domingo, 5 de outubro de 2014

Japão - Jules Bianchi bate em guindaste de resgate. Hamilton vence.

Imagem feita por torcedor, mostra atendimento a
Bianchi e correria de fiscais.
(Da sucursal em Samambaia-DF) – Uma quebra na lógica de meus posts de relato de corridas, por uma condição preocupante.

Na volta 43, Adrian Sutil perdeu o controle da Sauber e bateu forte quando a chuva resolveu recomeçar.

Em algum momento do atendimento a Sutil, Jules Bianchi, piloto da Marussia, saiu da pista e bateu na traseira do guindaste que içava o carro de Sutil.

Situação grave, clima de extrema tensão entre todos e corrida encerrada, em bandeira vermelha, com Jules sendo removido às pressas, inconsciente, para o hospital de Nagoya.

O mais triste de tudo isso é que, novamente, a Marussia passa pela mesma situação. Em 3 de julho de 2012, em testes de meio de temporada no aeroporto de Duxford, na Inglaterra, a piloto espanhola María de Villota colidiu um carro da equipe em um trator. 

María recuperou-se, apesar de ter perdido um dos olhos, porém, em 11 de outubro de 2013, María morreu por consequência do acidente.

Até agora, às 5h27 da manhã, nenhuma nova informação sobre Bianchi. 

Ficam as orações e os pensamentos positivos para que o talentoso Bianchi saia dessa.

Caso consiga novas informações, aviso aqui no blog.

Neste vídeo, dá para ver os fiscais acenando para uma situação atrás do trator. Segundo Adrian Sutil, que viu o acidente de perto, a rodada de Bianchi foi igual a dele, porém terminando com o impacto no guindaste.


Daqui para baixo, o relato da prova.

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Ontem, céu claro. 

Hoje, Phanfone fez tudo mudar.

O supertufão mexeu no tempo na região de Suzuka e, na hora da largada, um temporal lavava o circuito.

Com aquela condição, Charlie Whiting, diretor de prova, decidiu pela largada com bandeira amarela, com os carros seguindo o safety-car.

Sorte a minha, que só acordei às 3h08 e que acabei perdendo a largada.

Azar de Fernando Alonso, que viu o carro apagar e não pode participar da procissão de antes da bandeira verde.

Após sete voltas, Vettel já avisou no rádio que a pista tinha condições para a largada. Hamilton dizia o mesmo, considerando até a possibilidade da troca dos pneus dos de chuva pelos intermediários.

Na décima volta o carro madrinha recolheu e a corrida começou de fato. Na frente, Rosberg, Hamilton, Bottas e Massa fizeram uma largada limpa, tentando evitar riscos.

Com a melhoria das condições e com Jenson Button rodando muito bem com os intermediários, na volta 12 os boxes congestionaram para as trocas de pneus. Ricciardo e  Bottas, como estavam à frente de seus companheiros de equipe, foram priorizados e pararam primeiro.

Na volta 13, Massa e Vettel entraram. Voltaram grudados um no outro, com Felipe tomando um calorão do alemão.

A Mercedes usou estratégia diferente e segurou os carros na pista um pouco mais. Na 14 Rosberg veio aos boxes e na 15 foi a vez de Hamilton, que se não tivesse errado na volta em que estava liderando provavelmente teria conseguido manter-se líder.

Os dez primeiros na volta 16 eram Rosberg, Hamilton, Button, Bottas, Massa, Vettel Ricciardo, Hulkenberg, Räikkönen e Kvyat. Sim, Button, que optou por trocar os pneus pelos intermediários antes de todos mundo se deu bem e foi parar em terceiro.

Massa suportou a pressão das Red Bull até a volta 17, quando Vettel superou o brasileiro. Na 18, mesmo dificultando ao máximo a manobra, Massa não conseguiu manter-se à frente de Ricciardo.

Entre as voltas 19 e 21 quem parou fui eu para dar uma força para minha mulher com o Theo. Este tempo estranho pegou ele de jeito e o pequeno está febril.

