Barulhinho bom (6)

Em 1952, a Alfa Romeu montou o Disco Volante, um protótipo esportivo em parceria com a fábrica de carrocerias de Milão, a Touring. O carro tinha diversas novidades para a época, com desenho afinado em túnel de vento.

Seis décadas depois a Touring reeditou o clássico. Usando a base do Alfa 8C Competizione, monta desde 2012, artesanalmente, o Touring Superleggera Disco Volante.

Os dois Disco Volante. Prefiro o de 1952.

Cada carro precisa de 4 mil horas para ser finalizado. Só é produzido sob encomenda e o preço, na Europa, aproxima-se da casa dos R$ 500 mil.

Para justificar tal preço, além do design, o Disco Volante é empurrado por um motor V8, de 4.7 litros, com 450 cavalos de potência.

A aceleração de 0 a 100 km/h acontece em 4,2 segundos e a velocidade máxima é de 290 km/h.

Mas o que importa neste post é o barulho. Aumente o volume, coloque o vídeo em HD e curta o urro do V8.

A dica foi do Gabriel Jabur, do site parceiro DriveBrazil.

Foi mal aê, Koba!

(Da sucursal em Brasília - DF) - Em minha análise do GP da Austrália, disse que Kamui Kobayashi tinha cometido uma grande barbeiragem ao acertar a traseira da Williams de Felipe Massa na primeira curva da corrida de ontem.

Apesar do pedido de desculpas feito publicamente pelo japonês a Felipe em seu perfil no Twitter, a Caterham soltou comunicado informando que o carro de Kobayashi sofreu uma pane nos freios traseiros, causando o acidente que tirou Massa da prova.

E, revendo o vídeo, realmente fica claro que  Kamui ficou rendido no cockpit.

Massa larga muito mal ao ponto de Raikkönen praticamente precisar desviar do brasileiro para não bater. Nisso, Koba vem de trás em uma boa largada, ganhando três posições pelo centro do grid.

Quando o japonês aciona os freios, os dianteiros claramente travam e os traseiros parecem inoperantes, com as rodas não produzindo fumaça alguma.

Foi mal aí, Koba, te chamei de barbeiro à toa.

Turmas de 2014 e de 2004

Sempre acho esta foto bacana, é um registro histórico muito legal. Posicionam os pilotos no meio da pista, uns de pé, outros assentados.

Os companheiros de equipe ficam lado a lado, e respeita-se mais ou menos, de baixo para cima, a colocação do campeonato do ano passado, sem muita frescura.

Em 2014, a turma da foto é esta aqui:

Da esquerda para a direita, de cima para baixo: Max Chilton e Jules Bianchi (Marussia); Kamui Kobayashi e Marcus Ericsson (Caterham); Jean-Éric Vergne e Danill Kvyat (Toro Rosso); Felipe Massa e Valterri Bottas (Williams); Adrian Sutil e Esteban Gutiérrez (Sauber); Nico Hülkenberg e Sergio Pérez (Force India); Romain Grosjean e Pastor Maldonado (Lotus); Lewis Hamilton e Nico Rosberg (Mercedes); Fernando Alonso  e Kimi Raikkönen (Ferrari); Sebastian Vettel e Daniel Riccardo (Red Bull) e Jenson Button e Kevin Magnussen (McLaren). 

Dei uma procurada na internet e encontrei a mesma foto, dez anos atrás. A fotografia abaixo foi feita em 2004, em Interlagos, no fechamento da temporada daquele ano. 

Jenson Button, Fernando Alonso, Kimi Raikkönen e Felipe Massa já estavam lá na imagem.

Outras duas informações legais é que três pilotos brasileiros compuseram a imagem e seis equipes que alinhavam no grid 10 anos atrás já não existem mais.

 Impressionante como uma década passa rápido. 

