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domingo, 6 de abril de 2014

Bahrein - ainda sem ar

(Da sucursal em Samambaia-DF) - A corrida de hoje foi uma coisa de louco, daquelas que te deixam alerta o tempo todo. Uma das melhores que já vi.

Vou dividir a prova de hoje em quatro  momentos que foram fundamentais para o resultado final.

O primeiro foi a largada.

Massa ganhou quatro posições e já era
terceiro na primeira curva. Foto:BBC
Fazia tempo que Felipe Massa não largava com a perfeição de hoje. Escorregou entre os carros e, ao final da primeira curva, já era terceiro, pulando de sétimo.

Massa vinha de um treino classificatório ruim, largou atrás do colega de equipe, o finlandês Valtteri Bottas, que tinha conseguido uma surpreendente terceira posição, atrás apenas das inatingíveis Mercedes. Precisava fazer uma corrida marcante para se tentar se impor diante de Bottas e começou bem demais.


Quando Valtteri piscou, viu a Williams de Massa na frente dele.

A corrida seguiu com uma movimentação insana, com ultrapassagens o tempo todo, brigas entre pilotos de mesma equipe e os dois carros da Mercedes sumindo na frente.

Rosberg, que perdeu o primeiro lugar na largada, manteve-se o tempo todo futucando a traseira de Hamilton. De dentro dos boxes, os engenheiros da Mercedes pediam calma aos seus pilotos, mas em momento algum proibiram que eles disputassem entre si.

Mais um ponto para os alemães. Além de construírem o melhor carro e o melhor motor, permitem que os torcedores tenham de seus pilotos o melhor que uma corrida de carros oferece, que é a disputa. O pau tem que comer em pista, e não no rádio.

A corrida se desenhava aos poucos. As Force India se tornaram competitivas por adotarem a tática de fazerem uma parada nos boxes a menos. A estratégia era interessante e os pilotos do time, Sergio Pérez e Nico Hülkenberg, souberam trabalhar muito bem dentro deste plano.

E neste ritmo frenético a corrida foi até a volta 41. E aí vem o segundo momento mais importante da bagaça toda.

Esta foi a obra de arte de Maldonado hoje: coitado
do Gutierrez que deve estar tonto até agora. Foto:AFP
Sei lá que merda Maldonado tem na cabeça. O venezuelano já tem fama suicida, já cometeu burrices inexplicáveis e, hoje, executou com primazia mais uma presepada.

Tudo bem que Gutierrez deu uma abusada ao fechar a trajetória ao defender-se, mas nos vídeos dá para perceber que cabia a Lotus no espaço que sobrava. Maldonado deixou o carro escapar um pouquinho a dianteira e deu uma cutucada na Sauber de Gutierrez. O resultado é este aí da foto, com o coitado do mexicano de cabeça para baixo.

Gutierrez saiu do carro grogue mas bem. Maldonado se ferrou, tomou punição de stop-and-go de 10 segundos. Também vai perder cinco posições no grid de largada na China, além de somar três pontos ao prontuário. Pelas novas regras da F1, pilotos que atingirem 12 pontos em uma temporada ficam suspensos por uma corrida.

A zona feita por Maldonado foi tão bem elaborada que o safety-car precisou entrar na pista enquanto tiravam o carro de Gutierrez da curva e limpavam os cacos que sobraram.

Na volta 47 o carro de segurança deixou o circuito e a coisa esquentou.

E aí começou o terceiro grande ato da prova.

Pela vitória brigavam Lewis Hamilton e Rosberg, que estava com pneus macios, mais rápidos que os pneus médios de Lewis. Com um show de pilotagem, disputas, trocas de posições, Hamilton se sustentou na frente até a bandeirada.

Hamilton: genial.
Corrida para o inglês colocar no portfólio e se vangloriar para o resto da vida. Ele foi genial.