De volta a corrida, na volta 22 os dez primeiros eram Rosberg, Hamilton, Button, Vettel, Ricciardo, Bottas, Massa, Hulkenberg, Räikkönen e Kvyat.

Pois é, a dupla da RBR engoliu também a Williams de Bottas e, naquele momento, eram os carros mais rápidos na pista. A diferença de desempenho das Red Bull era muito grande, com Vettel rodando 1,3s mais rápido que Rosberg na volta 23.

Hamilton, ciente do bom desempenho de Vettel, começou a apertar o pé para cima de Rosberg. Para o inglês, além de defender-se de Vettel, superar Rosberg significava manter-se como líder do campeonato.

Com a melhorias das condições da pista, a direção de prova liberou o uso da asa móvel na volta 25. Não havia cenário melhor para Hamilton, que a menos de 0,5s distante de Rosberg passou a ter plenas condições de superar o companheiro.

No rádio, Rosberg esbravejava reclamando das condições do carro, que depois da troca de pneus para os intermediários tornou-se arisco, saindo demais de traseira.

E mesmo errando no começo da volta 27, Hamilton já fez a 130R colado na traseira de Rosberg. O problema é que Hamilton não conseguia entrar na reta dos boxes perto o suficiente de Rosberg para ultrapassá-lo.

Nos boxes da Mercedes, todos de olho nos monitores, com certeza em pânico com a briga de seus dois pilotos que encerrou-se na volta 29, com Hamilton superando Rosberg por fora, na curva 1. 
Ultrapassagem de mestre, com pista molhada e por fora em uma curva.

Na 30, Sebastian Vettel veio aos boxes para mais uma troca de pneus. Lá na frente, Hamilton já abria 4,7s para Rosberg.

Depois de dar 22 giros com os pneus intermediários, Button parou para sua troca de pneus na volta 32 e, ao retornar, perdeu a 4ª posição para Vettel.

A RBR acertou a mão no acerto para chuva e executou muito bem a estratégia de prova. 

“Box, box, box”, chamou o rádio de Rosberg na 33, que acabou parando antes de Hamilton, que conseguiu tratar melhor dos pneus e só parou na volta 36.

Alheios a tudo isso, Bottas e Massa mantinham o ritmo mediano que as Williams permitiam, ocupando os 6º e 7º lugares.

“It´s raining at the pitlane!” avisou o engenheiro de Ricciardo pelo rádio, que veio aos boxes na volta 37, com pneus intermediários.

Na 38, os dez primeiros eram Hamilton, Rosberg, Vettel, Button, Ricciardo, Bottas, Massa, Hulkenberg, Kvyat e Perez. Ao fim da volta, Massa foi aos boxes. Voltou em 9º. 

Bottas veio para os pits na 39 e conseguiu voltar ainda com vantagem sobre Massa. 

A chuva começou a apertar e alguns pilotos começaram a sentir as mudanças na pista. Vettel e Magnussen foram alguns que passearam fora da pista com o aumento da quantidade de água no asfalto.

Com a chuva apertando, a direção de prova vetou o uso da asa móvel na volta 41. Ruim para Ricciardo, que brigava forte naquele momento contra Button pela 4ª posição.

O primeiro a colocar pneus de chuva extrema foi Magnussen, na volta 42. 

Na 43, Adrian Sutil perdeu o controle da Sauber e foi parar no muro. Button, percebendo a melhor performance dos pneus de chuva extrema, foi aos boxes e fez também sua troca. Voltou em 5º.

E aí, formou-se o salseiro.

Na 44, o carro de segurança voltou para a pista, seguido do carro médico para atendimento a Sutil. O nível de preocupação aumentou quando a ambulância entrou na pista.

BANDEIRA VERMELHA – VOLTA 46 – Jules Bianchi, piloto da Marussia, bateu em um guindaste que retirava o carro de Sutil da pista. Tensão nos boxes e carros recolhidos ao pit lane.

Apesar de não haver imagens, a telemetria mostrava o carro de Bianchi como fora da prova.

Na tela, o aviso de corrida encerrada, com vitória de Hamilton, com Rosberg em 2º e Ricciardo em 3º. Massa foi 7º, logo atrás de Bottas.

