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quinta-feira, 6 de março de 2014

Bela Williams

Como a negociação das cotas dos maiores patrocínios na Williams foram fechadas definitivamente no final de fevereiro, só agora a equipe inglesa apresentou as cores do FW36, que será pilotado por Valtteri Bottas e pelo brasileiro Felipe Massa.

A Williams FW36, pilotada por Felipe Massa
A grande novidade na pintura é a Martini, fabricante de bebidas. Como principal patrocinadora do time, ela dita as cores do carro que é predominantemente branco, com grafismos em azul e vermelho.

O nome da equipe também mudou. Agora os ingleses assinam Williams Martini Racing.  

E o carro ficou especialmente bonito. A cor branca conseguiu aliviar o desenho esquisito do bico e os traços em cor deixaram o conjunto muito elegante. É o mais belo do grid.

Seguindo o layout do bólido, os macacões dos pilotos também são muito bacanas e relembram velhos tempos de um automobilismo romântico, dos anos 1970, 1980, quando a Martini estampava carros e vestimentas em diversas categorias mundo afora.

20 anos de homenagem a Ayrton
Na carenagem do motor está a marca do Banco do Brasil. Na lateral, na região onde ficam as pernas do piloto, está estampada a Petrobras. No bico, uma foto de Ayrton Senna, com os dizeres “Ayrton Senna Sempre”, mantendo a homenagem que a equipe sempre fazdesde que o brasileiro perdeu a vida em dos carros da Williams, em 1994.

É uma legião brasileira, completada pela presença de Massa no assento titular e por Felipe Nasr, o brasiliense reserva do time.

E todo esse clima está me dando uma boa sensação.

Massa se deu muito bem ao fechar com uma desacreditada Williams, que fez campeonato inexpressivo em 2013, marcando apenas cinco pontos e fechando o ano em um constrangedor 9º lugar no mundial de equipes, superando apenas as nanicas Marussia e Caterham.

A extrema mudança nas regras para 2014, especialmente nos pontos que tratam dos motores, viraram o jogo. A Williams abandonou a Renault e agora usa motores Mercedes.

Sorte.

A Renault está deixando a campeã mundial Red Bull de cabelos em pé. Os motores franceses estão muito aquém da concorrência, com potência de menos e problemas de mais. Nos testes feitos em Jerez, no mês passado, a Mercedes completou 875 voltas. A Renault conseguiu cruzar a reta dos boxes apenas 151 vezes. Para piorar o comparativo, o melhor tempo de um motor Renault foi mais de seis segundos mais lento quando comparado ao melhor tempo de um carro empurrado pela Mercedes.

Muita sorte.

Felipe Massa e o
elegante novo macacão
E nessa conjunção de eventos, Felipe Massa fechou os testes no Bahrein com o melhor tempo combinado. Por isso, é favorito a vencer na etapa de abertura da F1, em Melbourne, na Austrália, em 16 de março.

Quando vejo um começo de temporada assim, com um quadro de mudanças e reviravoltas acontecendo, enxergo uma luz no fim do túnel do ostracismo de duas décadas do Brasil na F1.

Massa campeão?

Talvez.

Em 2009 Rubens Barrichello teve oportunidade parecida com a de Massa agora. Ao volante da estreante Brawn, não teve tranquilidade e viu o título de campeão mundial escorrer pelas mãos. Na época, também com diversas mudanças de regulamento, a Brawn soube usar a seu favor as alterações e construiu o carro campeão da temporada, com Jenson Button levando o título de pilotos e deixando Barrichello a ver navios.


Ficou a lição. Se a Williams se confirmar como o melhor carro de 2014, Massa pode ter sua grande chance, e talvez única, de erguer o título de campeão mundial.


Mais uma do FW36


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O S eterno

O S, no FW36. Tradição em uma homenagem
sincera de Sir Frank Williams
(Da surcusal em Brasília-DF) - Em 19 de julho de 1983, Ayrton Senna e Frank Williams começaram uma história de parceria de poucas voltas, mas que até hoje, quase 20 anos depois da morte do brasileiro, marca os carros que saem da tradicional equipe inglesa de F1.

Senna, ainda uma jovem revelação que liderava a temporada da F3 Inglesa daquele ano, recebeu de Frank Williams um convite para guiar o FW08C, carro da equipe usado por Keke Rosberg na temporada de 1983 da Formula 1.

Foi o primeiro contato de Ayrton com um carro da principal categoria do automobilismo mundial. 

De maneira absurda, como quase tudo na carreira do brasileiro, Senna adaptou-se rapidamente ao F1 e depois de 83 voltas, quebrou o recorde do circuito de Donington Park, na Inglaterra.

Apesar do teste com resultados excepcionais, quis o destino que Frank Williams e Ayrton Senna não fechassem acordo para a temporada de 1984. Senna estreou na Formula 1 pela pequena Toleman e os dois só trabalhariam juntos em 1994.

E neste reencontro, largaram apenas três vezes juntos. Na temporada de 1994, Senna já era tricampeão mundial e vinha motivado para guiar aquele que foi o carro imbatível em 1992 e em 1993.

Frank tinha a Williams perfeita nas mãos e queria o piloto perfeito para guia-la.

O fim da breve história aconteceu no macabro e estranho GP de San Marino de 1994, na Itália, quando Senna perdeu o controle de sua Williams e acidentou-se violentamente na curva Tamburello, morrendo horas depois.

A história de Senna na Formula 1 começou e terminou ao volante de uma Williams e isto parece ter mexido com Sir Frank em um nível que extrapolou a barreira dos boxes e foi ao pessoal.

Desde a morte de Senna, os carros de Frank Williams estampam em seus bicos o S, marca registrada de Ayrton. Não importa o desing ou as cores que vistam o modelo, o S está lá.

No último dia 28, um fã perguntou no twitter oficial da equipe se não fariam mais a homenagem a Senna no novo carro. A resposta da Williams foi rápida e direta: "Está lá com certeza, nunca será esquecido".

Segundo Frank Williams a ponta do carro é o lugar de Senna. Ali, ele continua sempre chegando à frente de todos.

Um Belcar em Samambaia

Esse eu vi ontem pela manhã, perto de casa, em Samambaia. O lindo DKW-Vemag Belcar estava estacionado na porta de um comércio, com a escr...