Mostrando postagens com marcador acidente. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador acidente. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Falta bom senso, falta noção, falta educação e falta fiscalização

Irresponsabilidade ou falta de bom senso?
Foto: Ludmila Carvalho
(Da sucursal em Brasília-DF) - Para qualquer atitude que se tome na vida, antes de buscar argumento nas leis é preciso usar do bom senso.

Pessoas com bom senso conseguem discernir entre o que é correto e o que não o é. 

E, às vezes, o que é correto, legal, pode não ser ético. Ou pode até ser perigoso, mesmo quando se respeita os limites da lei.

Essa minha conversa mole toda vem por culpa desta cena, que pedi que minha mulher registrasse.

Um absurdo que presenciamos no último dia 11/10, na avenida Elmo Serejo, sentido Ceilândia, quando um adulto, sem o mínimo de bom senso, colocava em risco a vida de uma criança em uma via de grande movimento.

O Código Brasileiro de Trânsito, no artigo 244 inciso II, limita a idade mínima de sete anos para o transporte de crianças em motocicletas.

Mas a legislação vai um pouco além da idade e entrega ao motociclista e aos órgãos fiscalizadores a responsabilidade por discernir se o menor tem ou não condições de ser levado na garupa. O texto do inciso II termina dizendo que o condutor será punido com infração gravíssima, resultando em multa e suspensão do direito de dirigir quando o menor não tiver condições de cuidar da própria segurança.

Olhe bem para esta foto e me diga se essa criança tinha condições de cuidar da própria segurança.

De pernas abertas, a passageira da moto estava solta e podia ser arremessada do assento caso a moto passasse por qualquer irregularidade no asfalto. A atitude da criança em abraçar a motociclista pela cintura não garantia a ela segurança, uma vez que pequena assim e sem o apoio essencial das pernas, faltaria força para ela manter-se equilibrada.

Para piorar, o capacete da pequena aparentava ser maior que o tamanho ideal. 

Como pai, só penso na inocência das crianças, que aceitam tudo de quem elas confiam. Meu filho, no meu colo, não tem medo de nada. Garanto que ele nem se assustaria se eu atravessasse o Eixão com ele agarrado a mim.

E essa menininha confiou em quem a colocou nesta situação absurda, sem ter a mínima noção do risco de vida que corria.

Não sei de onde vinha esta moto, muito menos para onde ia, mas tomara que em algum ponto do trajeto alguma autoridade de trânsito tenha parado a condutora e a reprimido, dado um belo sermão e a multado.

Duvido que tenha acontecido, mas pelo bem desta garotinha, torço pelo contrário.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Rescaldo de Suzuka - Será que Bianchi tentou salvar os fiscais?

Atendimento a Bianchi. Foto: Getty Images
(Da sucursal em Brasília-DF)O Gabriel Jabur, parceiro do DriveBrazil, me mandou em meu celular um vídeo gravado do acidente gravíssimo que Jules Bianchi, piloto francês da Marussia, sofreu ontem no final do GP do Japão, em Suzuka. 

As imagens foram feitas por torcedor, que filmava o resgate do carro de Adrian Sutil.

Esperei um bucado antes de falar sobre este acidente. Quando algo de tão extraordinário e grave acontece, é melhor esperar a poeira baixar para não escrever bobagens.

O vídeo é assustador. O impacto foi perpendicular em relação ao guindaste, que dava ré para recolher a Sauber acidentada de Sutil. Bianchi acertou o trator com em alta velocidade, ao ponto de fazer o veículo de resgate saltar do chão.

Avance até 1m para assistir ao impacto. As imagens são fortes.


O carro de Bianchi passou por baixo do guindaste e andou alguns metros antes de parar por completo

Por sorte, os fiscais de prova perceberam a tempo o carro desgovernado e livraram-se dos cabos que seguravam para guiar o carro erguido de Sutil. A tragédia não foi maior por muito, muito pouco.

Desnorteados, os fiscais correm até o carro destruído de Bianchi e, ao perceberem a violência do acidente, demonstram desespero. 