Clima estranho, pilotos tensos, Hamilton comemorando a vitória com um tchauzinho sem graça para a torcida.

No pódio, pilotos sérios demais. No centro médico, nervosismo.

Jules Bianchi deixou a pista inconsciente, de ambulância. O helicóptero não tinha condições de decolar.

A vitória de Hamilton manteve-o em 1º no mundial de pilotos, com Rosberg em 2º. A distância de pontos entre os dois agora é de 10 pontos.

O mundial de Formula 1 tem corrida no domingo próximo, dia 12. Será a estreia da Rússia como sede de um Grande Prêmio.


sábado, 4 de outubro de 2014

Japão - Rosberg é pole, com Hamilton em 2º

Hoje foi dia de Rosberg sorrir na apertada luta pelo mundial
contra Hamilton. Foto: AP
(Da sucursal em Samambaia-DF) - Enquanto os bastidores da F1 fervilhavam, como você pode ler aqui, na pista os pilotos torciam para o tufão Phanfone passar longe de Suzuka.

Phanfone que foi reclassificado para supertufão durante o treino. Se atingir a área do circuito, inviabilizará a corrida com ventos que podem chegar a 230 km/h. 

É bom ficar de olho nas informações. A FIA já deu indícios que se Phanfone resolver manifestar-se na região de Suzuka, pode antecipar o horário da prova para evitar problemas.

Qualquer coisa, aviso aqui.

Aos poucos o supertufão Phanfone aproxima-se
da costa japonesa.
Mas hoje, com céu claro, o Q1 foi tranquilo para os grandes. O pega de fato aconteceu entre os carros da Toro Rosso e da Lotus para fugirem da zona de corte. Prejuízo para Maldonado e Grosjean, que nos últimos segundo acabaram superados e morreram na praia, em 17º e 18º, respectivamente. 

Sobraram também os de sempre: 19º Ericsson; 20º Bianchi; 21º Kobayashi e em 22º, Max Chilton, que só não largará em último porque Maldonado trocou o motor e foi punido com a perda de cinco posições no grid de largada.

Quem tomou um belo susto foi a Red Bull, que viu seus pilotos no limite da linha de corte, com Vettel em 14º e Ricciardo em 15º. Foi por pouco.

Para o Q2, Bottas foi o primeiro a abrir volta. Entrou na pista calçando médios, os pneus mais rápidos do fim de semana, assim como fizeram todos os que foram à pista. Rosberg e Hamilton mantiveram-se em 1º e 2º, seguidos por Bottas, Alonso e Massa. 

Foram cortados no Q2 em 11º Vergne; 12º Perez; 13º Kvyat; 14º Hülkenberg; 15º Sutil e 16º Sutil. No limite da eliminação, em 10º, Vettel passou fedendo.

Com medo dos ventos de Phanfone, Bottas foi mais uma vez o primeiro a entrar na pista. Abriu o Q3 assim que a luz verde acendeu na saída dos boxes, seguido por Rosberg, Alonso e Hamilton.

Na primeira saída do Q3, Rosberg fez um temporal para ser o 1º, colocando 0,22s para Hamilton, em 2º. Bottas e Massa ficaram logo atrás, seguidos por Alonso e Magnussen.

Na segunda leva de voltas, com a faca entre os dentes, Rosberg não deu chances para Hamilton e cravou 1.32.506, mais uma vez 0,2s à frente do companheiro de equipe. Bottas e Massa fizeram seus papéis e largam em 3º e em 4º, seguidos por Alonso, Ricciardo, Magnussen, Button, Vettel e Räikkönen.

