Massa: últimos dias de Ferrari. Foto: Ferrari.com |
(Da sucursal em Brasília - DF) - Massa pilotando para a Williams em 2014. A notícia foi dada
na noite de ontem, pelo jornalista Américo Teixeira Jr, do Diário Motorsport.
Para algumas “bombas exclusivas” não dou trela, mas quando vem de sujeitos
como o Américo, entrego atenção. Ele não é de propagar balelas.
O que não significa que o que ele escreveu é absoluto.
Vou direto a dois pontos, naquilo que acho não fazer muito
sentido nesta história.
1 - O contrato de cinco anos:
Felipe Massa tem 32 anos. Vettel tem 26. Hamilton, 28. A idade
de Massa não é impeditiva para que ele tenha sucesso na Williams, mas um contrato
de cinco anos encerra-se com o brasileiro aos 37. Não sei se valeria para a
equipe inglesa, muito menos para Felipe, estender por tanto tempo esta
parceria. Um contrato deste tamanho pode significar o último da carreira de
Massa na F1, em uma equipe que não anda muito bem das pernas faz tempo.
2 - Massa entra sem levar patrocínios, na vaga de Pastor
Maldonado:
Documento vazado pelo grandprix247.com: PDVSA pagou £26 milhões em patrocínios para a Williams em 2012 |
Maldonado é hoje o grande financiador da Williams. O piloto
tem como madrinha na F1 a estatal Petroleos de Venezuela SA, a PDVSA. Em um
documento vazado em 2011, foi revelado que a petroleira da terra de Hugo Chávez
depositou na conta da Williams valores em torno de R$ 100 milhões na compra de
cotas de patrocínio para a temporada 2012 da F1.
É sabido que estes valores sustentam Maldonado no time. Não
tiro o mérito dele como piloto, mas na F1 dinheiro faz diferença ao se buscar
assento em um carro, especialmente nas equipes pequenas e médias.
Com a saída de Maldonado e a chegada de Massa, não vejo motivos
para a PDVSA manter esse dinheiroduto abastecendo a Williams. E a equipe, na
condição atual, não está em posição de jogar tanta grana fora.
O que vem em minha mente? A volta da Petrobras.
Entre 1998 e 2008 a empresa brasileira forneceu óleo e
combustível para a Williams. Em um momento de questionamentos sobre a condição
da Petrobras e as polêmicas do pré-sal, nada melhor que o retorno da marca ao
circo da F1, apoiando um piloto brasileiro.
De concreto até agora o boato só gerou negativas dos
empresários envolvidos nas negociações de Massa. Nicolas Todt, que gere a
carreira do brasileiro, disse ao Estadão que a notícia é “uma fantasia”, e que
Felipe está conversando com a Williams, mas também com a Lotus, a Sauber e a
Force India.
Nesse salseiro todo, não duvido da notícia de Américo. A
Lotus já deixou claro que quer o alemão Nico Hulkenberg na equipe, colocando
Massa no banco de reservas. As outras duas equipes na jogada, Force India e
Sauber, não se manifestaram sobre Massa.
Talvez a Williams veja em Felipe um salvador da pátria, um
piloto que já foi rápido e que tem bagagem técnica extensa. Esta experiência
poderá fazer diferença nos carros de 2014, que vão mudar bastante com os novos
motores turbo.
A alteração dos propulsores vai obrigar mudanças técnicas drásticas,
dando oportunidade para respirar a uma equipe vencedora no passado e que
tornou-se pequena em menos de uma década .
2 comentários:
Interessante. Mas em uma época em que a gestão da Petrobrás é tão criticada, será que vão embarcar nessa correndo o risco de levar tomates por jogar dinheiro fora num esporte caro e de retornos duvidosos?
Helder, é um risco a se correr. Querendo ou não a exposição da marca é forte no Brasil e fora.
E tem o argumento do desenvolvimento tecnológico. Alguns anos de F1 fazem empresas que fornecem produtos e serviços para a categoria evoluírem muito.
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