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Bela Williams

Como a negociação das cotas dos maiores patrocínios na Williams foram fechadas definitivamente no final de fevereiro, só agora a equipe inglesa apresentou as cores do FW36, que será pilotado por Valtteri Bottas e pelo brasileiro Felipe Massa.

A Williams FW36, pilotada por Felipe Massa
A grande novidade na pintura é a Martini, fabricante de bebidas. Como principal patrocinadora do time, ela dita as cores do carro que é predominantemente branco, com grafismos em azul e vermelho.

O nome da equipe também mudou. Agora os ingleses assinam Williams Martini Racing.  

E o carro ficou especialmente bonito. A cor branca conseguiu aliviar o desenho esquisito do bico e os traços em cor deixaram o conjunto muito elegante. É o mais belo do grid.

Seguindo o layout do bólido, os macacões dos pilotos também são muito bacanas e relembram velhos tempos de um automobilismo romântico, dos anos 1970, 1980, quando a Martini estampava carros e vestimentas em diversas categorias mundo afora.

20 anos de homenagem a Ayrton
Na carenagem do motor está a marca do Banco do Brasil. Na lateral, na região onde ficam as pernas do piloto, está estampada a Petrobras. No bico, uma foto de Ayrton Senna, com os dizeres “Ayrton Senna Sempre”, mantendo a homenagem que a equipe sempre fazdesde que o brasileiro perdeu a vida em dos carros da Williams, em 1994.

É uma legião brasileira, completada pela presença de Massa no assento titular e por Felipe Nasr, o brasiliense reserva do time.

E todo esse clima está me dando uma boa sensação.

Massa se deu muito bem ao fechar com uma desacreditada Williams, que fez campeonato inexpressivo em 2013, marcando apenas cinco pontos e fechando o ano em um constrangedor 9º lugar no mundial de equipes, superando apenas as nanicas Marussia e Caterham.

A extrema mudança nas regras para 2014, especialmente nos pontos que tratam dos motores, viraram o jogo. A Williams abandonou a Renault e agora usa motores Mercedes.

Sorte.

A Renault está deixando a campeã mundial Red Bull de cabelos em pé. Os motores franceses estão muito aquém da concorrência, com potência de menos e problemas de mais. Nos testes feitos em Jerez, no mês passado, a Mercedes completou 875 voltas. A Renault conseguiu cruzar a reta dos boxes apenas 151 vezes. Para piorar o comparativo, o melhor tempo de um motor Renault foi mais de seis segundos mais lento quando comparado ao melhor tempo de um carro empurrado pela Mercedes.

Muita sorte.

Felipe Massa e o
elegante novo macacão
E nessa conjunção de eventos, Felipe Massa fechou os testes no Bahrein com o melhor tempo combinado. Por isso, é favorito a vencer na etapa de abertura da F1, em Melbourne, na Austrália, em 16 de março.

Quando vejo um começo de temporada assim, com um quadro de mudanças e reviravoltas acontecendo, enxergo uma luz no fim do túnel do ostracismo de duas décadas do Brasil na F1.

Massa campeão?

Talvez.

Em 2009 Rubens Barrichello teve oportunidade parecida com a de Massa agora. Ao volante da estreante Brawn, não teve tranquilidade e viu o título de campeão mundial escorrer pelas mãos. Na época, também com diversas mudanças de regulamento, a Brawn soube usar a seu favor as alterações e construiu o carro campeão da temporada, com Jenson Button levando o título de pilotos e deixando Barrichello a ver navios.


Ficou a lição. Se a Williams se confirmar como o melhor carro de 2014, Massa pode ter sua grande chance, e talvez única, de erguer o título de campeão mundial.


Mais uma do FW36


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