No fim das contas, larga assim o GP do Japão amanhã, às 3h da manhã, se Phanfone permitir:

1º - Nico Rosberg - Mercedes - 1.32.506
2º - Lewis Hamilton - Mercedes - 1.32.703
3º - Valtteri Bottas - Williams - 1.33.128
4º - Felipe Massa - Williams - 1.33.527
5º - Fernando Alonso - Ferrari - 1.33.740
6º - Daniel Ricciardo - Red Bull - 1.34.075
7º - Kevin Magnussen - McLaren - 1.34.242
8º - Jenson Button - McLaren - 1.34.317
9º - Sebastian Vettel - Red Bull - 1.34.432
10º - Kimi Räikkönen - Ferrari - 1.34.548
11º - Jean-Eric Vergne - Toro Rosso - 1.34.984
12º - Sergio Perez - Force India - 1.35.089
13º - Daniil Kvyat - Toro Rosso - 1.35.092
14º - Nico Hülkenberg - Force India - 1.35.099
15º - Adrian Sutil - Sauber - 1.35.364
16º - Esteban Gutierrez - Sauber - 1.35.681
17º - Romain Grosejan - Lotus - 1.35.984
18º - Marcus Ericsson - Caterham - 1.36.813
19º - Jules Bianchi - Marussia - 1.36.943
20º - Kamui Kobayashi - Caterham - 1.37.015
21º - Max Chilton - Marussia - 1.37.481
22º - Pastor Maldonado - Lotus - 1.35.917 - Fez o 17º tempo, mas como trocou o motor, foi punido com a perda de 10 posições. Cinco serão pagas no Japão e as cinco restantes ficam para o GP da Rússia, na semana que vem.

Fim de papo entre Vettel e Red Bull

(Da sucursal em Samambaia-DF) - Depois de mais de um mês desaparecido daqui, volto hoje ao Punta. Muito trabalho, férias, mais trabalho e um bucado de outras coisas me afastaram do blog, mas prometo que retomarei a frequência antiga de postagens.
Será Vettel o ânimo que a Ferrari precisa para voltar a
ser competitiva? 2015 nos dirá
Foto: Yasuyoshi Chiba / AFP 

E já retorno com uma bomba, uma porrada, uma cacetada que o aplicativo para celular oficial da F1 me avisou agora pouco, a 1h da manhã: Sebastian Vettel não correrá pela Red Bull em 2015!

Sim, o conjunto mais vitorioso dos últimos tempos na Formula 1 será desfeito no final do ano, depois de quatro títulos mundiais em sequência, em 2010, 2011, 2012 e 2013.

A lua de mel entre a RBR e Vettel começou a desandar nos testes de pré-temporada, quando o motor Renault não deixava o carro dar meia volta sem explodir ou apagar. Com o começo dos grandes prêmios, carro e piloto não ajustaram-se e Vettel viu o novato na equipe, Daniel Ricciardo, vencer corridas e ser constantemente mais rápido.

Agora, o que se espera é que o alemão seja anunciado na Ferrari, na vaga que Alonso deixará aberta em uma quase certa transferência para a McLaren.

E parece que tudo isso será anunciado neste fim de semana, em Suzuka.

Para o lugar de Seb na RBR, já foi convocado pela equipe o russo Daniil Kvyat, que corre na irmã menor da Reb Bull, a Toro Rosso. É assim que funciona na equipe dos energéticos, com escalada de carreira dentro do programa de desenvolvimento de pilotos da Red Bull. Para a vaga da Kvyat, não há piloto confirmado ainda.

Vou indo lá para a sala. Em 20 minutos começa o treino classificatório para o GP do Japão.

domingo, 24 de agosto de 2014

Bélgica - Já era o clima na Mercedes. Ricciardo vence, Massa foi 13º

O toque de Rosberg em Hamilton que tirou do inglês
chances de pontuar. Foto: EFE
(Da sucursal em Brasília-DF) - Já era o clima na Mercedes.

Na segunda volta do GP da Bélgica, no mítico circuito de Spa-Francorchamps, Nico Rosberg não poupou o companheiro de equipe, Lewis Hamilton, e tocou o bico de sua Mercedes na roda traseira direita do carro de Hamilton, que aproveitou-se de uma boa largada e ultrapassou Rosberg, o pole-position.

Como resultado, o pneu do carro de Hamilton rasgou-se e o inglês foi obrigado a arrastar-se pelos sete quilômetros de Spa sem um dos pneus. Naquele momento, já era a corrida de Hamilton.

