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E quando o carro chega aos 100.000?

A marca dos 100.000 km, atingida 1259 dias depois de quando
tirei meu Fox da loja, com 8 km rodados.
Quando peguei meu carro na concessionária, o hodômetro marcava jovens 8 km rodados. 

Até fiz foto.

Este dia vai completar 4 anos em 3 de junho.

Neste período, passou pelo marcador número pra cacete. O Fox é o único carro da casa e por isso roda muito, quase 3.000 km por mês.

Neste ritmo, a marca dos 100.000 quilômetros chegou em 13 de novembro. Confesso que me deu uma certa agonia quando o hodômetro superou os 99.999 e apresentou na tela a caixinha do sexto dígito.

Foi uma sensação parecida da virada dos 29 para os 30 anos...

Mas logo me acostumei com a nova cara do painel e, obviamente, nada mudou no carro depois de cruzar a marca tão temida por muitos donos de carro.

Meu Fox está muito sadio, obrigado. Sempre cuidei muito bem do bichinho, seguindo as manutenções previstas no manual. Verdade que por culpa da garantia de três anos que a Volkswagen oferece, me vi preso às revisões obrigatórias para me prevenir de defeitos graves. 

Até os 80 mil quilômetros fiz as tais revisões na Brasal, concessionária VW no SIA, sempre seguindo a lista de manutenção que a montadora exige para manter os benefícios da garantia. Eram trocas de óleo, filtros e alguns componentes como velas e cabos, sempre relacionados ao motor e ao câmbio.

Para tudo que fugia desta lista, levava o carro em oficinas de confiança. Suspensão, direção e freios, basicamente.

Com esse plano de manutenção seguido com cuidado, meu Fox chegou aos 100.000 cheio de vitalidade, mas com listinha de itens para ser resolvida, especialmente porque ele passaria, em alguns dias, por uma viagem de férias de mais de 3.000 km.

Mecânicos fazendo a verificação na suspensão
dianteira: duas buchas estouradas.
Fiz essa revisão em três partes, para reduzir o peso no orçamento. Em uma primeira cacetada, passei em uma loja de pneus e substituí o par de dianteiros, que já estavam no limite. Agora o Fox roda com quatro Michelin Energy XM2, nas medidas originais 195/55 R15. 

Percebi diferença em relação aos antigos Pirelli P7, originais de fábrica. Os Michelin parecem ter o composto mais macio e por isso fazem menos barulho e têm mais aderência.

Como não senti firmeza no orçamento que me passaram, pedi que na loja de pneus fizessem apenas a instalação dos novos, balanceassem e alinhassem. Deixei o grosso da manutenção de suspensão para fazer na Mechanical Car, onde eu sei que não vão me enganar.

E, no mês seguinte, levei meu carro na Mechanical. A suspensão dianteira estava batendo, com indícios de bucha da balança estourada. Ao levantar o carro, lá estavam as duas rompidas, nas duas balanças.

O pessoal da oficina me garantiu que não havia necessidade da substituição da balança completa. Com paciência e cuidado, instalaram buchas novas nas velhas balanças. É um serviço que toma tempo, mas que quando bem feito economiza uma boa grana do dono do carro e faz o mesmo efeito da troca da peça completa.

Nesse mesmo serviço trocaram a correia dentada e, obviamente, o tensor. Que fique muito claro: nunca troque correias sem substituir os tensores. Tensores velhos não suportam a força das correias novas e economizar neste item vai causar um prejuízo grande. 

Para fechar a manutenção de 100.000 km, fiz os reparos finais para a viagem de férias na terceira ida a oficina.

No dia 22 de dezembro, cheguei cedinho na Mechanical. Tomei café com o Zé em um quiosque enquanto esperávamos o Marquinhos, um dos mecânicos da casa, chegar.

De barriga cheia, colocamos o carro no elevador. Marquinhos começou a desmontar o Fox. Enquanto esgotava o óleo do motor, já foi tirando as rodas para verificar os freios. Nos dianteiros eu já tinha como certa a troca do conjunto completo.

Fiz a troca das pastilhas com 50 mil rodados e, com discos tão usados, já era chegada a hora da substituição. No conjunto traseiro, depois do desmonte, a boa notícia de que estava tudo ok. Os freios traseiros são pouco exigidos em uma condução tranquila e não foi necessário trocar nada. Com as lonas ainda em condições seguras de uso, apenas regularam o freio de mão, que estava alto demais. 

Discos e pastilhas instalados, filtro de óleo trocado, carro no chão, fomos ao segundo tempo. 

As velas haviam sido substituídas aos 40 mil, na concessionária, seguindo o plano de ação descrito no manual. Após 60.000 rodados, já havia passado a hora de um jogo de novas. Com cabos testados e em boas condições, as novas velas foram assentadas com o torque exigido.

Como o filtro de ar estava fora, o Marquinhos aproveitou para dar uma olhada no corpo de borboleta, o conhecido TBI. É ali que acontece o controle de quanto ar vai entrar no motor para a combustão e o do Fox estava sujo demais. Com capricho a peça e foi tratada da maneira correta, desmontando-a e limpando-a com sobre uma bancada, sem o uso de água.

O valente Fox posando para a foto na péssima BA-001,
entre Valença e a Ilha de Itaparica.
Para fechar a manutenção, trocaram as lâmpadas de farolete, de freio e de ré, que estavam queimadas.

A única peça que não consegui substituir foi a porcaria do para sol do lado do motorista. No dia em que o carro fez os 100.000 km, a peça soltou-se na minha mão. Como ela é de um modelo específico que tem um contato que aciona uma lâmpada quando aberta, é praticamente impossível encontrá-la. 

Viajei sem, uma bosta.

Estou fazendo este post de uma varanda, com o mar batendo ao fundo, no interior da Bahia. Por volta das 5 da manhã começarei a viagem de retorno e, assim que chegar em Brasília, contarei sobre a estrada, a viagem, e sobre como foram os 3.000 num carro de 100.000.

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