Nas imagens é possível ver Adrian Sutil tentando avaliar a situação de Bianchi. O piloto olhou por cima da mureta e foi afastado por um dos fiscais.

O ângulo em que Bianchi entra na área de escape é intrigante. Como não é possível ver o que levou a perda do controle da Marussia, fica complicado entender porque Bianchi entrou tão forte e em linha reta. 

Ele pode ter aquaplanado, assim como Sutil? 

Sim, mas porque o carro não girou, como no acidente de segundos antes? Dei uma olhada nas trocas de pneus. Bianchi fez a terceira parada na volta 27 e ia para a 17ª volta do jogo de pneus, sendo que muitos pilotos estavam fazendo trocas com no máximo 15 voltas. Button, por exemplo, fez a terceira troca com 11 voltas de uso dos pneumáticos.

Uma hipótese é que talvez o fato dos pneus já estarem bastante ruins naquele momento, somado a quantidade de água naquele ponto da pista, tenham sido preponderantes para Bianchi ter passado direto, perpendicular à curva, sem esboçar tentar desviar do guindaste.

Com menos ênfase, mas também com possibilidades, fica a dúvida se não pode ter acontecido algo no carro de Bianchi que o tenha tirado o controle. Um estouro de pneu ou a quebra de algum componente de suspensão poderiam ser motivo para a repentina perda de controle.

Fato é que as condições da pista estavam ruins no momento do acidente. Cinco voltas antes do acidente de Bianchi, Felipe Massa já berrava no rádio pedindo o fim da prova por culpa do excesso de água no traçado.

Sobre a posição do guindaste, deixo claro que nada deve estar na pista além dos carros de corrida.
Se um guindaste, um avião, um helicóptero, uma galinha, um pônei precisarem entrar na pista, isto deve acontecer sob intervenção do safety-car. 

E, em uma condição como a de ontem, com a chuva forte que caía sobre Suzuka, qualquer movimentação na pista deve ser feita com muito cuidado e sempre levando-se em consideração todos os critérios de segurança.


Critérios que não foram observardos, quando é possível constatar algo de absurdo durante a remoção do carro de Sutil: bandeiras verdes eram agitadas pelos fiscais! Sim, o fiscal na torre, logo acima do acidente, agitava uma bandeira verde, informando aos pilotos que a condição de corrida estava estabelecida, mesmo com um guindaste em pista.

Isso demonstra a falta de comunicação entre direção de prova e fiscais de pista, uma vez que a telemetria indicava bandeira amarela naquele trecho.

Um festival de erros que ontem, por um lapso de sorte, não vitimou também os trabalhadores que ajudavam a içar o carro de Sutil. 

Ou, sabe lá Deus se Bianchi, ao ver aquelas pessoas expostas, não as poupou mantendo o carro em linha reta?

Ficam dali lições para serem analisadas e aprendidas.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Absurdos nas ruas (1)

Irresponsabilidade ou preguiça?
(Da sucursal em Brasília-DF) - Presenciei este absurdo hoje, na EPVL, aquela via que liga Estrutural e EPTG.

A cena era tão estúpida que me senti na obrigação de fotografar.

O caminhão de transporte de entulho levava restos de uma armação de concreto. A carga era transportada sem nenhum tipo de cobertura ou amarração.

Outros motoristas que passavam por este caminhão corriam sérios riscos de serem atingidos por pedriscos ou até por peças grandes de concreto, com resultados que poderiam ser trágicos.

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), publicou em 31 de maio de 2013 a Resolução nº 441, que regulamenta o artigo 102 do Código Brasileiro de Trânsito (CTB). Neste texto do CTB está a exigência de que o veículo esteja devidamente equipado para evitar o derramamento de cargas sobre a via.

Pela Resolução 441 do Contran, no transporte de qualquer sólido a granel é obrigatório cobrir totalmente a carga de forma segura e eficaz. O descumprimento da Resolução deixa o motorista sujeito a multa de R$ 127,69 e a somar cinco pontos na carteira.

Acho a punição branda demais para um sujeito que, talvez por preguiça, pode matar alguém.

