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Williams e Petrobras. Essa eu acertei!

(Da sucursal em Brasília-DF) - Em 24 de outubro do ano passado eu escrevi sobre Williams e Petrobras aqui no blog:

"Com a saída de Maldonado e a chegada de Massa, não vejo motivos para a PDVSA manter esse dinheiroduto abastecendo a Williams. E a equipe, na condição atual, não está em posição de jogar tanta grana fora.

O que vem em minha mente? A volta da Petrobras.

Entre 1998 e 2008 a empresa brasileira forneceu óleo e combustível para a Williams. Em um momento de questionamentos sobre a condição da Petrobras e as polêmicas do pré-sal, nada melhor que o retorno da marca ao circo da F1, apoiando um piloto brasileiro."


E agora, um pouco antes de sair para almoçar, bate em minha caixa postal um e-mail, com release confirmando meu palpite: a presidente da Petrobras, Graça Foster,  assinou hoje, no Rio de Janeiro, o contrato com a Williams.

A presidente  da Petrobras, Graça Foster,
 e a chefe-adjunta da Williams, Claire Williams,
no evento de assinatura do contrato
O release afirma que o acordo de três anos tem como mote a colaboração técnica entre as partes, trabalhando em conjunto com a Mercedes, que fornece motores para a Williams, no desenvolvimento de lubrificantes e combustível para uso a partir de 2015. 

Sim, 2015.

Quando ainda conversava com diversas equipes na tentativa de se garantir na F1 em 2014, Felipe Massa deixou claro que não pagaria por uma vaga na categoria.

Mas nunca disse que não levaria grandes patrocinadores brasileiros. 

Com o anúncio de hoje, confirma-se o aporte financeiro da Petrobras como decisivo na assinatura de Felipe Massa com a Williams. Os ingleses perderam muito dinheiro com a saída do piloto venezuelano Pastor Maldonado, que levou consigo o patrocínio da estatal de combustíveis da Venezuela, a PDVSA, e precisava de outro grande parceiro para sanar o buraco nas contas. 

Foto publicada pela Williams na data do anúncio
do brasileiro na equipe: se fecharam com a Petrobras,
o que o Banco do Brasil estava fazendo ali?
Posso supor que o contrato de Massa seja de ao menos dois anos com a Williams, justificando a entrada de fato da equipe na categoria para o ano que vem, ou...

...a relação também pode envolver o brasiliense Felipe Nasr, como já escrevi neste post aqui, suposição embasada pela fotografia publicada pela Williams no dia do anúncio de Massa como piloto. Atrás de Massa, um backdrop cheio de marcas do Banco do Brasil.

Como Nasr sempre foi apoiado pelo Banco do Brasil, pode acontecer aí um contrato de transição, com dois anos de Massa/Petrobras e na sequência uma parceria Nasr/Banco do Brasil, já que a fonte do dinheiro é quase a mesma (lá vem porrada).

Vamos aos poucos com as conjecturas. Mas é fato que a primeira, eu acertei!

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