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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Ovais não são chatos

(Da sucursal em Brasília-DF) - Seguindo a dica de meu amigo Gabriel Jabur, segue uma lista breve de argumentos que fazem qualquer comentário sobre monotonia de corridas em circuitos ovais serem dizimados.

Este tipo de circuito faz parte da cultura norte-americana. Por lá, são mais de 1.200 ovais de todos os tipos, espalhados pelo país.

E neles, coisas assim acontecem:




No templo sagrado dos ovais, Indianápolis, quatro pilotos trocam freneticamente de posições na disputa pela vitória na etapa da Indy Lights deste ano. No fim das contas, Peter Dempsey, que entrou na reta de chegada em quarto, aproveitou o vácuo dos carros à frente e levou a melhor.
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Cinco voltas de agonia, em uma batalha insana enter Hélio Castroneves e Scott Dixon no oval de Chigago, em 2008. Na volta final, cruzaram a linha de chegada tão próximos um do outro que ninguém conseguiu dizer quem tinha vencido. A loucura era tão grande no autódromo que as equipes dos pilotos comemoravam entre si, simplesmente pela disputa. O resultado oficial foi dado pela câmera que grava a chegada e Castroneves, que tinha largado na última posição, foi informado da vitória enquanto era entrevistado. 
A diferença de tempo entre os dois? 0,0033s

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Na Nascar, o pau quebra. Toques, batidas, quase tudo vale. E nas últimas duas voltas em Darlington, em 2003, Rickey Craven e Kurt Bush praticamente tentam matar um ao outro, levando ao extremo uma disputa que quase acabou em um grave acidente. Os carros passaram pela linha de chegada encostados, com uma nuvem de fumaça subindo formada pelos pneus se esfregando. Melhor para Rickey Crave que ganhou a batalha.


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Aqui, um vídeo épico. O final das 500 milhas de Indianápolis de 2011 foi estúpido. Hildebrand, um novato naquela temporada, viu o primeiro lugar cair em seu colo na última volta, quando vários pilotos que estavam à sua frente pararam por falta de combustível. Sei lá que diabos o garoto fez, se se empolgou, se tremeu nas bases, mas o resultado é bizarro. Na última curva, alguns metros distante de ser vitorioso na pista mais famosa do automobilismo mundial, Hildebrand erra e bate. Cruza a reta em segundo lugar, se esfregando muro afora e assiste de camarote a vitória de Dan Wheldon.


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Para fechar, uma bizarrice. O colombiano Juan Pablo Montoya, famoso pelo ímpeto suicida, esqueceu-se de que a pista estava em bandeira amarela e não aliviou o pé, na etapa de Daytona da Nascar de 2012. Em alta velocidade, assustou-se ao ver uma picape de serviço, daquelas que têm em suas caçambas turbinas a jato que assopram para limpar a pista. Montoya perdeu o controle do carro e atropelou a viatura. Uma bola de fogo subiu imediatamente. Por sorte e intervenção divina, nem o motorista do caminhão nem Montoya se feriram.



domingo, 20 de outubro de 2013

Hélio Castroneves, quase campeão na Indy. Dixon, campeão

Hélio: derrota no fim do campeonato.

(Da sucursal em Samambaia-DF) - Aos 38 anos e 276 largadas depois de sua estréia na Indy, Helio Castroneves por muito pouco não conquistou agora há pouco* seu primeiro título na Indy, no oval de Fontana.

Chamo só de Indy porque nunca tive paciência com essa história de Cart, IRL, Izod. Nunca entendi e não estou muito afim de entender, já já mudam o nome de novo mesmo.

Hélio liderou o campeonato até a etapa anterior a de hoje. Uma maré de azar tomou conta do Penske de Hélio, que apresentou problemas de câmbio na rodada dupla de Houston. A vantagem que o brasileiro tinha sobre o único rival na disputa pelo título, o neozelandês Scott Dixon, foi para o espaço e Hélio chegou a Fontana, palco da decisão, 25 pontos atrás do algoz no campeonato. 

Para a corrida final ambos não conseguiram boas posições de largada, mas o 12º de Hélio deu a ele esperança pelo distante 17º lugar de Dixon.

O brasileiro fez uma corrida consistente, começando a noite com uma largada agressiva. Livrou-se dos vários acidentes, ocupando o primeiro lugar em diversos momentos da corrida.

Depois da volta 200, a prova tomou um rumo inesperado, com Hélio sendo obrigado a parar para trocar o bico do carro, danificado em um toque que a TV não pegou. Esta parada fez ele perder uma volta em relação ao líder, tirando de vez as chances de ser campeão das mãos de Castroneves.
  
Scott Dixon, campeão da Indy 2013.
Foto: Chris Jones
Daí para frente, Dixon administrou o carro nas últimas voltas e recebeu a bandeira rosa (no lugar da verde, parte da campanha do outubro rosa) na quinta posição, mais do que suficiente para ser campeão. Com o de hoje, Dixon acumula três troféus de campeão da categoria.

Talvez Hélio tenha visto sua maior chance de ser campeão se perder em 2013. Na categoria desde 1998, Castroneves já ganhou três vezes as 500 Milhas de Indianápolis, que divide com o GP de Mônaco de Formula 1, o posto de corrida mais tradicional do automobilismo mundial e venceu a 28 provas na Indy.

Seria o 5º título brasileiro na Indy. Emerson Fittipaldi, Gil de Ferran (duas vezes), Cristiano da Matta (que atropelou um cervo em um treino em 2006 e quase morreu) e, por último, com Tony Kanaan, em 2004 já ganharam o campeonato.

Para o ano que vem a Indy promete. Hélio continuará na Penske e terá como companheiro Juan Pablo Montoya (se ele conseguir emagrecer para caber no carro). Tony Kanaan sairá da mediana KV e assumirá cockpit na Chip Ganassi. São dois brasileiros muito competentes campeões e em carros de ponta.

Indy agora só no ano que vem, no dia 30 de março, no circuito de rua de São Petesburgo.

(Quase entrando na época do recesso de corridas. Essa abstinência até março é uma merda.)


*Começou o horário de verão. Eu gosto e adiantei meu relógio assim que ele apontou 0h.

Um Belcar em Samambaia

Esse eu vi ontem pela manhã, perto de casa, em Samambaia. O lindo DKW-Vemag Belcar estava estacionado na porta de um comércio, com a escr...