E fica a pergunta: como este caminhão vinha da EPTG, será que a fiscalização por câmeras flagrou esse irresponsável?

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Custa muito organizar essa zona? (2)

(Da sucursal em Brasília-DF) - Fecharam o cruzamento onde morreram mãe e filha em Águas Claras, no dia das mães, vítimas da irresponsabilidade de um alcoolizado ao volante.

Algumas análises depois do acidente  mostraram que o motorista do Honda Fit, onde estavam mãe e filha, cruzou a via erroneamente e assim foi atingido pelo carro do bêbado.

O problema é que naquele local existe um  festival de pontos cegos. O cruzamento fica no topo de um aclive e após o viaduto dos trilhos do metrô. Este conjunto atrapalha muito a visão de quem tenta atravessar a estrada.

Uma pequena desatenção, associada a um carro em velocidade totalmente desproporcional a permitida naquele ponto, foram os ingredientes para a tragédia.

Com a alteração no fluxo, quem precisa cruzar a via naquele trecho do Park Way, precisa dirigir alguns metros para retornar, ou ir até o balão de acesso a Águas Claras para fazer a volta.

E por que não fizeram isto antes?

Porque é necessário manter-se a lógica reativa da gestão pública brasileira. Os gestores só tomam atitudes quando tragédias acontecem.

Da mesma forma, estes gestores de trânsito no DF esperaram que inúmeros acidentes graves acontecessem para alterar o antigo retorno que cruzava a BR-040, vindo da DF-001. Aquilo era uma roleta russa, que me deixava de coração na goela sempre que era obrigado a passar por lá.

E, para fechar o post, mais uma atitude super bacana dos gestores de tráfego no DF: ontem fecharam avenida Elmo Serejo, que liga Taguatinga a Ceilândia e a Samambaia, por culpa das infinitas obras de recuperação da erosão que comeu meia pista em novembro do ano passado.

Sim, do ANO PASSADO. Para dar uma ideia de como as coisas no Brasil andam a passo de tartaruga, no Japão, um ano depois de um tsunami destruir cidades inteiras, grande parte da infraestrutura estava recuperada, como ilustram estas imagens aqui.

Continuando, fechar a avenida não é problema. É necessidade, na verdade, para que a obra ande um pouco mais rápido. E o dia escolhido foi de fato o melhor, um domingo, que tem fluxo muito menor de carro nas vias.

O problema no caso foi a falta de sinalização com avisos do fechamento de forma ostensiva, clara e com distância suficiente para evitar que motoristas caíssem no ponto onde os cones travavam a passagem.

Era simples: faixas, placas, luminosos ou qualquer artefato sinalizador com dizeres do tipo:

Motorista, a avenida Elmo Serejo está fechada em ambos os sentidos no trecho entre a Samdu e o viaduto da QNL. Utilize vias alternativas para acesso a Samambaia e a Ceilândia.

Pronto! Com uma faixa destas estampada na EPTG, eu não faria a burice de dirigir até o local onde a pista estava fechada para ali tomar uma decisão. Pela desinformação, perdi meia hora do meu precioso domingo por culpa de um engarrafamento desnecessário.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Apurado instinto suicida

(Da sucursal em Brasília-DF) – Hoje fui testemunha de um acidente de trânsito.

Para quem conhece Taguatinga, a situação aconteceu logo depois da Boca da Mata, aquela via que liga Samambaia a Taguatinga Sul, na QSE 22.

O trânsito ali pela manhã é terrível. A via é muito estreita, o fluxo de carros é enorme e, para piorar, desde quando refizeram o asfalto da rua, em fevereiro, deixaram a pista sem nenhuma sinalização. O asfalto ficou até bom, mas sem sinalização o fluxo vira uma grande porcaria. 

Íamos minha mulher e eu no carro, acompanhando a procissão do engarrafamento. Quando cheguei a um cruzamento, deixei a passagem livre para permitir que os carros pudessem acessar a quadra e a pista principal.

