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domingo, 5 de outubro de 2014

Japão - Jules Bianchi bate em guindaste de resgate. Hamilton vence.

Imagem feita por torcedor, mostra atendimento a
Bianchi e correria de fiscais.
(Da sucursal em Samambaia-DF) – Uma quebra na lógica de meus posts de relato de corridas, por uma condição preocupante.

Na volta 43, Adrian Sutil perdeu o controle da Sauber e bateu forte quando a chuva resolveu recomeçar.

Em algum momento do atendimento a Sutil, Jules Bianchi, piloto da Marussia, saiu da pista e bateu na traseira do guindaste que içava o carro de Sutil.

Situação grave, clima de extrema tensão entre todos e corrida encerrada, em bandeira vermelha, com Jules sendo removido às pressas, inconsciente, para o hospital de Nagoya.

O mais triste de tudo isso é que, novamente, a Marussia passa pela mesma situação. Em 3 de julho de 2012, em testes de meio de temporada no aeroporto de Duxford, na Inglaterra, a piloto espanhola María de Villota colidiu um carro da equipe em um trator. 

María recuperou-se, apesar de ter perdido um dos olhos, porém, em 11 de outubro de 2013, María morreu por consequência do acidente.

Até agora, às 5h27 da manhã, nenhuma nova informação sobre Bianchi. 

Ficam as orações e os pensamentos positivos para que o talentoso Bianchi saia dessa.

Caso consiga novas informações, aviso aqui no blog.

Neste vídeo, dá para ver os fiscais acenando para uma situação atrás do trator. Segundo Adrian Sutil, que viu o acidente de perto, a rodada de Bianchi foi igual a dele, porém terminando com o impacto no guindaste.


Daqui para baixo, o relato da prova.

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Ontem, céu claro. 

Hoje, Phanfone fez tudo mudar.

O supertufão mexeu no tempo na região de Suzuka e, na hora da largada, um temporal lavava o circuito.

Com aquela condição, Charlie Whiting, diretor de prova, decidiu pela largada com bandeira amarela, com os carros seguindo o safety-car.

Sorte a minha, que só acordei às 3h08 e que acabei perdendo a largada.

Azar de Fernando Alonso, que viu o carro apagar e não pode participar da procissão de antes da bandeira verde.

Após sete voltas, Vettel já avisou no rádio que a pista tinha condições para a largada. Hamilton dizia o mesmo, considerando até a possibilidade da troca dos pneus dos de chuva pelos intermediários.

Na décima volta o carro madrinha recolheu e a corrida começou de fato. Na frente, Rosberg, Hamilton, Bottas e Massa fizeram uma largada limpa, tentando evitar riscos.

Com a melhoria das condições e com Jenson Button rodando muito bem com os intermediários, na volta 12 os boxes congestionaram para as trocas de pneus. Ricciardo e  Bottas, como estavam à frente de seus companheiros de equipe, foram priorizados e pararam primeiro.

Na volta 13, Massa e Vettel entraram. Voltaram grudados um no outro, com Felipe tomando um calorão do alemão.

A Mercedes usou estratégia diferente e segurou os carros na pista um pouco mais. Na 14 Rosberg veio aos boxes e na 15 foi a vez de Hamilton, que se não tivesse errado na volta em que estava liderando provavelmente teria conseguido manter-se líder.

Os dez primeiros na volta 16 eram Rosberg, Hamilton, Button, Bottas, Massa, Vettel Ricciardo, Hulkenberg, Räikkönen e Kvyat. Sim, Button, que optou por trocar os pneus pelos intermediários antes de todos mundo se deu bem e foi parar em terceiro.

Massa suportou a pressão das Red Bull até a volta 17, quando Vettel superou o brasileiro. Na 18, mesmo dificultando ao máximo a manobra, Massa não conseguiu manter-se à frente de Ricciardo.

Entre as voltas 19 e 21 quem parou fui eu para dar uma força para minha mulher com o Theo. Este tempo estranho pegou ele de jeito e o pequeno está febril.

De volta a corrida, na volta 22 os dez primeiros eram Rosberg, Hamilton, Button, Vettel, Ricciardo, Bottas, Massa, Hulkenberg, Räikkönen e Kvyat.

Pois é, a dupla da RBR engoliu também a Williams de Bottas e, naquele momento, eram os carros mais rápidos na pista. A diferença de desempenho das Red Bull era muito grande, com Vettel rodando 1,3s mais rápido que Rosberg na volta 23.