Sortudo, Rosberg consegui manter-se na prova sem precisar parar para a troca do bico danificado. Não quero nem imaginar o bate-boca no motorhome da Mercedes depois da corrida. Com certeza Hamilton está muito puto e provavelmente as declarações do piloto serão fortes. Vamos esperar que provavelmente até o fim do dia ele já terá dito alguma coisa sobre o toque.

Massa, que largou em 9º, foi perdendo posições, rapidamente caindo para o 11º lugar.

Tudo isso eu escutei pelo rádio. Aliás, acho F1 narrada no rádio muito bacana.

Quando cheguei em casa, Hamilton já estava lá atrás no grid depois da parada para trocar o pneu furado. Rosberg, que parou na volta oito para trocar pneus e o bico quebrado já lutava para recuperar as posições perdidas e Massa ainda estava em um péssimo começo de prova.

E aí a TV cortou para um daqueles momentos bizarros que as vezes dão as caras: um treco com um fio ficou preso em uma das antenas na carenagem do bico da Mercedes de Rosberg. Ficou aquilo balançando, esfregando na viseira do alemão que até tentou arrancar o fio, mas não conseguiu e desistiu. A TV não mostrou como aquilo saiu dali, mas estava visivelmente atrapalhando a tocada de Rosberg.

Na volta 10, Felipe Massa parou nos boxes. Voltou tão lento quanto entrou e na volta 16 era o 13º. Enquanto isso, Bottas era o 5º, acompanhando de perto a briga entre Vettel e Rosberg.

Tão de perto que na volta 17 Bottas aproveitou uma tentativa frustrada de ultrapassagem de Rosberg sobre Vettel e ultrapassou Rosberg.

Na volta 17, Ricciardo era o líder com quase 6 segundos de vantagem para Raikkonen, seguido por Vettel, Bottas, Rosberg, Magnussen, Alonso, Button, Pérez, Kvyat, Hulkenberg e, em 12º, Felipe Massa.

Tentando recuperar-se do prejuízo do toque com Rosberg no começo da corrida, Hamilton mofava em 18º, 74 segundos atrás do líder.

Com 20 voltas, Rosberg foi aos boxes para a segunda parada para troca de pneus. Voltou em 10º. Lá atrás, Hamilton já sugeria ao engenheiro abandonar a corrida. Recolher o carro naquele momento significava poupar motor para a próxima prova.

“Box, box, box”. Na 22, o engenheiro de Vettel chamou o piloto para sua segunda parada. Voltou bem, em 8º. Naquele momento, Ricciardo ainda liderava, com Bottas em 2º, seguido de Magnussen, Alonso e Button, todos estes com apenas uma parada.

Com duas paradas e pneus novos, Rosberg recuperava as posições perdidas na parada da volta 20 e, na 25, já era o 4º. Na Kemmel, com asa aberta, o alemão superou Alonso e já foi para o 3º posto.

À frente de Rosberg, Bottas e Ricciardo com apenas uma parada. Na volta 28 Ricciardo parou e voltou com 5 segundos de vantagem para Rosberg.

Na volta 28, Bottas era foi o líder. Massa era o 14º.

Nos bastidores da Williams, noticiou-se que um pedaço de kevlar estava preso sob o carro de Massa. O repórter da TV Globo deixou no ar que aquele era o motivo do desempenho muito ruim de Massa. O brasileiro realmente começou a rodar um pouco melhor depois da segunda parada, mas nada de excepcional.

Faltando 14 voltas para o fim, Rosberg era o segundo e Hamilton o 16º. Pelo rádio, o engenheiro do alemão lembrou a ele que o segundo lugar poderia ser uma posição bacana de chegada.

Com Hamilton em 16º, Rosberg abriria 29 pontos de vantagem para Hamilton. Grande negócio.
Para o orgulho dos mecânicos da Williams, na 31 Bottas superou Sebastian Vettel em uma bela manobra.

Naquele momento em 4º, Bottas fazia grande corrida.

É um pilotasso o companheiro de Massa.

Movimento nos boxes na volta 35. Grosjean, que vinha fazendo uma prova pífia, abandonou. Rosberg e Vettel foram aos boxes e colocaram pneus macios para um tudo ou nada, em uma tentativa de vitória.