Atrás dos absolutos da Mercedes, a briga não era menos intensa. Daniel Ricciardo, com pneus novos, ultrapassou o companheiro de equipe e tetracampeão mundial, Sebastian Vettel. O alemão até esboçou resistência, mas sem efeito. Poucas voltas depois, Ricciardo superou também a Hülkenberg e se instalou em uma confortável quarta posição, especialmente depois da maré de azar que afetou Ricciardo nas duas primeiras etapas do ano.

A entrada do safety-car atrapalhou a estratégia das Williams. Apesar da extrema combatividade, Massa e Bottas chegaram em 7º e 8º, seguidos por Alonso e Raikkonen.

O quarto grande momento? Alonso.



Se eu bem conheço as atitudes do espanhol, Alonso fez questão com a tal celebração de ironizar a condição da Ferrari. Na verdade, apesar de ter sido vice-campeão mundial por 3 vezes com os italianos, Alonso nunca teve um grande carro. Talvez a gota d’água esteja prestes a pingar e o ato irônico de hoje foi só um aviso. 

segunda-feira, 17 de março de 2014

Foi mal aê, Koba!

(Da sucursal em Brasília - DF) - Em minha análise do GP da Austrália, disse que Kamui Kobayashi tinha cometido uma grande barbeiragem ao acertar a traseira da Williams de Felipe Massa na primeira curva da corrida de ontem.

Apesar do pedido de desculpas feito publicamente pelo japonês a Felipe em seu perfil no Twitter, a Caterham soltou comunicado informando que o carro de Kobayashi sofreu uma pane nos freios traseiros, causando o acidente que tirou Massa da prova.

E, revendo o vídeo, realmente fica claro que  Kamui ficou rendido no cockpit.

Massa larga muito mal ao ponto de Raikkönen praticamente precisar desviar do brasileiro para não bater. Nisso, Koba vem de trás em uma boa largada, ganhando três posições pelo centro do grid.

Quando o japonês aciona os freios, os dianteiros claramente travam e os traseiros parecem inoperantes, com as rodas não produzindo fumaça alguma.

Foi mal aí, Koba, te chamei de barbeiro à toa.

domingo, 16 de março de 2014

Turmas de 2014 e de 2004

Sempre acho esta foto bacana, é um registro histórico muito legal. Posicionam os pilotos no meio da pista, uns de pé, outros assentados.

Os companheiros de equipe ficam lado a lado, e respeita-se mais ou menos, de baixo para cima, a colocação do campeonato do ano passado, sem muita frescura.

Em 2014, a turma da foto é esta aqui:

Da esquerda para a direita, de cima para baixo: Max Chilton e Jules Bianchi (Marussia); Kamui Kobayashi e Marcus Ericsson (Caterham); Jean-Éric Vergne e Danill Kvyat (Toro Rosso); Felipe Massa e Valterri Bottas (Williams); Adrian Sutil e Esteban Gutiérrez (Sauber); Nico Hülkenberg e Sergio Pérez (Force India); Romain Grosjean e Pastor Maldonado (Lotus); Lewis Hamilton e Nico Rosberg (Mercedes); Fernando Alonso  e Kimi Raikkönen (Ferrari); Sebastian Vettel e Daniel Riccardo (Red Bull) e Jenson Button e Kevin Magnussen (McLaren). 

Dei uma procurada na internet e encontrei a mesma foto, dez anos atrás. A fotografia abaixo foi feita em 2004, em Interlagos, no fechamento da temporada daquele ano. 

Jenson Button, Fernando Alonso, Kimi Raikkönen e Felipe Massa já estavam lá na imagem.

Outras duas informações legais é que três pilotos brasileiros compuseram a imagem e seis equipes que alinhavam no grid 10 anos atrás já não existem mais.

 Impressionante como uma década passa rápido. 