Vindo da quadra, um motorista em uma Santana Quantum posicionou-se para entrar na pista em que estou, porém no sentido contrário.  Ele encontrou espaço no fluxo e acelerou, cruzando à minha frente.

Vou dar uma quebra aqui e tentar entender um ponto: amigos motociclistas, que bosta alguns colegas de vocês têm de achar que são imortais, infalíveis, ou que, sei lá por que diabos, têm prioridade sobre todos os outros veículos nas ruas?

A Quantum vinha de onde está o carro vermelho. Eu estava
onde está o carro preto. E no cruzamento, a moto bateu ao
tentar ultrapassar o engarrafamento.
Um motociclista, destes com este complexo de prioridade, resolveu que aquele seria o momento para cortar o trânsito parado sem precisar se importar com o resto do mundo, que, na cabeça dele, deveria parar para ele passar.

Obviamente o motoqueiro não deu uma maneirada ao passar pelo cruzamento. Eu, dentro do meu carro, com toda a segurança que um automóvel tem, penso mil vezes antes de tomar qualquer atitude. Confiro o retrovisor antes de frear, olho para os lados antes de cruzar faixas, entre outras ações que reduzem riscos de acidentes. Mas, o sujeito trepado em uma moto, que tem como parachoque a testa do piloto, não se preocupa com detalhes assim.

No Brasil se existem leis que funcionam são as da física. E ela foi cruel com o motoqueiro. Ao passar por mim, deu de testa com a Santana Quantum. O motoqueiro tentou frear, mas acabou batendo. Voou, bateu no parabrisas e rolou até o chão. 

Como a rua ali é muito estreita, o motoqueiro teve sorte de não ter sido atropelado por outros carros. Saiu pulando em um pé só e deitou-se na calçada. Acho que quebrou a perna e provavelmente machucou as costas, porque o vidro dianteiro da Quantum estava trincado.

Em um primeiro momento até comentei com minha mulher que achava que a culpa era do motorista do carro. Mas ela me alertou sobre o cenário e, realmente, ultrapassar ali era de uma falta de noção ímpar. 

Como não tinha muito o que fazer, dei uma primeira assistência e fui-me embora. No caminho, na EPTG, vim observando as motos dividindo espaço no corredor com os carros, ônibus, caminhões, todos em alta velocidade em um trânsito muito carregado.

E aí, veio a pergunta mais uma vez: que bosta esses caras têm na cabeça, meu Deus do céu? Será que não é óbvio que se algum daqueles motoristas cometer um erro, quem vai decolar da moto, esfolar-se no asfalto, ser atropelado, é o motociclista e não o motorista?

Entendo que muitos motoristas são irresponsáveis e que expõem motociclistas ao risco, mas não entra na minha cabeça a falta de extinto de autopreservação de quem pilota as motos. Não é melhor evitar o risco a morrer?

Motociclistas, a palavra é de vocês.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O trânsito que mata (2)

(Da sucursal em Brasília-DF) - Seguindo a linha da campanha que já comentei no ano passado, o Denatran apresentou um dos VTs que será exibido nas televisões durante o carnaval.

A imprudência e o consumo de álcool antes de dirigir tiram vidas demais, mas parece que as mensagens antigas, que tentavam passar este recado de maneira sutil não tinham tanto efeito assim.

Foi feito para chocar, o vídeo é muito pesado. E esta é a medida do que o tema pede.

No ano passado, o feriado de carnaval terminou com 157 mortes em rodovias federais.

Em 2012, 192. 

É um Boeing 737-800 de gente que perdeu a vida em acidentes, somente em estradas rodovias federais. Se colocarmos nesta conta quem morreu em rodovias estaduais e dentro das cidades, talvez um Airbus A 380 com 400 lugares fosse mais apropriado para a comparação.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Assustador

(Da sucursal em Brasília-DF) - Se você ainda não viu, assista a porrada descomunal de Memo Gidley na traseira de Mateo Malucelli, nas 24h de Daytona, no sábado.

Gidley, pilotando um Corvette a mais de 190km/h, encheu a traseira da Ferrari de Malucelli, que com problemas, arrastava o carro em baixa velocidade pela pista.