Saiu próximo de Bottas, que não perdoou e superou Rosberg, obrigando o alemão a ultrapassar o piloto da Williams antes do fim da volta.

Com a faca nos dentes, Rosberg subiu a Eau Rouge grudado em Kimi Raikkonen e engoliu a Ferrari no começo da reta Kemmel.

Naquele momento, Rosberg tinha oito voltas para tirar 19 segundos de Ricciardo. Na primeira volta de pneus novos, já foi três segundos mas rápido que a Red Bull.

Lá atrás, Massa em 13º tentava atingir ao menos a zona de pontuação. Tarefa difícil.

Hamilton, de saco cheio de guiar no fim d o grid, mais uma vez implorou no rádio para abandonar. Não fazia sentido algum continuar gastando motor para nenhum resultado.

Lá na frente, a distância de Ricciardo para Rosberg já era de 16,7s, faltando 5 voltas para o final.

Bottas, tocando forte, pressionava Räikkönen pelo 3º lugar. A briga dos finlandeses durou mais duas voltas, quando o novato conseguiu superar o campeão mundial da Ferrari.

Finalmente, na volta 39, a Mercedes autorizou Hamilton a abandonar a prova e recolheu o carro do chateado inglês aos boxes.

O preço da batida entre ele e Rosberg recaiu só sobre o bolso de Hamilton.

Reafirmando a ótima temporada de Bottas, o piloto da Williams superou Raikkonen na Kammel. Naquele momento era o 3º, pronto para subir mais uma vez ao pódio neste ano.

Massa, lá atrás, ainda era 13º.

Entre os 5º e o 8º lugares, o pau comia,

Magussen, Alonso, Button e Vettel engalfinhavam-se na expectativa de um melhor resultado de chegada. No final da Kammel, os dois carros da McLaren + Alonso tentavam encontrar espaço para caberem na pista. Estavam os três um ao lado do outro, com Vettel logo atrás esperando para dar um bote.

Linda disputa com muita coragem de Magnussen, que botou Alonso na grama.

Lá na frente, Rosberg já estava a apenas 5 segundos de Ricciardo. Duas voltas para o fim.

De tirar o fôlego, Magnussen x Alonso x Vettel fez a torcida ficar de pé. Linda briga, com toques, fechadas e manobras de tirar o fôlego. Dava para sentir a emoção dos pilotos em uma tocada extremamente agressiva.

A briga era tão deliciosa de se ver que a TV esqueceu-se de Ricciardo!

Quase perderem a bandeirada para o australiano, que venceu pela terceira vez no ano.

Acabou assim, a bagaça: Ricciardo, Rosberg, Bottas, Raikkonen, Vettel, Magnussen, Button, Alonso, Pérez, Kvyat, Hulkenberg, Vergne, Massa, Sutil, Gutiérrez, Ericsson, Hamilton, Grosjean, Maldonado e, em último, o estreante da Marussia, Lotterer.

Terceira vitória da ano para Ricciardo. Foto: Getty Images

Ricciardo comemorou muito a vitória que caiu no colo depois do acidente entre os favoritos Rosberg e Hamilton. É terceiro isolado no mundial de pilotos, 37 pontos à frente de Fernando Alonso, o quarto.

Na briga entre os líderes, Rosberg se deu bem demais, em segundo com Hamilton sem pontuar. O alemão abriu 29 pontos para o inglês, com um cenário agora deflagrado de briga entre os dois.

Massa, azarado: 13º
Massa, ao final, em uma entrevista, disse que um “pedaço gigante” do carro de Hamilton ficou preso no assoalho na Williams. Segundo Felipe, foi esse o motivo pelo ritmo quase 2 segundos mais lento que o esperado.

Mais um capítulo do ano recheado de azar para Massa. Na garagem ao lado, Bottas foi ao pódio mais uma

vez e marcou mais 15 pontos, contra nenhum do brasileiro. Agora Bottas tem 110 pontos no mundial de pilotos, 70 mais que os 40 somados por Felipe.