Da esquerda para a direita, de cima para baixo: Nick Heidfeld e Timo Glock (Jordan); Mark Webber e Christian Klien (Jaguar); Zsolt Baumgartner e Gianmaria Bruni (Minardi); Giancarlo Fischella e Felipe Massa (Sauber); Kimi Raikkönen e David Coulthard (McLaren); Ralf Schumacher e Juan Pablo Montoya (Williams); Jarno Trulli e Ricardo Zonta (Toyota); Jenson Button e Takuma Satto (BAR); Michael Schumacher e Rubens Barrichello (Ferrari) e Jacques Villeneuve e Fernando Alonso (Renault). 

Melbourne - Sorte e azar na estreia

Kobayashi ao atropelar Massa: Caterham disse que
faltaram freios. Eu duvido.

(Da sucursal em Samambaia-DF) - Ô sujeito azarado. Toda aquela maré de boa sorte, de  forças convergindo ao favor de Massa, durou meia reta.

Massa largou bem em Melbourne, vinha por fora na primeira curva e foi arrebentado por Kobayashi, que perdeu o ponto da freada e atropelou Felipe.

Fim de corrida para o brasileiro, que puto, indignado, babando de ódio, pediu punição rígida ao japonês da Catherham.

Sim, foi uma barbeirada de Koba. Merecia uma bela surra como punição.

Ainda na linha dos azarados, Vettel teve problemas em sua Red Bull e foi obrigado a encostar. Hamilton, que largou na pole, escutou pelo rádio a mensagem de "Lewis, box now!!!", vinda de seu engenheiro. Ou ele abandonava ou o motor ia para o espaço.

Para fazer o dia dos azarados ainda pior, os companheiros de equipe dos três fizeram ótima prova.

Bottas, companheiro de Massa na Williams, foi o destaque do domingo. Saiu de 15º, foi a 7º, errou, bateu, voltou ao fim do grid e  remou tudo até terminar em 6º (5° com a punição a Ricciardo). Não fosse a afobação que fez ele exagerar ao perseguir Alonso e tocar no muro da na curva dez, Bottas teria subido ao pódio.

A Red Bull que obrigou Vettel a abandonar, entregou um carro rápido a Ricciardo. O australiano estreou bem pela equipe e foi ao pódio em 2º, diante de sua torcida. Apesar da boa corrida, do pódio e da festa, Ricciardo recebeu horas depois da prova a amarga notícia de que perdera o 2º lugar e de que fora desclassificado da prova. O comissários da FIA encontraram irregularidades no fluxo de combustível pela bomba, que estava além do permitido. Mesmo com as explicações da Red Bull, Ricciardo rodou. 

Menos mal para Vettel.

Para Hamilton, o pior dos cenários. Rosberg, seu parceiro na Mercedes, venceu o GP. Foi praticamente absoluto e passeou depois de largar em terceiro e roubar a ponta de Hamilton antes dele poder tentar reagir.

No fim das contas, o saldo é de que começou bem a temporada da Formula 1. Corrida pegada, com muitas ultrapassagens e disputas de posições.

Rosberg vibra com vitória na Austrália. Ricciardo, em segundo, foi desclassificado
e Magnussen, à direita, herdou a posição e fez ótima estreia na F1. Foto:AFP

Valeu a pena ficar acordado.

Deu para se comprovar algumas teorias. A vitória de Rosberg provou como a Mercedes (motor e equipe), estão bem. A boa corrida de Bottas reforça que a Williams tem chances reais de vitória.

Os motores Renault ainda têm problemas, a Ferrari anda com constância mas não é rápida o suficiente para brigar pela vitória e a Lotus morreu. Aquela equipe forte, com Raikkonen ao volante, ficou em 2013. Maldonado e Grosjean faziam prova mediana e abandonaram.

A temporada volta na Malásia, dia 28 de março. 

Ainda aposto em Massa. Só falta a ele um pouco de sorte.

