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Quase um novo Massa. Ou o antigo, de volta.

(Da sucursal em Samambaia-DF) - Ao não renovar o contrato de Felipe Massa com a Ferrari, a equipe fez um grande favor aos fãs da F1, dando a um bom piloto motivos para se reerguer.

Parece que Massa mudou. Parece que voltou a brigar, deixando de lado a pasmaceira que apresentava de uns tempos pra cá.

Agora sem a obrigação de ajudar Alonso,
Massa mudou a postura em pista. Khaled Desouki/AFP
Tudo indica que a falta de combatividade do brasileiro foi consumida por um espírito de sobrevivência e de uma necessidade de se afirmar como um piloto que ainda é rápido, apesar das últimas temporadas mostrarem o contrário.

Desde o anúncio do pé-na-bunda ferrarista, logo após o GP da Itália, Massa classificou-se à frente de Alonso em 4 das 3 corridas. Antes da decisão, Alonso dominava as classificações largando 8 vezes em posições melhores que Felipe, que havia conseguido se posicionar à frente de Alonso apenas 4 vezes.

Em condições de corrida, apesar de Alonso ainda ostentar melhores resultados, observou-se Massa diversas vezes disputando posições com o espanhol. Em Abu Dhabi, Alonso ficou bastante tempo observando o aerofólio traseiro de Felipe e só conseguiu concretizar a ultrapassagem sobre o brasileiro depois da parada nos boxes.

E na última parada, a Ferrari cometeu dois erros que permitiram que Alonso superasse o brasileiro. Não fosse isso, Massa teria chegado à frente de Alonso, e até no pódio, talvez:

- Devolveu Massa à pista com pneus médios, 1,5 segundo por volta mais lentos que os macios. O piloto já declarou que não concordou com esta atitude da equipe e que não era o que ele esperava;

- Errou na troca do pneu dianteiro esquerdo. Só ali, quase 2 segundos preciosos segundos.

E não pode-se afirmar que o sucesso de Massa seja fruto de uma certa falta de tesão de Alonso com o campeonato, já que o título de Vettel já era quase óbvio. Além de ser extremamente combativo, Alonso precisa manter bom ritmo para impor-se diante à chegada de Kimi Räikkönen que ocupa o assento de Massa em 2014.

Massa sem a obrigação de ser fiel escudeiro de Alonso tornou-se um piloto diferente do que se via nas últimas temporadas. Isto pode ser ótimo sinal. No ano que vem, fechando com a equipe que for, ele chega com status indiscutível de primeiro piloto. Se tudo der certo, talvez teremos mais uma chance de ver aquele Felipe de 2008, quase campeão mundial.

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