Situação muito chata para o brasileiro. Cuidado, Massa, Felipe Nasr venceu pela GP2 e pode estar cada vez mais perto do assento de Felipe na Williams.

A F1 volta no dia 7 de setembro, para a etapa de Monza, na Itália.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Se quem ensina faz isso...

(Da sucursal em Brasília-DF) - O Código Brasileiro de Trânsito (CTB) é muito claro no Artigo 193: quem transita com o veículo em calçadas, passeios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento, acostamentos, marcas de canalização, gramados e jardins públicos comete infração gravíssima e é punido com multa multiplicada por três.

Mesmo sendo uma infração das piores abordadas no CTB, em 26 de julho me deparei com este carro de autoescola trafegando pela ilha, na alça de acesso a avenida Elmo Serejo, no viaduto próximo a rodoviária de Taguatinga.

A infração deste motorista só deixa clara como são necessárias reformas imediatas nas autoescolas e no processo de formação de condutores.

Se quem deveria dar exemplos age assim, cortando o engarrafamento cometendo infrações de diversos tipos, o que esperar dos motoristas formados por instrutores deste nível?

O sujeito nem se envergonha por cometer uma infração de trânsito
dirigindo um carro de autoescola. Exemplo, pra que?

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Cessna que levava Campos é arrendado a uma empresa privada sucroalcooleira

O Cessna que caiu em Santos, matando Campos e
comitiva. Foto: Sergio Mendes/Airliners.net
(Da sucursal em Brasília-DF) - O Brasil está chocado com a morte de Eduardo Campos, candidato ao cargo de presidente da República pelo PSB.

O avião que transportava Campos era um Cessna 560XL, de prefixo PR-AFA, privado, de propriedade da Cessna e arrendado a AF Andrade Empreendimentos e Participações Ltda, segundo informações no site da ANAC.

A empresa é do setor sucroalcooleiro de Ribeirão Preto.

É fundamental lembrar que aviões privados não podem fazer voos fretados, tal como carros particulares não podem fazer transportes de passageiros.

História maluca que ainda vai render muito pano para manga.

Abaixo, a ficha da aeronave retirada do Registro Aeronáutico Brasileiro, que pode ser consultado publicamente no site da ANAC.

MATRÍCULA: PRAFA
Proprietário:
CESSNA FINANCE EXPORT CORPORATION
CPF/CGC:
Operador:
AF ANDRADE EMPR. E PARTICIPACOES LTDA
CPF/CGC:
06376173000195
Fabricante:
CESSNA AIRCRAFT
Modelo:
560XL
Número de Série:
560-6066
Tipo ICAO :
C56X
Tipo de Habilitação para Pilotos:
C560
Classe da Aeronave:
POUSO CONVECIONAL 2 MOTORES JATO/TURBOFAN
Peso Máximo de Decolagem:
9163 - Kg
Número Máximo de Passageiros:
012
Categoria de Registro:
PRIVADA SERVICO AEREO PRIVADOS
Número dos Certificados (CM - CA):
19592
Situação no RAB:
ARRENDAMENTO OPERACIONAL
Data da Compra/Transferência:
Data de Validade do CA:
22/02/17
Data de Validade da IAM:
140215
Situação de Aeronavegabilidade:
Normal
Motivo(s):
Consulta realizada em: 13/08/2014 13:59:55

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Até que pagam bem

Ricciardo ganha salário quase 30 vezes menor
que o de Vettel na Red Bull
(Da sucursal em Brasília-DF) - Fernando Alonso, Kimi Räikkönen e Sebastian Vettel recebem cada um 22 milhões de Euros por ano pelo emprego mais legal do mundo.

Sim, € 22 milhões, CADA UM!

Estes números foram publicados no livro Bussiness/ book GP2014, que faz um apanhado de estatísticas da Formula 1, com números que abrangem até dados econômicos.

Ao observar a lista, é engraçado perceber como os maiores investimentos vão para os bolsos dos pilotos que até a última corrida deste ano renderam menos pontos para as equipes em comparação aos companheiros de time.