Da esquerda para a direita, de cima para baixo: Nick Heidfeld e Timo Glock (Jordan); Mark Webber e Christian Klien (Jaguar); Zsolt Baumgartner e Gianmaria Bruni (Minardi); Giancarlo Fischella e Felipe Massa (Sauber); Kimi Raikkönen e David Coulthard (McLaren); Ralf Schumacher e Juan Pablo Montoya (Williams); Jarno Trulli e Ricardo Zonta (Toyota); Jenson Button e Takuma Satto (BAR); Michael Schumacher e Rubens Barrichello (Ferrari) e Jacques Villeneuve e Fernando Alonso (Renault). 


Melbourne - Sorte e azar na estreia

Kobayashi ao atropelar Massa: Caterham disse que
faltaram freios. Eu duvido.
(Da sucursal em Samambaia-DF) - Ô sujeito azarado. Toda aquela maré de boa sorte, de  forças convergindo ao favor de Massa, durou meia reta.

Massa largou bem em Melbourne, vinha por fora na primeira curva e foi arrebentado por Kobayashi, que perdeu o ponto da freada e atropelou Felipe.

Fim de corrida para o brasileiro, que puto, indignado, babando de ódio, pediu punição rígida ao japonês da Catherham.

Sim, foi uma barbeirada de Koba. Merecia uma bela surra como punição.

Ainda na linha dos azarados, Vettel teve problemas em sua Red Bull e foi obrigado a encostar. Hamilton, que largou na pole, escutou pelo rádio a mensagem de "Lewis, box now!!!", vinda de seu engenheiro. Ou ele abandonava ou o motor ia para o espaço.

Para fazer o dia dos azarados ainda pior, os companheiros de equipe dos três fizeram ótima prova.

Bottas, companheiro de Massa na Williams, foi o destaque do domingo. Saiu de 15º, foi a 7º, errou, bateu, voltou ao fim do grid e  remou tudo até terminar em 6º (5° com a punição a Ricciardo). Não fosse a afobação que fez ele exagerar ao perseguir Alonso e tocar no muro da na curva dez, Bottas teria subido ao pódio.

A Red Bull que obrigou Vettel a abandonar, entregou um carro rápido a Ricciardo. O australiano estreou bem pela equipe e foi ao pódio em 2º, diante de sua torcida. Apesar da boa corrida, do pódio e da festa, Ricciardo recebeu horas depois da prova a amarga notícia de que perdera o 2º lugar e de que fora desclassificado da prova. O comissários da FIA encontraram irregularidades no fluxo de combustível pela bomba, que estava além do permitido. Mesmo com as explicações da Red Bull, Ricciardo rodou. 

Menos mal para Vettel.

Para Hamilton, o pior dos cenários. Rosberg, seu parceiro na Mercedes, venceu o GP. Foi praticamente absoluto e passeou depois de largar em terceiro e roubar a ponta de Hamilton antes dele poder tentar reagir.

No fim das contas, o saldo é de que começou bem a temporada da Formula 1. Corrida pegada, com muitas ultrapassagens e disputas de posições.

Rosberg vibra com vitória na Austrália. Ricciardo, em segundo, foi desclassificado
e Magnussen, à direita, herdou a posição e fez ótima estreia na F1. Foto:AFP


Valeu a pena ficar acordado.

Deu para se comprovar algumas teorias. A vitória de Rosberg provou como a Mercedes (motor e equipe), estão bem. A boa corrida de Bottas reforça que a Williams tem chances reais de vitória.

Os motores Renault ainda têm problemas, a Ferrari anda com constância mas não é rápida o suficiente para brigar pela vitória e a Lotus morreu. Aquela equipe forte, com Raikkonen ao volante, ficou em 2013. Maldonado e Grosjean faziam prova mediana e abandonaram.

A temporada volta na Malásia, dia 28 de março. 

Ainda aposto em Massa. Só falta a ele um pouco de sorte.

