão lento quanto entrou e na volta 16 era o 13º. Enquanto isso, Bottas era o 5º, acompanhando de perto a briga entre Vettel e Rosberg.

Tão de perto que na volta 17 Bottas aproveitou uma tentativa frustrada de ultrapassagem de Rosberg sobre Vettel e ultrapassou Rosberg.

Na volta 17, Ricciardo era o líder com quase 6 segundos de vantagem para Raikkonen, seguido por Vettel, Bottas, Rosberg, Magnussen, Alonso, Button, Pérez, Kvyat, Hulkenberg e, em 12º, Felipe Massa.

Tentando recuperar-se do prejuízo do toque com Rosberg no começo da corrida, Hamilton mofava em 18º, 74 segundos atrás do líder.

Com 20 voltas, Rosberg foi aos boxes para a segunda parada para troca de pneus. Voltou em 10º. Lá atrás, Hamilton já sugeria ao engenheiro abandonar a corrida. Recolher o carro naquele momento significava poupar motor para a próxima prova.

“Box, box, box”. Na 22, o engenheiro de Vettel chamou o piloto para sua segunda parada. Voltou bem, em 8º. Naquele momento, Ricciardo ainda liderava, com Bottas em 2º, seguido de Magnussen, Alonso e Button, todos estes com apenas uma parada.

Com duas paradas e pneus novos, Rosberg recuperava as posições perdidas na parada da volta 20 e, na 25, já era o 4º. Na Kemmel, com asa aberta, o alemão superou Alonso e já foi para o 3º posto.

À frente de Rosberg, Bottas e Ricciardo com apenas uma parada. Na volta 28 Ricciardo parou e voltou com 5 segundos de vantagem para Rosberg.

Na volta 28, Bottas era foi o líder. Massa era o 14º.

Nos bastidores da Williams, noticiou-se que um pedaço de kevlar estava preso sob o carro de Massa. O repórter da TV Globo deixou no ar que aquele era o motivo do desempenho muito ruim de Massa. O brasileiro realmente começou a rodar um pouco melhor depois da segunda parada, mas nada de excepcional.

Faltando 14 voltas para o fim, Rosberg era o segundo e Hamilton o 16º. Pelo rádio, o engenheiro do alemão lembrou a ele que o segundo lugar poderia ser uma posição bacana de chegada.

Com Hamilton em 16º, Rosberg abriria 29 pontos de vantagem para Hamilton. Grande negócio.
Para o orgulho dos mecânicos da Williams, na 31 Bottas superou Sebastian Vettel em uma bela manobra.

Naquele momento em 4º, Bottas fazia grande corrida.

É um pilotasso o companheiro de Massa.

Movimento nos boxes na volta 35. Grosjean, que vinha fazendo uma prova pífia, abandonou. Rosberg e Vettel foram aos boxes e colocaram pneus macios para um tudo ou nada, em uma tentativa de vitória.

Saiu próximo de Bottas, que não perdoou e superou Rosberg, obrigando o alemão a ultrapassar o piloto da Williams antes do fim da volta.

Com a faca nos dentes, Rosberg subiu a Eau Rouge grudado em Kimi Raikkonen e engoliu a Ferrari no começo da reta Kemmel.

Naquele momento, Rosberg tinha oito voltas para tirar 19 segundos de Ricciardo. Na primeira volta de pneus novos, já foi três segundos mas rápido que a Red Bull.

Lá atrás, Massa em 13º tentava atingir ao menos a zona de pontuação. Tarefa difícil.

Hamilton, de saco cheio de guiar no fim d o grid, mais uma vez implorou no rádio para abandonar. Não fazia sentido algum continuar gastando motor para nenhum resultado.

Lá na frente, a distância de Ricciardo para Rosberg já era de 16,7s, faltando 5 voltas para o final.

Bottas, tocando forte, pressionava Räikkönen pelo 3º lugar. A briga dos finlandeses durou mais duas voltas, quando o novato conseguiu superar o campeão mundial da Ferrari.

Finalmente, na volta 39, a Mercedes autorizou Hamilton a abandonar a prova e recolheu o carro do chateado inglês aos boxes.

O preço da batida entre ele e Rosberg recaiu só sobre o bolso de Hamilton.

Reafirmando a ótima temporada de Bottas, o piloto da Williams superou Raikkonen na Kammel. Naquele momento era o 3º, pronto para subir mais uma vez ao pódio neste ano.

Massa, lá atrás, ainda era 13º.

Entre os 5º e o 8º lugares, o pau comia,

Magussen, Alonso, Button e Vettel engalfinhavam-se na expectativa de um melhor resultado de chegada. No final da Kammel, os dois carros da McLaren + Alonso tentavam encontrar espaço para caberem na pista. Estavam os três um ao lado do outro, com Vettel logo atrás esperando para dar um bote.

Linda disputa com muita coragem de Magnussen, que botou Alonso na grama.

Lá na frente, Rosberg já estava a apenas 5 segundos de Ricciardo. Duas voltas para o fim.

De tirar o fôlego, Magnussen x Alonso x Vettel fez a torcida ficar de pé. Linda briga, com toques, fechadas e manobras de tirar o fôlego. Dava para sentir a emoção dos pilotos em uma tocada extremamente agressiva.

A briga era tão deliciosa de se ver que a TV esqueceu-se de Ricciardo!

Quase perderem a bandeirada para o australiano, que venceu pela terceira vez no ano.

Acabou assim, a bagaça: Ricciardo, Rosberg, Bottas, Raikkonen, Vettel, Magnussen, Button, Alonso, Pérez, Kvyat, Hulkenberg, Vergne, Massa, Sutil, Gutiérrez, Ericsson, Hamilton, Grosjean, Maldonado e, em último, o estreante da Marussia, Lotterer.

Terceira vitória da ano para Ricciardo. Foto: Getty Images

Ricciardo comemorou muito a vitória que caiu no colo depois do acidente entre os favoritos Rosberg e Hamilton. É terceiro isolado no mundial de pilotos, 37 pontos à frente de Fernando Alonso, o quarto.

Na briga entre os líderes, Rosberg se deu bem demais, em segundo com Hamilton sem pontuar. O alemão abriu 29 pontos para o inglês, com um cenário agora deflagrado de briga entre os dois.

Massa, azarado: 13º
Massa, ao final, em uma entrevista, disse que um “pedaço gigante” do carro de Hamilton ficou preso no assoalho na Williams. Segundo Felipe, foi esse o motivo pelo ritmo quase 2 segundos mais lento que o esperado.

Mais um capítulo do ano recheado de azar para Massa. Na garagem ao lado, Bottas foi ao pódio mais uma

vez e marcou mais 15 pontos, contra nenhum do brasileiro. Agora Bottas tem 110 pontos no mundial de pilotos, 70 mais que os 40 somados por Felipe.

Situação muito chata para o brasileiro. Cuidado, Massa, Felipe Nasr venceu pela GP2 e pode estar cada vez mais perto do assento de Felipe na Williams.

A F1 volta no dia 7 de setembro, para a etapa de Monza, na Itália.

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