A Ferrari paga o mesmo valor para seus dois pilotos, então não há como acusá-la de errar no investimento. Porém, no caso da Red Bull, por exemplo, o retorno dos pilotos da casa indica que a equipe dos vai precisar repensar o holerite de Daniel Ricciardo.

Sebastian Vettel, tetracampeão mundial de F1, recebe os mesmos € 22 milhões de Alonso e Kimi. Daniel Ricciardo, companheiro de Vettel, coloca na carteira minguados € 750 mil por ano.

Considerando até os resultados da última corrida, Ricciardo somou até agora 131 pontos na temporada, contra 88 de Vettel. Fazendo uma conta rápida, cada ponto conquistado por Ricciardo neste ano custou para a Red Bull  € 5.725 contra insanos € 250.000 por ponto marcado por Vettel na temporada.

Outro piloto que tem cartas na manga para pedir um aumento de salário é Valtteri Bottas, companheiro de Felipe Massa na Williams. Bottas vai ganhar em 2014 € 1 milhão, contra € 4 milhões embolsados por Felipe Massa.

Cada ponto de Bottas custou para os cofres da Williams € 10.526. Para marcar 40 pontos até agora na temporada, Felipe Massa recebeu € 100.000 por tento. Neste cálculo simplório, mas divertido, Massa custa 10 vezes mais que Bottas na equipe.

No pé da lista de salário, os dois pilotos da Caterham. Marcus Ericsson e Kamui Kobayashi ganham, por ano, € 150.000.

Abaixo a lista, com o cálculo de custo por ponto conquistado.

1. Fernando Alonso - Ferrari - €22m / € 191.304 por ponto marcado
= Kimi Raikkonen - Ferrari - €22m / € 814.814 por ponto marcado
= Sebastian Vettel - Red Bull Racing - €22m / € 250.000 por ponto marcado
4. Lewis Hamilton - Mercedes - €20m / € 104.712
5. Jenson Button - McLaren-Mercedes - €16m / € 266.666 por ponto marcado
6. Nico Rosberg - Mercedes - €12m / € 59.405
7. Felipe Massa - Williams - €4m / € 100.000 por ponto marcado
= Nico Hulkenberg - Force India F1 - €4m / € 57.971 por ponto marcado
9. Romain Grosjean - Lotus F1 Team - €3m / € 375.000
= Pastor Maldonado - Lotus F1 Team - €3m - não marcou pontos ainda
= Sergio Perez - Force India F1 - €3m / € 103.448 por ponto marcado
12. Adrian Sutil  - Sauber - €2m - não marcou pontos ainda
13. Kevin Magnuseen - McLaren-Mercedes - €1m / € 27.027 por ponto marcado
= Valtteri Bottas - Williams - €1m / € 10.526 por ponto marcado
15. Daniel Ricciardo - Red Bull Racing - €750,000 / € 5.725 por ponto marcado
= Jean-Eric Vergne - Scuderia Toro Rosso - €750,000 / € 68.181 por ponto marcado
17. Jules Bianchi - Marussia - €500,000 / € 250.000 por ponto marcado
18. Esteban Gutierrez - Sauber - €400,000 - não marcou pontos ainda
19. Daniil Kvyat - Scuderia Toro Rosso - €250,000 / € 41.666 por ponto marcado
20. Max Chilton - Marussia - €200,000 - não marcou pontos ainda
21. Marcus Ericsson - Caterham F1 - €150,000 - não marcou pontos ainda
= Kamui Kobayshi - Caterham F1 - €150,000 - não marcou pontos ainda

Antes de qualquer mimimi, é óbvio que o salário de um piloto não pode ser mensurado somente pelo número de pontos marcados em um ano.

Vettel, apesar da temporada aquém do esperado, tem um saldo de quatro campeonatos mundiais com a Red Bull. Alonso e Kimi tem experiência de sobra e são fundamentais para o desenvolvimento dos carros da Ferrari e Massa tem bagagem suficiente para ser considerado um dos responsáveis pela forte evolução da Williams.

Um Belcar em Samambaia

Esse eu vi ontem pela manhã, perto de casa, em Samambaia. O lindo DKW-Vemag Belcar estava estacionado na porta de um comércio, com a escr...