Hamilton, ciente do bom desempenho de Vettel, começou a apertar o pé para cima de Rosberg. Para o inglês, além de defender-se de Vettel, superar Rosberg significava manter-se como líder do campeonato.

Com a melhorias das condições da pista, a direção de prova liberou o uso da asa móvel na volta 25. Não havia cenário melhor para Hamilton, que a menos de 0,5s distante de Rosberg passou a ter plenas condições de superar o companheiro.

No rádio, Rosberg esbravejava reclamando das condições do carro, que depois da troca de pneus para os intermediários tornou-se arisco, saindo demais de traseira.

E mesmo errando no começo da volta 27, Hamilton já fez a 130R colado na traseira de Rosberg. O problema é que Hamilton não conseguia entrar na reta dos boxes perto o suficiente de Rosberg para ultrapassá-lo.

Nos boxes da Mercedes, todos de olho nos monitores, com certeza em pânico com a briga de seus dois pilotos que encerrou-se na volta 29, com Hamilton superando Rosberg por fora, na curva 1. 
Ultrapassagem de mestre, com pista molhada e por fora em uma curva.

Na 30, Sebastian Vettel veio aos boxes para mais uma troca de pneus. Lá na frente, Hamilton já abria 4,7s para Rosberg.

Depois de dar 22 giros com os pneus intermediários, Button parou para sua troca de pneus na volta 32 e, ao retornar, perdeu a 4ª posição para Vettel.

A RBR acertou a mão no acerto para chuva e executou muito bem a estratégia de prova. 

“Box, box, box”, chamou o rádio de Rosberg na 33, que acabou parando antes de Hamilton, que conseguiu tratar melhor dos pneus e só parou na volta 36.

Alheios a tudo isso, Bottas e Massa mantinham o ritmo mediano que as Williams permitiam, ocupando os 6º e 7º lugares.

“It´s raining at the pitlane!” avisou o engenheiro de Ricciardo pelo rádio, que veio aos boxes na volta 37, com pneus intermediários.

Na 38, os dez primeiros eram Hamilton, Rosberg, Vettel, Button, Ricciardo, Bottas, Massa, Hulkenberg, Kvyat e Perez. Ao fim da volta, Massa foi aos boxes. Voltou em 9º. 

Bottas veio para os pits na 39 e conseguiu voltar ainda com vantagem sobre Massa. 

A chuva começou a apertar e alguns pilotos começaram a sentir as mudanças na pista. Vettel e Magnussen foram alguns que passearam fora da pista com o aumento da quantidade de água no asfalto.

Com a chuva apertando, a direção de prova vetou o uso da asa móvel na volta 41. Ruim para Ricciardo, que brigava forte naquele momento contra Button pela 4ª posição.

O primeiro a colocar pneus de chuva extrema foi Magnussen, na volta 42. 

Na 43, Adrian Sutil perdeu o controle da Sauber e foi parar no muro. Button, percebendo a melhor performance dos pneus de chuva extrema, foi aos boxes e fez também sua troca. Voltou em 5º.

E aí, formou-se o salseiro.

Na 44, o carro de segurança voltou para a pista, seguido do carro médico para atendimento a Sutil. O nível de preocupação aumentou quando a ambulância entrou na pista.

BANDEIRA VERMELHA – VOLTA 46 – Jules Bianchi, piloto da Marussia, bateu em um guindaste que retirava o carro de Sutil da pista. Tensão nos boxes e carros recolhidos ao pit lane.

Apesar de não haver imagens, a telemetria mostrava o carro de Bianchi como fora da prova.

Na tela, o aviso de corrida encerrada, com vitória de Hamilton, com Rosberg em 2º e Ricciardo em 3º. Massa foi 7º, logo atrás de Bottas.

Clima estranho, pilotos tensos, Hamilton comemorando a vitória com um tchauzinho sem graça para a torcida.

No pódio, pilotos sérios demais. No centro médico, nervosismo.

Jules Bianchi deixou a pista inconsciente, de ambulância. O helicóptero não tinha condições de decolar.

A vitória de Hamilton manteve-o em 1º no mundial de pilotos, com Rosberg em 2º. A distância de pontos entre os dois agora é de 10 pontos.

O mundial de Formula 1 tem corrida no domingo próximo, dia 12. Será a estreia da Rússia como sede de um Grande Prêmio.


domingo, 20 de abril de 2014

China - Massa azarado e Mercedes absoluta

(Da sucursal em Unaí-MG) - Hoje assisti a corrida como fazia há alguns anos, com meu pai e meu irmão. Legal dividir a sala com esses dois, no fim da madrugada, para acompanhar a corrida juntos, como fazíamos antigamente.

