Pular para o conteúdo principal

O trânsito que mata

(Da sucursal em Brasília-DF) - Sou chato e critico a quem acho que devo criticar, atitude que não me impede de elogiar quando vejo boas ações.

O Denatran e o Ministério das Cidades lançaram uma nova campanha de conscientização aos cidadãos alertando da necessidade de maior cuidado ao ser parte do trânsito.

Vi na TV uma das peças da ação. Um vídeo, que mostra cenas reais de uma mulher comum acompanhando um resgate de uma vítima de atropelamento.

O vídeo é forte, mostra o desenrolar do atendimento no hospital e termina com a morte da vítima.

Ao final, a mulher chora, chocada.



O sujeito atropelado vai entrar para a estúpida estatística de mortes no trânsito no Brasil. Em 2010, quase 43 mil pessoas morreram vítimas de acidentes de trânsito, segundo dados do Ministério da Saúde. O número é absurdo, surreal.

Causas? É óbvio que nossa estrutura viária é grande culpada nesse número, mas a falta de educação e de consciência dos cidadãos ao conviverem nas ruas mata muito, também.

E por isso dou apoio a campanhas pesadas assim. Já vi anúncios feitos em outros países que chocam muito pelo nível de realidade que apresentam. E faz sentido que se choque, já que nem sempre quem convive no trânsito se lembra do quão frágil são as pessoas diante dos veículos, todos feitos de aço e pesando mais de uma tonelada.

A campanha tem um site, é o www.paradapelavida.com.br

O recado que fica é o de responsabilidade e cuidado ao botar o pé na rua, não importando a forma como você se desloca. Cuide-se para não se matar e não faça merda para não matar a ninguém.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

De volta à Europa

(Da sucursal em Brasília-DF) – No domingo começa a temporada europeia da Formula 1, depois de uma sessão de quatro provas no oriente. A volta das corridas ao continente europeu trará duas grandes mudanças, com efeito já no GP da Espanha de domingo: -  melhoria da minha qualidade de vida. As largadas voltam a ser às 9h da manhã e eu deixo de ser obrigado a acordar no meio da madrugada de domingo para não ter de ver a corrida no compacto do Esporte Espetacular; - a logística da F1 se acerta. Como as equipes não precisam mais se deslocar para o outro lado do planeta, engenheiros e designers passam a ter mais tempo para desenvolver os carros. É no começo das provas na Europa que o campeonato acirra a disputa, com equipes aperfeiçoando os carros com mais eficiência e em menos tempo. Especula-se, por exemplo, que o novo chassi que a Red Bull usará na Espanha é fantástico, sensacional e fodástico. Porém, de tudo o que pode mudar a partir de domingo,

Senna, 20 anos sem meu herói da infância

Eu não era um garoto que dava trela para super-heróis. Nunca tive bonecos, nunca gostei do Hulk, do Homem-Aranha, do super capitão de cueca fora das calças. Minha onda sempre foram os carros, as corridas. E, aos nove anos, eu já cumpria o ritual dos fins de semana de Formula 1: assistia aos treinos nos sábados e as corridas, nos domingos. Verdade que não conseguia ver todas as provas. Minha mãe levava o meu irmão e a mim à igreja aos domingos, mas eu conseguia pegar ao menos os primeiros 30, 40 minutos das corridas e, quando reencontrava meu pai, ao entrar no carro para voltar para casa, a primeira coisa que eu perguntava era quem tinha ganhado. Mas aquele fim de semana foi diferente. No sábado, 30 de abril de 1994, eu estava na sala assistindo ao treino classificatório para o GP de San Marino. Naquela época a fórmula dos treinos era diferente. Os boxes eram abertos por uma hora e, durante aquele período de tempo, todos os carros iam para a pista lutar pelos mel

Um Belcar em Samambaia

Esse eu vi ontem pela manhã, perto de casa, em Samambaia. O lindo DKW-Vemag Belcar estava estacionado na porta de um comércio, com a escrita "vendo" chamando atenção no vidro. Não tive dúvidas: peguei o primeiro retorno e fui ver de perto um dos carros mais bonitos já fabricados no Brasil. Ele estava estacionado de costas para a rua, então só quando desci do carro pude ver que tratava-se de um modelo 1967, o único a trazer quatro faróis, diferente dos anteriores que tinham dois faróis. O 1967 além do design diferente dos anteriores, é especial por ser do último ano de produção do Belcar no Brasil. Perguntei para as pessoas por ali pelo dono do carro que me indicaram ser o proprietário da lanchonete quase em frente à vaga onde estava parado o Belcar. Lá não encontrei o dono do carro, mas o irmão dele, o Márcio. Segundo ele, o carro está com o motor original, funcionando bem, e com documentos em ordem. O Márcio ainda me disse que querem R$ 16 mil por ele.