A posição do sol e a disputa por posição que envolvia Gidley foram os principais motivos do acidente.

Apesar dos incontáveis dispositivos de segurança dos carros de corrida atuais, a violência do impacto foi tamanha que Malucelli sofreu uma concussão cerebral e Gidley sofreu fraturas na perna e no braço esquerdo. Os pilotos estão hospitalizados e conscientes.


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Isofix, a conta-gotas

(Da sucursal em Brasília-DF) - O Inmetro publicou hoje (16/1), no Diário Oficial da União a regulamentação do sistema Isofix de fixação de cadeirinhas de bebês em carros. Até agora, como o Inmetro ainda não havia se manifestado sobre o Isofix, a venda de cadeirinhas com o sistema era ilegal no Brasil, já que os assentos automotivos para crianças só podem ser comercializados no país se estamparem o selo do órgão.

Esta falta de regulamentação era no mínimo idiota. O Isofix é um grande avanço na segurança para o transporte de bebês e crianças em automóveis.

Ao invés das cadeirinhas e bebês-confortos (plural escroto) serem presos pelo cinto de segurança, os carros com Isofix têm uma estrutura na base e no topo do encosto do banco traseiro, que é parte da carroceria do carro. O assento preparado para o sistema vem com ganchos (foto), que travam com extrema firmeza a cadeirinha nesta estrutura, garantindo muito mais estabilidade ao conjunto e ao bebê.

Na prática, o Isofix dá muito mais segurança para os pequenos, que em caso de acidentes não correm o risco de sofrerem traumas causados pela folga que o cinto de segurança deixa, mesmo quando instalado perfeitamente na cadeirinha.

Com a regulamentação do Inmetro, é necessário que o Congresso Nacional torne obrigatório o uso do Isofix no Brasil. Hoje poucos carros vendidos no Brasil, a maioria importados, vêm de fábrica com este dispositivo e, sem legislação que obrigue, duvido que os fabricantes dos assentos se mobilizem em investir na produção de bebês-confortos e cadeirinhas com a novidade.

Meu medo é que o Isofix caia na mesma palhaçada do airbag e do ABS, que foram cozinhados pelo lobby das montadoras e quase escapam da obrigatoriedade em 2014. Nos Estados Unidos, nenhum carro sai das fábricas sem airbag desde 1998.

No meu próximo carro, o Isofix será determinante na escolha para a compra.

Theo agradece.

P.S.: Como já disse neste post aqui, vídeos chocantes podem ser eficientes para criar, no mínimo, receio nas pessoas. Se você tem filhos e comete a estupidez de deixá-los soltos enquanto dirige, dê uma olhada neste crash-test, com um boneco simulando uma criança solta no carro. 





Neste outro, a prova de que seu colo não é seguro em caso de acidentes. Lugar de bebês e crianças é na cadeirinha, mesmo que ele berre e chore até ficar rouco. É melhor parar o carro e acalmá-lo do que seguir adiante com o pequeno nos braços.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Ovais não são chatos

(Da sucursal em Brasília-DF) - Seguindo a dica de meu amigo Gabriel Jabur, segue uma lista breve de argumentos que fazem qualquer comentário sobre monotonia de corridas em circuitos ovais serem dizimados.

Este tipo de circuito faz parte da cultura norte-americana. Por lá, são mais de 1.200 ovais de todos os tipos, espalhados pelo país.

E neles, coisas assim acontecem:




No templo sagrado dos ovais, Indianápolis, quatro pilotos trocam freneticamente de posições na disputa pela vitória na etapa da Indy Lights deste ano. No fim das contas, Peter Dempsey, que entrou na reta de chegada em quarto, aproveitou o vácuo dos carros à frente e levou a melhor.
---



Cinco voltas de agonia, em uma batalha insana enter Hélio Castroneves e Scott Dixon no oval de Chigago, em 2008. Na volta final, cruzaram a linha de chegada tão próximos um do outro que ninguém conseguiu dizer quem tinha vencido. A loucura era tão grande no autódromo que as equipes dos pilotos comemoravam entre si, simplesmente pela disputa. O resultado oficial foi dado pela câmera que grava a chegada e Castroneves, que tinha largado na última posição, foi informado da vitória enquanto era entrevistado. 
A diferença de tempo entre os dois? 0,0033s