Resultado final do GP da Austrália de 2014:


1. Nico Rosberg (ALE/Mercedes): 1h32m58s710
2. Kevin Magnussen (DIN/McLaren-Mercedes): +26s777 
3. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes): +30s027 
4. Fernando Alonso (ESP/Ferrari): +35s284 
5. Valtteri Bottas (FIN/Williams-Mercedes): +47s639 
6. Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes): +50s718 
7. Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari): +57s675 
8. Jean-Eric Vergne (FRA/STR-Renault): +1m00s441 
9. Daniil Kvyat (RUS/STR-Renault): +1m03s585 
10. Sergio Perez (MEX/Force India-Mercedes): +1m25s916 
11. Adrian Sutil (ALE/Sauber-Ferrari): +1 volta
12. Esteban Gutierrez (MEX/Sauber-Ferrari): +1 
13. Max Chilton (ING/Marussia-Ferrari): +2 
14. Jules Bianchi (FRA/Marussia-Ferrari): +8 

Não completaram:
Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault): 43 voltas
Pastor Maldonado (VEN/Lotus-Renault): 29 
Marcus Ericsson (SUE/Caterham-Renault): 27 
Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault): 3 
Lewis Hamilton (ING/Mercedes): 2 
Kamui Kobayashi (JAP/Caterham-Renault): 0 
Felipe Massa (BRA/Williams-Mercedes): 0 
Daniel Ricciardo (AUS/RBR-Renault): desclassificado

Mundial de Pilotos:
1.  Nico Rosberg:  25 pontos
2.  Kevin Magnussen: 18
3.  Jenson Button: 15
4.  Fernando Alonso: 12
5.  Valtteri Bottas: 10
6.  Nico Hulkenberg: 8
7.  Kimi Raikkonen: 6
8.  Jean-Eric Vergne: 4
9.  Daniil Kvyat: 2
10. Sergio Pérez: 1

Mundial de Construtores:

 1.  McLaren/Mercedes: 33 pontos
 2.  Mercedes: 25
 3.  Ferrari: 18
 4.  Williams/Mercedes: 10
 5.  Force India/Mercedes: 8
 6.  STR/Renault: 6

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Saíram os números!

Felipe Massa anunciou com uma imagem
no Instagram a escolha pelo número 19.
(Da sucursal em Brasília – DF) – Como comentei neste post, a Formula 1 deixou de numerar os pilotos pela classificação no mundial da temporada anterior e liberou aos pilotos a escolha da numeração que vão exibir nos carros, como é feito na Nascar, na Moto GP, na Stock Car.

Achei a ideia muito legal, já que o corredor vai poder manter o mesmo número até o final da carreira, se quiser.  É uma forma de aumentar a ligação dos fãs com seus pilotos favoritos e cria mais uma maneira dos pilotos explorarem publicidade. O número 46 de Valentino Rossi, por exemplo, virou um ícone na Moto GP.

Ficou assim a numeração dos carros para a temporada 2014 da F1:

Red Bull Racing
1 - Sebastian Vettel  - Vettel reservou o nº5, mas optou pela preferência que tem em estampar o nº1, já que foi campeão no ano passado.
3 - Daniel Ricciardo

Mercedes
6 - Nico Rosberg
44 - Lewis Hamilton

Ferrari
7 - Kimi Raikkonen
14 - Fernando Alonso

Lotus
8 - Romain Grosjean
13 - Pastor Maldonado

McLaren
20 - Kevin Magnussen
22 - Jenson Button

Force India
11 - Sergio Pérez
27 - Nico Hulkenberg

Sauber
21 - Esteban Gutiérrez
99 - Adrian Sutil

Williams
19 - Felipe Massa – Era o número que Massa usava quando era kartista, ainda. Tomara que traga sorte.
77 - Valtteri Bottas – Foi esperto e vai aproveitar o 77 para vender sua marca, Bo77as.

STR
25 - Jean-Eric Vergne
26 - Daniil Kvyat     

Marussia
17 - Jules Bianchi
A confirmar - Max Chilton

Caterham
Ainda sem pilotos.


Um Belcar em Samambaia

Esse eu vi ontem pela manhã, perto de casa, em Samambaia. O lindo DKW-Vemag Belcar estava estacionado na porta de um comércio, com a escr...