Resultado final do GP da Austrália de 2014:

1. Nico Rosberg (ALE/Mercedes): 1h32m58s710
2. Kevin Magnussen (DIN/McLaren-Mercedes): +26s777 
3. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes): +30s027 
4. Fernando Alonso (ESP/Ferrari): +35s284 
5. Valtteri Bottas (FIN/Williams-Mercedes): +47s639 
6. Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes): +50s718 
7. Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari): +57s675 
8. Jean-Eric Vergne (FRA/STR-Renault): +1m00s441 
9. Daniil Kvyat (RUS/STR-Renault): +1m03s585 
10. Sergio Perez (MEX/Force India-Mercedes): +1m25s916 
11. Adrian Sutil (ALE/Sauber-Ferrari): +1 volta
12. Esteban Gutierrez (MEX/Sauber-Ferrari): +1 
13. Max Chilton (ING/Marussia-Ferrari): +2 
14. Jules Bianchi (FRA/Marussia-Ferrari): +8 

Não completaram:
Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault): 43 voltas
Pastor Maldonado (VEN/Lotus-Renault): 29 
Marcus Ericsson (SUE/Caterham-Renault): 27 
Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault): 3 
Lewis Hamilton (ING/Mercedes): 2 
Kamui Kobayashi (JAP/Caterham-Renault): 0 
Felipe Massa (BRA/Williams-Mercedes): 0 
Daniel Ricciardo (AUS/RBR-Renault): desclassificado

Mundial de Pilotos:
1.  Nico Rosberg:  25 pontos
2.  Kevin Magnussen: 18
3.  Jenson Button: 15
4.  Fernando Alonso: 12
5.  Valtteri Bottas: 10
6.  Nico Hulkenberg: 8
7.  Kimi Raikkonen: 6
8.  Jean-Eric Vergne: 4
9.  Daniil Kvyat: 2
10. Sergio Pérez: 1

Mundial de Construtores:

 1.  McLaren/Mercedes: 33 pontos
 2.  Mercedes: 25
 3.  Ferrari: 18
 4.  Williams/Mercedes: 10
 5.  Force India/Mercedes: 8
 6.  STR/Renault: 6

Treinos + Pitaco + Soneca no sofá

Não escrevi uma linha sobre os treinos de ontem.

O motivo?

Apaguei no sofá.

Sensação engraçada, me fez voltar a minha infância e adolescência, lá em Minas. 

Quando era moleque, meu irmão e eu sempre pedíamos ao meu pai que nos acordasse para assistirmos às corridas da madrugada. Naquela época a Formula 1 visitava poucas vezes o outros lado do mundo.

Se não estou enganado, nos anos 1990, só precisávamos madrugar para assistir aos GPs do Japão e da Austrália. Hoje, com esta fixação pelo Oriente de Bernie Ecclestone, os sacrifícios dos fanáticos serem forçados a manterem-se acordados noite afora vão a cinco provas.

Nessa de pedir ao meu pai que me acordasse, nem sempre ele acordava para nos chamar. E nem sempre eu respeitava ao meu despertador e acabava por dormir de novo.

Quando isso acontecia, acordava em um só pulo na cama e já procurava um relógio para confirmar que o pior teria acontecido: já eram seis, sete da manhã e eu tinha perdido a corrida.

Ontem, quando acordei, a imagem na TV era a de um feliz Lewis Hamilton caminhando pelos boxes. Na sequência, a tabela de tempos piscou na tela. Meio grogue, enxerguei Massa em 9º.

Com o narrador (era o Galvão?) dizendo tchau, um mix de imagens do treino. Chuva e batidas, incluindo a de Raikkonen.

Bosta, perdi um treino bacana, pensei no mesmo minuto.

Por isso não comentei nada aqui sobre o treino. Não assisti, então não tenho como dizer nada.

Só posso dizer que aquela chuva de ontem deve ter deixado os engenheiros e pilotos de cabelos em pé. Como se já não tivessem problemas demais, agora precisam refazer os ajustes para a pista molhada.

Me resta chutar. Pelo que li por aí, vou apostar na vitória de Hamilton, Rosberg em 2º e Alonso em 3º.

Parece que a chuva atrapalhou muito a Williams. Vou arriscar que Massa chega em 6º.

E vocês, querem fazer suas apostas? 