Meu pai chegou um pouco atrasado na sala e perdeu a largada.

E foi mais uma largadassa do Massa.

Felipe pulou do sexto lugar e engoliu o líder do campeonato, Nico Rosberg, da Mercedes. Na sequência, Massa se armou pelo centro da reta. Infelizmente, aí começou o início do fim.

Alonso tomou o mesmo rumo de Massa, já se posicionando para a primeira curva. Como os dois pilotos tomaram a mesmo direção, a física tratou de impor uma de suas leis. Massa e Alonso chocaram-se roda com roda, sem culpa de nenhum dos dois.

O brasileiro até quicou como resultado da porrada.

A pancada entre Massa e Alonso: culpa de ninguém e prejuízo só para Felipe. Foto:AFP

Massa, que se tivesse passado ileso por Alonso seria o segundo colocado ao final da primeira curva, com a cacetada acabou por aliviar o pé e ser obrigado a contentar-se com o quinto lugar.

Atrás dele, seu companheiro Valtteri Bottas passava pela mesma situação. Tomou de Nico Rosberg uma cacetada igual a de Massa, porém muito mais forte. O carro de Bottas quase rodou, mas o finlandês segurou as pontas e permaneceu sétimo.

A cacetada que os dois carros da Williams levaram foram servidas. Massa chegou a reclamar pelo rádio, dizendo que Alonso tinha o acertado. Vendo e revendo a largada, foi lance de corrida. O espanhol nem viu Felipe e não teve culpa alguma.

O problema de Felipe é o azar.

Quando foi para a primeira parada nos boxes, a Williams já serviu a Massa com uma cagada: as rodas traseiras estavam invertidas nas mãos dos mecânicos.

Sim, absurdamente invertidas.

A peça que deveria ser instalada no lado esquerdo estava na mão do borracheiro do lado direito. Bisonho, bizarro, erro primário.

Correria, rodas destrocadas, e aí vem a cereja do bolo: quem disse que os mecânicos conseguiam travar a porca da roda traseira esquerda? Provavelmente a cacetada empenou alguma coisa na base onde a roda se encaixa e o mecânico sofreu para prender a roda. No fim das contas, pregaram a peça com cuspe e cola Superbonder.

O resultado para Felipe foi voltar à pista em 21º. Só não voltou em 22º porque Adrian Sutil já tinha abandonado.

Fim de corrida para Massa, que passou o resto da prova lutando por uma recuperação sem muito efeito. Terminou em uma azarada 13ª colocação.

E Bottas, que tomou uma cacetada no mesmo ponto porém mais forte que a de Massa?

Com o finlandês da Williams, nada de diferente aconteceu nos boxes. Parou, tiraram as rodas usadas, colocaram as novas, carro no chão e piloto na pista. Fechou a corrida em 7º sem maiores percalços. Com o resultado de hoje Bottas mantém-se a frente de Massa na classificação do mundial de pilotos.

Massa, vá para a igreja. Só Deus para te tirar essa zica.

Lá na frente, Hamilton que não foi ameaçado por ninguém em momento algum, liderou da largada até a última volta. Mais uma vitória do piloto inglês, mais uma vitória da Mercedes.

Hamilton vence pela terceira vez consecutiva
no campeonato. Foto: Andy Wong/AP
Para Hamilton, a terceira vitória seguida não significou ser líder do campeonato. O companheiro do inglês na
Mercedes, Nico Rosberg, organizou-se depois do susto com Massa e do toque com Bottas na largada e terminou a prova no segundo lugar. Mesmo sem vencer, a constância de Rosberg ainda o faz líder do mundial.

Na Ferrari, Kimi Räikkönen demonstrou enorme apatia e saco-cheísmo. Não tem um carro legal e não está afim de brigar. Ficou lá no meio do grid, fingindo lutar por nada contra ninguém. Terminou em um apático oitavo lugar.

Alonso, que sempre tenta de tudo até o último minuto, recebeu como recompensa da luta o terceiro lugar no pódio. Ótimo resultado para a Ferrari.

Vettel viu, mais uma vez, o companheiro de Red Bull superá-lo. Ricciardo largou em segundo, já na frente de Vettel, e terminou em quarto lugar, também na frente do tetracampeão mundial.

