A Infraero soltou ontem uma nota oficial que afirma que a intenção do presidente do órgão na verdade era dizer "etapear" e não "tapear".
Segue a nota, na íntegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, lamenta que um erro de expressão cometido por ele em entrevista coletiva concedida ontem (07/04), após a assinatura do contrato de concessão do Aeroporto de Confins, utilizando o verbo “tapear”, quando queria dizer “etapear” (um neologismo usual no ambiente de acompanhamento de obras), para explicar as diversas etapas da reforma daquele aeródromo, tenha sido entendido por algumas pessoas como enganar e iludir.
Os próprios jornalistas que participavam da entrevista, ao notarem a completa desconexão entre o objeto da resposta e o verbo utilizado, corrigiram a fala do presidente, alguns até mesmo em tom de brincadeira. Ficou claro que o termo utilizado estava incorreto, foi corrigido, razão pela qual manifestamos surpresa pelo destaque dado por alguns veículos da imprensa ao termo mal utilizado.
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Acho que a reação que tanto espantou a Infraero vem da perplexidade de todos diante da proximidade da Copa do Mundo, associada à condição atual de obras de infraestrutura, incluindo aeroportuárias, espalhadas por todo o Brasil.
Infraestrutura é o grande problema do Brasil atualmente. Diversos setores da economia nacional não crescem exatamente por estarem presos a amarras de infraestrutura.
A Copa do Mundo era a esperança de muitos como o grande motivo para um forte investimento em infraestrutura que nos trouxesse um legado que mudaria o Brasil.
Julho está chegando e muita coisa ainda não mudou.
Assim, como não sou nem orgulhoso nem arrogante, peço desculpas ao presidente da Infraero quando titulei o post como "Gestão de Merda". Eu ouvi este áudio alguma vezes e "tapear" era evidente, gerando em mim e em muita gente um sentimento de revolta absurdo.
Mas se ele não disse, não disse. E em uma democracia, o direito de se justificar vem grudado ao direito de protestar e de discordar.
E sobre a gestão pública brasileira, sim, ela precisa evoluir. E muito.