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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Que voltem os velhos tempos


Velhos posts clearwater revival
 
Nesta seção busco coisas antigas que já escrevi e as jogo aqui novamente. O texto abaixo publiquei em meu perfil no Facebook, em 17 de julho de 2013, por motivo da morte da piloto da motovelocidade, Vanessa Daya, no autódromo de Brasília.
 
Na época a reforma do autódromo já era muito falada, mas os problemas de sempre ainda estavam lá.

Li ontem que a obra foi adiada, fica para o ano que vem. Uma pena este novo adiamento, mas fico na esperança de estas obras aconteçam mesmo, com um projeto que dê espaço para motociclismo, automobilismo e também para o kartismo, fundamental na formação de atletas.

Continuo na torcida pelo nosso Autódromo Internacional Nelson Piquet.

Ingresso para o GP de Brasília
de Fórmula 1 de 1974: que voltem os bons tempos.

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Infelizmente, aconteceu.

Em dezembro de 2011, fiz uma longa matéria para a revista meiaum. Falei sobre nosso autódromo. 

Uma pista bela, técnica, respeitada pelo traçado, pela localização, pela atenção que o projeto deu ao público e por ter revelado tantos talentos do automobilismo para o mundo, mas que nas condições de hoje, é perigosa para quem corre de Turismo, temerosa para quem corre de Fórmula e absurda para quem corre em motos.

E infelizmente, hoje aconteceu. A piloto Vanessa Daya, um talento da motovelocidade, não suportou os ferimentos causados pela queda que sofreu no domingo, em etapa do Brasiliense de Motovelocidade e morreu.

As primeiras notícias que li ainda no domingo davam conta de que ela havia caído em uma vala. Depois, essa versão foi desmentida e passou a valer a de que ela foi atropelada pela própria moto. Não posso afirmar nada, não dá para dizer que as condições da pista mataram Vanessa. Mas a história mudou, a piloto teve ferimentos gravíssimos e morreu. Quando fiz a matéria, em 2011, vi bueiros destampados, zebras defeituosas, guard-rails com escoras quebradas e amarradas por arames, pneus soltos nas barreiras, áreas de escape desniveladas. Tudo isso corroborado por Felipe Maluhy e por Luciano Burti, pilotos da Stock Car com quem conversei na época.

Sei que nossa cidade precisa de muito em serviços básicos. Investir no autódromo é meio sem lógica quando não se tem transporte de qualidade, quando sou obrigado a deixar de vacinar meu filho em um posto de saúde e optar por pagar pelas vacinas por não confiar no serviço que o Estado me presta, mas permitir que as coisas continuem acontecendo da maneira como estão, não dá.

O automobilismo incentiva o desenvolvimento tecnológico. Uma cidade com cultura de esporte a motor incentiva a formação de profissionais da área de engenharia, TI, mecânica, elétrica e várias outras. Profissionais de alta qualificação, que incrementam o desenvolvimento de um país. Nosso autódromo não pode morrer. Precisa voltar a ser belo, imponente e, especialmente, um espaço que promova o desenvolvimento de Brasília.

Ficamos todos tristes. Boa sorte aos que correm ali. 

O PDF da edição da meiaum pode ser baixado clicando aqui. A matéria que na época foi capa, de título “Gigante desprestigiado” começa na página 28.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O mantra da estabilidade


Velhos posts clearwater revival


Nesta seção busco coisas antigas que já escrevi e as jogo aqui novamente. O texto abaixo publiquei em meu perfil no Facebook, em 30 de janeiro de 2013.

E, antes de que as discussões que na época aconteceram ressuscitem aqui, leia atentamente antes de se rebelar. O post não é contra a estabilidade, mas contra os que usam a estabilidade para se "aposentar" ao tomar posse.

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Vi essa matéria e fiquei puto. É um absurdo.


Estabilidade, estabilidade, estabilidade. Parece um mantra.

E nenhum dos entrevistados na matéria diz que quer ser servidor público. O serviço ao cidadão é deixado de lado, o que vale é a porcaria da estabilidade. É uma metralhadora, qualquer concurso vale, desde que o salário valha a pena. Não existe afinidade ou prazer no trabalho, apenas a estabilidade. E essa falta de prazer no que faz só ajuda o Brasil a estar no atraso que vivemos. Serviço público lotado de estáveis. 

Diálogo repórter - entrevistada:
Repórter: - Fulana quer passar num concurso público até o meio do ano.

Entrevistada: - Daqui a cinco anos eu quero estar estável, eu quero estar bem, eu quero ter a minha casa, meu carro, quero comprar as coisas que eu desejar, quero viajar, quero estar tranquila.

E sobre o trabalho, o que você quer? Sabe o que é ser servidor público? Sabe de onde vem este dinheiro que vai pagar seu salário todos os meses?

Isso é insano. Adolescentes com 16, 17 anos em cursinhos, pensando em uma vaga em emprego público. Não sabem nem a carreira que querem seguir e já têm a estabilidade na cabeça. E, coitados, não têm culpa. Isso é cultural, é visceral, é natural. E enquanto não mudarem algumas regras para a admissão de servidores, essa cultura será sustentada.

Conheço servidores públicos que trabalham de verdade. São pessoas que amam o que fazem e trabalham direito. Mas, infelizmente, nas últimas vezes que precisei do serviço público, me deparei com estáveis, que não fazem a mínima questão de atender o cidadão. Apenas cumprem horário. 

E se você reclamar, pode ser acusado de desacato ao estável e ser preso.

Chega dessa mania de estabilidade. É com trabalho que se faz um País, não com estabilidade. Se quer fazer um concurso público, procure uma área que o atraia e trabalhe com vontade. Enfie na cabeça que o concurso te dá a benesse da estabilidade, mas cobra de você o SERVIÇO AO CIDADÃO. E sirva, como a palavra define. Trate o cidadão como seu CLIENTE, e não como um empecilho, um fardo a ser arrastado até o final da carreira. 

Sei que os bons servidores, que fazem o que gostam e entregam ao cidadão bom serviço, não vão se incomodar com o que escrevi aqui. 

Um Belcar em Samambaia

Esse eu vi ontem pela manhã, perto de casa, em Samambaia. O lindo DKW-Vemag Belcar estava estacionado na porta de um comércio, com a escr...