Que fase de Vettel, que volta e meia vem tomando tempo de Ricciardo. Tá fácil perceber que não está feliz 
o alemãozinho, ex-prodígio.

No mais, a bandeirada fechou com Hamilton, Rosberg, Alonso, Ricciardo, Vettel, Hulkenberg, Bottas, Raikkonen, Perez, Kvyat, Button, Vergne, Magnussen, Maldonado, Massa, Gutierrez, Kobayashi, Bianchi, Chilton, Ericksson, Grosjean e Sutil.

Com a corrida da China, encerram-se as corridas asiáticas madrugáticas de começo de temporada. Nós, os tarados por F1 que acordamos para assistir a essas provas noturnas, agradecemos.

A próxima etapa é na Espanha, dia 11 de maio, com largada no horário tradicional de 9 da manhã.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Massa, Williams e o que pode fazer algum sentido.

Massa: últimos dias de Ferrari. Foto: Ferrari.com
(Da sucursal em Brasília - DF) - Massa pilotando para a Williams em 2014. A notícia foi dada na noite de ontem, pelo jornalista Américo Teixeira Jr, do Diário Motorsport. Para algumas “bombas exclusivas” não dou trela, mas quando vem de sujeitos como o Américo, entrego atenção. Ele não é de propagar balelas.

O que não significa que o que ele escreveu é absoluto.

Vou direto a dois pontos, naquilo que acho não fazer muito sentido nesta história.

1 - O contrato de cinco anos:

Felipe Massa tem 32 anos. Vettel tem 26. Hamilton, 28. A idade de Massa não é impeditiva para que ele tenha sucesso na Williams, mas um contrato de cinco anos encerra-se com o brasileiro aos 37. Não sei se valeria para a equipe inglesa, muito menos para Felipe, estender por tanto tempo esta parceria. Um contrato deste tamanho pode significar o último da carreira de Massa na F1, em uma equipe que não anda muito bem das pernas faz tempo.

2 - Massa entra sem levar patrocínios, na vaga de Pastor Maldonado:

Documento vazado pelo grandprix247.com:
 PDVSA pagou £26 milhões em patrocínios
para a Williams em 2012
Maldonado é hoje o grande financiador da Williams. O piloto tem como madrinha na F1 a estatal Petroleos de Venezuela SA, a PDVSA. Em um documento vazado em 2011, foi revelado que a petroleira da terra de Hugo Chávez depositou na conta da Williams valores em torno de R$ 100 milhões na compra de cotas de patrocínio para a temporada 2012 da F1.

É sabido que estes valores sustentam Maldonado no time. Não tiro o mérito dele como piloto, mas na F1 dinheiro faz diferença ao se buscar assento em um carro, especialmente nas equipes pequenas e médias.

Com a saída de Maldonado e a chegada de Massa, não vejo motivos para a PDVSA manter esse dinheiroduto abastecendo a Williams. E a equipe, na condição atual, não está em posição de jogar tanta grana fora.

O que vem em minha mente? A volta da Petrobras.

Entre 1998 e 2008 a empresa brasileira forneceu óleo e combustível para a Williams. Em um momento de questionamentos sobre a condição da Petrobras e as polêmicas do pré-sal, nada melhor que o retorno da marca ao circo da F1, apoiando um piloto brasileiro.

De concreto até agora o boato só gerou negativas dos empresários envolvidos nas negociações de Massa. Nicolas Todt, que gere a carreira do brasileiro, disse ao Estadão que a notícia é “uma fantasia”, e que Felipe está conversando com a Williams, mas também com a Lotus, a Sauber e a Force India.

Nesse salseiro todo, não duvido da notícia de Américo. A Lotus já deixou claro que quer o alemão Nico Hulkenberg na equipe, colocando Massa no banco de reservas. As outras duas equipes na jogada, Force India e Sauber, não se manifestaram sobre Massa.

Talvez a Williams veja em Felipe um salvador da pátria, um piloto que já foi rápido e que tem bagagem técnica extensa. Esta experiência poderá fazer diferença nos carros de 2014, que vão mudar bastante com os novos motores turbo. 

A alteração dos propulsores vai obrigar mudanças técnicas drásticas, dando oportunidade para respirar a uma equipe vencedora no passado e que tornou-se pequena em menos de uma década .

Um Belcar em Samambaia

Esse eu vi ontem pela manhã, perto de casa, em Samambaia. O lindo DKW-Vemag Belcar estava estacionado na porta de um comércio, com a escr...