---


Na Nascar, o pau quebra. Toques, batidas, quase tudo vale. E nas últimas duas voltas em Darlington, em 2003, Rickey Craven e Kurt Bush praticamente tentam matar um ao outro, levando ao extremo uma disputa que quase acabou em um grave acidente. Os carros passaram pela linha de chegada encostados, com uma nuvem de fumaça subindo formada pelos pneus se esfregando. Melhor para Rickey Crave que ganhou a batalha.


---


Aqui, um vídeo épico. O final das 500 milhas de Indianápolis de 2011 foi estúpido. Hildebrand, um novato naquela temporada, viu o primeiro lugar cair em seu colo na última volta, quando vários pilotos que estavam à sua frente pararam por falta de combustível. Sei lá que diabos o garoto fez, se se empolgou, se tremeu nas bases, mas o resultado é bizarro. Na última curva, alguns metros distante de ser vitorioso na pista mais famosa do automobilismo mundial, Hildebrand erra e bate. Cruza a reta em segundo lugar, se esfregando muro afora e assiste de camarote a vitória de Dan Wheldon.


---


Para fechar, uma bizarrice. O colombiano Juan Pablo Montoya, famoso pelo ímpeto suicida, esqueceu-se de que a pista estava em bandeira amarela e não aliviou o pé, na etapa de Daytona da Nascar de 2012. Em alta velocidade, assustou-se ao ver uma picape de serviço, daquelas que têm em suas caçambas turbinas a jato que assopram para limpar a pista. Montoya perdeu o controle do carro e atropelou a viatura. Uma bola de fogo subiu imediatamente. Por sorte e intervenção divina, nem o motorista do caminhão nem Montoya se feriram.



segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O trânsito que mata

(Da sucursal em Brasília-DF) - Sou chato e critico a quem acho que devo criticar, atitude que não me impede de elogiar quando vejo boas ações.

O Denatran e o Ministério das Cidades lançaram uma nova campanha de conscientização aos cidadãos alertando da necessidade de maior cuidado ao ser parte do trânsito.

Vi na TV uma das peças da ação. Um vídeo, que mostra cenas reais de uma mulher comum acompanhando um resgate de uma vítima de atropelamento.

O vídeo é forte, mostra o desenrolar do atendimento no hospital e termina com a morte da vítima.

Ao final, a mulher chora, chocada.



O sujeito atropelado vai entrar para a estúpida estatística de mortes no trânsito no Brasil. Em 2010, quase 43 mil pessoas morreram vítimas de acidentes de trânsito, segundo dados do Ministério da Saúde. O número é absurdo, surreal.

Causas? É óbvio que nossa estrutura viária é grande culpada nesse número, mas a falta de educação e de consciência dos cidadãos ao conviverem nas ruas mata muito, também.

E por isso dou apoio a campanhas pesadas assim. Já vi anúncios feitos em outros países que chocam muito pelo nível de realidade que apresentam. E faz sentido que se choque, já que nem sempre quem convive no trânsito se lembra do quão frágil são as pessoas diante dos veículos, todos feitos de aço e pesando mais de uma tonelada.

A campanha tem um site, é o www.paradapelavida.com.br

O recado que fica é o de responsabilidade e cuidado ao botar o pé na rua, não importando a forma como você se desloca. Cuide-se para não se matar e não faça merda para não matar a ninguém.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Foto do dia

Antônio Pizzonia com problemas na curva da vitória.
Autódromo Internacional Nelson Piquet, 
Brasília, 23 de setembro de 2007
Canon EOS 30D - ISO 100, 1/500s, f/8

Um Belcar em Samambaia

Esse eu vi ontem pela manhã, perto de casa, em Samambaia. O lindo DKW-Vemag Belcar estava estacionado na porta de um comércio, com a escr...