Agenda do fim de semana

Adiantei a agenda do fim de semana por um motivo: a temporada da F1 começa agora, nesse minuto, com o primeiro treino livre do ano, em Melbourne, Austrália.

Bora lá Massa, aproveita que o mundo anda conspirando ao teu favor e volte a ser aquele piloto raçudo de 2008. 

Sim, estou torcendo. Isto aqui é um blog e não um jornal, então posso torcer.

Circuito de Melbourne, na Austrália.

Formula 1

Grande Prêmio da Austrália - Circuito de Melbourne

Treino livre 1 - Hoje, 22h30
Treino livre 2 - amanhã, 14/3, 2h30

Treino livre 3 - sábado, 15/3, 0h

Classificação - sábado, 15/3, 3h

Corrida – Domingo,16/3 , 3h

Os treinos a SporTv transmite ao vivo. Classificação e corrida ficam por conta da Rede Globo, também ao vivo.

Além da F1, a Fórmula Truck também abre a temporada neste fim de semana, em Caruaru. 

Nascar Sprint Cup

Etapa de Bristol - Food City 500

Corrida – Domingo 16/3, 14h - o canal FoxSports 2 transmite.

Dá para seguir pelo site da Nascar clicando aqui.

Nascar Nationwide Series

Etapa de Bristol - Drive to Stop Diabetes 300

Corrida – Sábado, 15h, com opção de seguir aqui.

Fórmula Truck - campeonatos brasileiro e sul-americano

Etapa de Caruaru - Pernambuco

Corrida – Domingo 16/3, 13h - a Tv Bandeirantes transmite ao vivo.

*colaborou Leonardo Simões

Volta, Varig

(Da sucursal em Samambaia-DF) – O STF mandou hoje a União indenizar a Varig em R$ 3 bilhões. Segundo quem cuida dos restos da companhia, o valor correto, corrigido, é de R$ 6 bilhões.

Sim, bilhões.

Entre 1980 e 1990, o governo congelou os preços das passagens aéreas  em uma das tentativas superficiais de controle de inflação. Nessa jogada genial do governo, a Varig afundou-se em um buraco que também era cavado pelo estilo de voar que propiciava aos passageiros.

Dentro das aeronaves, tratamento especial com bebidas, comida e serviço de primeira.

Chega a ser absurda a comparação, mas nos aviões da Varig os passageiros recebiam talheres em metal (muita gente ainda os guarda em casa, são muito bonitos). Hoje, companhias aéreas mundo afora cortam azeitonas de sanduíches para reduzir o peso das aeronaves e fazer os aviões consumirem menos combustível.

A Varig era fantástica. O Brasil tinha orgulho daquela rosa-dos-ventos estampada na cauda. Era uma empresa legitimamente tupiniquim que voava para todo o mundo.

Tóquio, Berlim, Milão, Nova Iorque. Até no insano Kay Tak, o antigo aeroporto de Hong Kong que ficava cravado no meio da cidade, os 747 da Varig pousavam.

Este modelo romântico da aviação foi por décadas sustentado pela Varig. E infelizmente o ótimo tratamento que a companhia dava aos seus clientes foi um dos pontos que ajudou na falência da empresa. Ajudou, porque R$ 6 bi de desfalque conseguem afundar até um Facebook.

Só sei que estes bilhões ficaram zanzando na minha cabeça, sempre seguidos de um e se...

... e se a Varig voltasse?

Sei que é impossível. A empresa já morreu e o que sobrou é um festival de dívidas e credores, além de uma marca mal explorada pela Gol. A menor preocupação nesse caos todo é a de fazer a VRG voar de novo.

Mas sonhar faz bem. E encontrei umas projeções muito bacanas de aviões modernos com pinturas da  Varig. 

Dá saudades.

Cores da Varig em Airbus A350, imagem do JetSite

Imagem também do JetSite, projetando
 a pintura da Varig em um Airbus A380

E esta, a mais bonita de todas, de um
Airbus A319, usando traços tradicionais da Varig. Imagem de R.P.Abraham